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SENAI investe em capacitação de mão de obra para a indústria 4.0

SENAI investe em capacitação de mão de obra para a indústria 4.0

SENAI investe em capacitação de mão de obra para a indústria 4.0

Segundo levantamento da Sondagem Especial Indústria 4.0, da  Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor produtivo brasileiro passou a ser mais digital em um intervalo de cinco anos. Em 2021, de acordo com os dados, 69% das indústrias pesquisadas faziam uso de alguma das tecnologias digitais avaliadas, enquanto em 2016 o percentual era de 48%, menos da metade. A apuração buscou investigar o avanço do uso das tecnologias da chamada indústria 4.0, que prevê a digitalização da produção industrial para integrar as diferentes etapas da cadeia de valor, desde o desenvolvimento do produto até o uso final.

 

A Ocrim Ricosa, fabricante de massas e biscoitos instalada em Ananindeua/ PA, Região Metropolitana de Belém, se enquadra nesta estatística. Desde 2005, quando foi adquirida pelo grupo Ocrim, a empresa vem modernizando seu ambiente fabril e apostando na digitalização dos processos para aumentar sua competitividade. "A fábrica possui tecnologias e softwares que permitem medir e gerenciar a produtividade kg/h, e esses sistemas mandam informações e dados para a tela do computador ou smartphone. Através dessas ferramentas tecnológicas, a empresa acompanha a performance de produtividade das linhas de produção, além de outros indicadores”, conta o gerente geral da empresa, Gilton Ludgero.

 

A Sondagem Especial Indústria 4.0 identificou a adoção de 18 tipos de tecnologias digitais pelas empresas e seu uso em diferentes estágios da cadeia industrial. Entre os principais benefícios reconhecidos na adoção dessas ferramentas está o aumento de produtividade, a melhora da qualidade dos produtos e a diminuição dos custos de produção. Apesar do alto nível de adoção de pelo menos uma tecnologia digital, a maioria das empresas usa uma baixa variedade, indicando que se encontram em uma fase inicial do processo de digitalização. Ao todo, 31% ainda não adotaram qualquer tecnologia digital, 26% utilizam de uma a três das 18 listadas, e apenas 7% adotaram 10 ou mais delas.

A pesquisa mostra, ainda, que a mão de obra é o principal fator externo que impede o avanço do processo de digitalização das indústrias. Para 37% delas, a falta de profissionais qualificados é uma barreira para adoção de tecnologias digitais. “Antes de avançar em tecnologia, temos que ter pessoas preparadas. Às vezes compramos um equipamento de alta tecnologia, investimos, mas quando precisa do profissional que tenha essa habilidade para manusear as ferramentas, não se consegue. A qualificação tem que vir antes da indústria 4.0”, comenta o gerente geral da Ocrim Ricosa.

 

PREPARAÇÃO PARA A NOVA INDÚSTRIA

As novas matrizes curriculares dos cursos do SENAI já abordam as tecnologias habilitadoras da indústria 4.0. Na unidade do SENAI Getúlio Vargas, em Belém, os alunos do curso Técnico de Mecânica Industrial vivenciam esse novo cenário de formação profissional, tendo à disposição, por exemplo, atividades práticas em impressora 3D, que, com auxílio da tecnologia, permite a produção de objetos complexos e detalhados; e Torno CNC, que, por meio de programação, é capaz de fabricar peças e ferramentas de forma precisa, em tamanhos e formatos personalizados.

 

Kennedy Aguiar, aluno do curso, analisa a transformação da sua profissão e as particularidades da indústria mais digitalizada. “O profissional de manutenção industrial hoje não se qualifica mais para meter a mão na graxa. O aprendizado do mecânico tem que ser complementado pela automação industrial, que é a base da indústria 4.0, e o conhecimento avançado em informática para poder conquistar um lugar no mercado”, diz o estudante. “A indústria 4.0 é evolução, então hoje nós estamos estudando a mecânica com conceitos e equipamentos muito mais evoluídos para, de fato, poder apresentar soluções para as demandas que a nova indústria necessita”, completa Bruno Lisboa, também aluno do curso de Mecânica Industrial do SENAI.

Com experiência de 15 anos no mercado da Eletrotécnica, Elias Lima decidiu voltar ao SENAI para fazer o curso Técnico em Automação para complementar a sua formação. Já na fase final do curso, ele pretende aproveitar as oportunidades que virão a partir da maior digitalização das empresas nos próximos anos. “A indústria 4.0 envolve um processo multidisciplinar, no qual você tem que entender muito de rede e de programação, conhecimentos específicos que a automação engloba. Eu tenho certeza de que quem se preparar agora vai conseguir entrar tranquilamente nesse mercado, que vai crescer bastante daqui para frente”, diz o profissional.

 

SENAI INVESTIRÁ EM INFRAESTRUTURA

Atento às demandas de modernização das indústrias locais, o SENAI Pará vem se adequando ao novo cenário do setor produtivo e investindo em laboratórios que simulam os ambientes da indústria 4.0. A partir do Programa SENAI + Digital, está sendo implementado, nas Unidades Operacionais da entidade no estado, um grande projeto que contempla a padronização de cursos voltados à indústria 4.0.

 

No total, serão investidos cerca de R$ 6 milhões na criação de 11 Laboratórios Conceito e quatro Laboratórios de Aplicação nas unidades do SENAI espalhadas pelo Pará. Esses espaços possibilitam a aplicação das tecnologias habilitadoras da 4ª Revolução Industrial, conectividade em rede wi-fi e dados patrocinados para alunos e docentes e processos digitais implementados para promoção da cultura digital. Além disso, os alunos terão acesso a ferramentas mais avançadas da indústria 4.0, como big data, Cloud Computing, internet das coisas (IOT), Sensoriamentos, Digital Twin, Inteligência Artificial, Visão Computacional e Integração de Sistemas.

 

O diretor de operações SESI- -SENAI, Raphael Barbosa, diz que o projeto visa melhorar a qualificação dos trabalhadores e ajudar as empresas paraenses a se inserirem na 4ª Revolução Industrial. “Com a implementação dos Laboratórios Conceito e Aplicação, o SENAI Pará busca promover uma transformação no processo de ensino e aprendizagem, desenvolvendo as novas competências do profissional 4.0, aumentando assim a empregabilidade dos egressos do SENAI Pará e a competitividade das indústrias do estado”, conclui o diretor.

 

CURSOS DA INDÚSTRIA 4.0

O SENAI oferta diversos cursos com a temática da Indústria 4.0. São qualificações presenciais e a distância, pagos e gratuitos, para iniciantes ou avançado, para todas as idades. Acesse os cursos aqui

 



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