Empresários paraenses conhecem potencial de negócios da Finlândia
A Finlândia, país europeu que faz fronteira com a Suécia, a Noruega e a Rússia, comprou do estado do Pará, de janeiro a setembro deste ano, US$ 141.207 milhões, sendo o minério de cobre e seus concentrados os responsáveis por 98% dessas aquisições. No mesmo período, o Pará importou da Finlândia US$ 10.816 milhões em equipamentos de carga para transporte de mercadorias e outros maquinários usados no processo industrial da atividade mineral. As informações são do Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), com base em dados fornecidos pelo Ministério da Economia.
Para estreitar o relacionamento comercial e intensificar a geração de negócios entre o Estado do Pará e a Finlândia, a FIEPA recebeu no dia 19 de outubro, na sua sede em Belém, a delegação finlandesa liderada pelo embaixador da Finlândia no Brasil, Jouko Leinone, e pelo cônsul honorário da Finlândia no Pará, João Augusto Rodrigues. A comitiva foi recepcionada pelo vice-presidente executivo da FIEPA, Nilson Azevedo.
O embaixador da Finlândia no Brasil, Jouko Leinone, apresentou as potencialidades e os principais setores de negócios que compõem a economia do país, como telecomunicações, máquinas e indústria de base florestal. “Hoje nosso país é muito desenvolvido tecnologias, e já estamos entrando na indústria 4.0, com muitas soluções nessa área e um perfil de negócios muito voltado para a indústria, com a produção de celulose e outros produtos florestais, a mineração e a geração de energia. Por isso viemos aqui, porque entendemos que o Pará também desenvolve atividades econômicas muito parecidas com o que temos na Finlândia, e isso faz com que a gente acredite que exista um grande potencial para negócios entre o Pará e o nosso país”, afirmou Jouko Leinone.
Durante o encontro, gestores do Sistema FIEPA (SESI, SENAI e IEL), da REDES/FIEPA e do Centro Internacional de Negócios, também apresentaram o trabalho que as entidades desenvolvem em favor das indústrias no Estado. O diretor do SENAI e superintendente do SESI, Dário Lemos, falou sobre o projeto da Escola Fluvial, um campus flutuante que levará conhecimento e capacitação técnica para a população do interior do Estado, dentro do conceito de sustentabilidade, respeitando as vocações das comunidades locais.
Em seguida, o superintendente do IEL, Carlos Auad, falou sobre a atuação da entidade nas áreas de educação executiva, cursos in company, programa de estágio, recrutamento para emprego e consultoria para as pequenas e médias empresas do Estado. O gestor executivo da REDES, Marcel Souza, falou sobre os resultados do trabalho realizado pela iniciativa de conectar fornecedores locais aos grandes projetos instalados no Pará. A coordenadora do CIN/FIEPA, Cassandra Lobato, apresentou os números do Pará na balança comercial brasileira e das exportações e importações entre o Pará e a Finlândia.
Na sequência, o vice-presidente da FIEPA, José Maria Mendonça, e o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEPA (CTMA), Deryck Martins, falaram aos visitantes sobre o potencial produtivo florestal do Estado e sobre as propostas das entidades representativas do setor para a implantação de um manejo florestal sustentável na Amazônia.
A União Europeia (UE), da qual a Finlândia é um dos estados-membros, é o segundo Bloco Econômico que mais compra do Estado do Pará (a Ásia é o primeiro). Em 2020, por exemplo, a UE importou do Estado US$ 2.584.625.761 bilhões. “Conversar com países do continente europeu representa uma oportunidade para divulgarmos o potencial dos produtos amazônicos com a expectativa de ampliar nossas exportações e fortalecer as indústrias do nosso Estado”, afirmou o vice-presidente executivo da FIEPA, Nilson Azevedo.
