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Exportações do Pará sobem uma posição no ranking nacional

Exportações do Pará sobem uma posição no ranking nacional

Exportações do Pará sobem uma posição no ranking nacional

No acumulado de janeiro a abril, as exportações do Pará tiveram uma variação negativa de -24,04%, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA), tendo como base os dados do Ministério da Economia, o Estado exportou um total de US$ 6.705.433.493 bilhões, ganhando uma posição no ranking de exportação, ocupando o quinto lugar. Na análise mensal, em abril, o Pará exportou US$ 1.907.662.324 bilhões, e apresentou o terceiro melhor saldo do país.

Segundo a coordenadora do CIN/FIEPA, Cassandra Lobato, em comparação com os primeiros três meses desse ano, em abril as exportações paraenses chegaram a apresentar uma melhora e a expectativa é de que, no segundo semestre, o Estado consiga restabelecer os resultados. “Apesar de ainda estar negativa (-24,04%), já é possível notar uma melhora na nossa balança comercial, com a variação positiva de produtos tradicionais e não tradicionais, como: a castanha do Pará, o cacau e seus derivados, a madeira e a carne de bovinos. A questão é que, desde o início deste ano, as exportações do Pará vêm sofrendo os impactos da baixa demanda do mercado chinês pelo minério de ferro. Essa baixa tem sido provocada pelo avanço da Covid-19 na China, que resultou inclusive no fechamento dos portos, e pela redução na compra do minério de ferro para o setor da Construção Civil que está passando por um período de estabilidade e pouca atividade”, explicou Lobato.

Ao todo, o setor mineral exportou US$ 5.695.251.544 bilhões, que representam 85% de tudo o que é exportado pelo Estado do Pará. Desses, US$ 4.050.362.475 bilhões foram referentes à exportação de minério de ferro, que fechou o período com redução de -36,97%. Sendo a China o maior comprador de minério de ferro do Estado, e a mineração o setor que mais responde pelas exportações na balança comercial paraense, a baixa procura pelo produto impactou diretamente os últimos resultados, analisa Lobato. “Estes dois fatores devem ser destacados porque, em ambos os casos, não é apenas o Pará que sente esse reflexo, mas o mundo todo, porque a China é um importante comprador internacional em escala global”, afirma a coordenadora do CIN/FIEPA.

Apesar da queda do minério de ferro, outros produtos tiveram destaque no período, como o minério de estanho, que teve um crescimento de 1.157,18% e valor exportado de US$ 5.466.669 milhões para a Malásia; e o ferro fundido bruto não ligado, que aumentou em 461,58%, com um total de US$ 40.971.499 milhões exportados para os Estados Unidos.

Entre as demais commodities que se destacaram na pauta de exportação, estão a soja, que vendou um volume de US$ 416.884.500 milhões, apresentando um crescimento de 124,32% e tendo como principal destino a China. A carnes de bovinos também tiveram resultado positivo, com um volume de US$ 241.059.473 milhões exportados e aumento de 89,38% no período. A madeira, que tem como principal comprador os Estados Unidos, apresentou um crescimento de 108,69%, e volume de exportação de US$ 150.169.634 milhões. Também se destacaram a pimenta, que exportou US$ 36.299.408 milhões para a Alemanha, e a Castanha do Pará, que exportou US$ 3.372.368 milhões, com um crescimento de 637,41% no valor exportado.

Entre as principais vias de exportação dos produtos paraenses, estão o porto de São Luís (MA), de onde foram escoadas, no período, quase 47 milhões de toneladas de minério de ferro oriundas do Pará, com um valor acumulado de US$ 4.050.362.475 bilhões.  Em Belém, a Alfândega da Receita Federal registrou a alumina calcinada como o principal produto exportado, com o valor de US$ 577.965.102 milhões e 1.500 milhão de toneladas. Já o Porto de Santos (SP) se destacou na exportação da carne bovina do Pará, totalizando pouco mais de US$ 79 milhões e 13.188 toneladas exportadas.

Importação – Na análise geral, um fator de destaque foi o crescimento das importações realizadas pelo Estado do Pará. No período, houve um aumento de 64,41% na aquisição de produtos de outros países, o equivalente a US$ 750.816.567 milhões. Segundo Cassandra Lobato, o principal produto comprado pelo Estado foi o hidróxido de sódio muito usado industrialmente para a produção de diversos produtos, como papel, compostos orgânicos celulose e o celofane. Entretanto, afirma a analista, o destaque ficou para a importação de adubos fertilizantes da Rússia que passou de US$ 495 mil em 2021, para US$ 18.193 milhões importados de janeiro a abril de 2022.

“Apesar de não ter sido o principal produto importado, chama a nossa atenção a variação de crescimento de 3.572% dos adubos fertilizantes vindos da Rússia. Na nossa análise isso representa um reflexo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que levou o mercado brasileiro, já prevendo algum racionamento, a tentar comprar o máximo possível do produto para atender principalmente o agronegócio e estocar para evitar a parada da produção”. Segundo a coordenadora do CIN/FIEPA, é possível notar também o crescimento no número de empresas importadoras no Estado. “De 2021 para cá, percebemos a criação de quase 60 novas empresas importadoras paraenses e isso reflete muito essa questão da oportunidade de importar de países com valores mais competitivos, como a China, por exemplo”, conclui Lobato.



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