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Profissionais de saúde enfrentam desafios diários durante a pandemia

Profissionais de saúde enfrentam desafios diários durante a pandemia

Profissionais de saúde enfrentam desafios diários durante a pandemia

Ao menos 37% dos profissionais de saúde do país relataram aumento do estresse e sensação de medo ou pânico no enfrentamento à covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). São muitos os desafios que estes profissionais vêm lidando e, por isso, a elevação do nível de estresse foi apontada como o principal impacto que a covid-19 trouxe (22,9%).

Eles estão na linha de frente em todas as situações, inclusive dentro de empresas com milhares de colaboradores que realizam atividades consideradas essenciais e, por isso, não puderam parar. Para 14,6% dos profissionais entrevistados pelo CFM em todo o Brasil, lidar com o vírus novo e ver colegas adoecendo e morrendo também motivaram sensação de medo ou pânico.

Na Imerys, mineradora que atua com caulim, a equipe da Medicina do Trabalho passou por dias difíceis. O técnico de Enfermagem, Ronaldo Vale, da planta da empresa no município paraense de Barcarena, infelizmente faleceu em 2020 devido à covid-19, com 20 anos de atuação na empresa. “Eu trabalhava como terceirizada para a Imerys desde 2016 e o impacto foi enorme. Não só pela perda de um colega muito querido, mas pelo profissional dedicado que ele sempre foi. Seguimos trabalhando com ainda mais motivação para que não se repetisse”, conta Marcela Ferreira, técnica de Enfermagem contratada pela Imerys este ano.

A criação do hábito foi o caminho que a Imerys encontrou para garantir a saúde e segurança dos colaboradores. De um grande quantitativo de funcionários afastados pela covid-19, hoje, a empresa tem apenas três afastados em Barcarena, todos em recuperação otimista. De acordo com Marcela, a parceria com todas as áreas tem sido fundamental. “Com o tempo percebemos uma consciência maior de todos. Continuamos indo nas áreas e reforçando a importância de manter todos os cuidados. A empresa também tomou medidas fundamentais para reduzir a contaminação dentro dos ônibus, garantindo o home office alternado, disponibilizando álcool em gel… São ações importantes. Passamos por dias cansativos e ainda vem sendo desafiador, mas vale a pena para salvar a vida de todos”, reforça.

Já na Mineração Rio do Norte (MRN), o número de atendimentos em medicina do trabalho foi de 3.534 empregados, entre contratados e terceirizados, no período de pandemia em 2020. A triagem dos classificados como grupos de risco por conta de comorbidades, como diabetes e obesidade, e a identificação de casos em estágio inicial foram os principais desafios desta área na empresa. “Incluímos o teste de covid-19 nas avaliações dos empregados que estavam entrando e dos que estavam saindo da MRN, para, em caso positivo, orientá-los da melhor forma possível no tratamento e isolamento, visando prevenir que outras pessoas também se contaminassem”, comenta a técnica de Enfermagem Elcilaine Farias, do Hospital de Porto Trombetas, que é mantido pela MRN.

Neste período de pandemia, a rotina precisou ser adaptada com redução no número de atendimentos na agenda e rodízio, para evitar aglomerações. Entre os atendimentos realizados estão consultas e exames admissional, demissional e periódico, acompanhamento e monitoramento de grupos de risco à distância e presencial. “Os casos identificados ainda como não aptos ao retorno imediato são encaminhados para fisioterapias respiratória e motora, para reforçar a musculatura e retomar o equilíbrio. Também tivemos casos de empregados de grupos de risco que, imunizados pela vacina e após reavaliação, puderam voltar ao trabalho”, assinala Elcilaine.

Identificado com o novo coronavírus em março deste ano, o técnico de Operação de Turno da MRN, João Tadeu Silva, precisou passar 13 dias internado no Hospital de Porto Trombetas, onde, além de contar com o atendimento de médicos especializados em covid-19, recebeu o acompanhamento constante de um profissional de saúde ocupacional da empresa. “Foi fundamental esse acompanhamento e cuidado do médico do trabalho, avaliando como estava meu quadro. Quando saí do hospital, ele me orientou a fazer as fisioterapias respiratória e motora. Isso me deixou mais fortalecido e confiante no tratamento”, declarou.

Entre as contribuições do serviço de medicina do trabalho na manutenção da saúde preventiva dos trabalhadores essenciais da MRN, Elcilaine reforça a importância da triagem dos grupos de risco e dos demais empregados de forma antecipada com o acompanhamento constante dos médicos do trabalho Alessandro Montuori e Cristiano Moreira e, além de Elcilaine, das técnicas de enfermagem Daniele Silva e Bianca Sousa. “Estes atendimentos contribuíram para a prevenção dos grupos de risco e de casos em estágio inicial, que encaminhamos para o tratamento. É uma satisfação porque contribui para garantir a saúde e segurança no ambiente de trabalho”, declara a técnica de Enfermagem.



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