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Sistema FIEPA faz imersão no ecossistema de inovação de Israel

Sistema FIEPA faz imersão no ecossistema de inovação de Israel

Sistema FIEPA faz imersão no ecossistema de inovação de Israel

     A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), liderada pelo seu presidente, José Conrado Santos, participou, na última semana, de uma imersão ao ecossistema de inovação de Israel, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A FIEPA se uniu a mais de 40 empresários, gestores e pesquisadores do Brasil, que visitaram o que há de mais moderno em termos de inovação em centros de pesquisa, universidades e startups israelenses.    

 

     Israel investe 5,4% de seu PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D+I), sendo o país que mais destina recursos proporcionalmente para esta finalidade. Para efeito de comparação, o Brasil investe apenas 1,17% do PIB e os países da OCDE, 2,48%. O resultado dessa política de Estado fez com que Israel ganhasse o título de “nação das startups” (startup nation), possuindo mais de 9.000 empresas ativas do tipo e atraindo investimentos em venture capital na ordem de US$27 bilhões. O país também se tornou um dos maiores exportadores de tecnologia do planeta. Cerca de 10,4% dos empregos em Israel são em indústrias de alta tecnologia, entretanto, seus produtos/serviços correspondem a 54,2% do total de exportações israelenses, demonstrando o significativo valor econômico da política de inovação adotada. Com apenas 74 anos, Israel está muito à frente das principais economias do mundo quando o assunto é ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

        A intenção das imersões organizadas pela CNI é promover a interação de empresários, executivos, acadêmicos e representantes do poder público com atores estratégicos dos principais ecossistemas de inovação do mundo. Uma dessas visitas resultou na assinatura de parceria com a empresa SOSA. Celebrado em julho de 2020, o acordo coloca indústrias instaladas no Brasil ao alcance das principais startups mundiais para a busca de soluções tecnológicas e também startups brasileiras em contato com empresas de todo o mundo. Sediado em Tel Aviv, o SOSA mantém uma das maiores plataformas de inovação aberta do mundo.

      Para o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, as imersões são fundamentais para a projeção de uma cultura de inovação. “É muito importante nos aproximarmos de países que são referências em inovação e soluções para variadas questões sociais e econômicas. Israel, com suas particularidades e desafios, conseguiu se organizar e se tornar uma nação sustentável e competitiva. Devemos nos apropriar desses exemplos para proporcionar ao nosso país um ambiente mais propício à inovação”, considera o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos.

Um dos principais motores para a inovação em Israel é a área de defesa. Em virtude da situação geopolítica, o país investe fortemente em novas tecnologias para vigilância, defesa antiaérea e cybersegurança, que posteriormente são convertidas para uso civil. Tais tecnologias são hoje usadas em satélites comerciais, veículos e aeronaves não tripuladas, medicina, agricultura e indústria. Durante a imersão, a delegação brasileira visitou o IAI (Israel Aerospace Industries), um dos principais centros de pesquisa mundiais na área aeroespacial, de aviação e defesa.     

         Além da pesquisa aplicada, existe um grande investimento em pesquisa básica. Durante as visitas ao Weizmann Institute of Science, Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e Universidade Hebraica, foram apresentadas diversas pesquisas que culminaram, por exemplo, no desenvolvimento de novos medicamentos. Além disso, foram apresentadas metodologias para a proteção e transferência tecnológica das inovações para as indústrias.

        Adriano Lucheta, diretor do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM), com atuação em Belém, acredita que o Brasil tem condições de absorver as experiências de inovação que tiveram sucesso em Israel. “Apesar de algumas características intrínsecas que tornaram Israel uma potência na área tecnológica, como a necessidade de investimento na área militar e deficiência de recursos naturais, foi possível validar in loco que o investimento em P,D&I e alta tecnologia são geradores diretos de receita e atração de investimentos externos. O aumento dos investimentos em inovação no Brasil poderia ser uma alavanca para o desenvolvimento industrial e social do país”, conclui o diretor, que fez parte da comitiva da CNI.

 



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