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Vacina é o presente para mães e filhos

Vacina é o presente para mães e filhos

Vacina é o presente para mães e filhos

Este Dia das Mães será um momento especial de gratidão para Eliene dos Santos, 42 anos, técnica de Segurança do Trabalho da Mineração Rio do Norte (MRN), que, junto a mãe dela, Esmelina dos Santos, 75 anos, são de uma família tradicional da comunidade quilombola do Boa Vista, em Oriximiná, Oeste do Pará. As duas já receberam a primeira dose da vacina neste ano por estarem entre os grupos prioritários para a vacinação. Antes da atual sensação de alívio, porém Eliene vivenciou, no final do ano passado, um período de tensão ao confirmar que sua mãe foi positivada com a covid-19. “Eu estava em Santarém quando minha mãe e irmã relataram que ela estava com sintomas como dor no ouvido e no braço, que não eram típicos da doença. Com medo, eu disse para ela não ir para o hospital porque eu achava que teria o risco de se contaminar. Mas, felizmente, minha irmã insistiu em levá-la. A médica fez exames e confirmou o diagnóstico. Por causa da idade avançada, a médica orientou a internação, para ela também receber a medicação no horário certo. Foram quase 15 dias internada, sendo cuidada e se recuperando muito bem da doença”, relata Eliene.

 

Para a técnica de Segurança do Trabalho da MRN, que precisa manter sua atividade de trabalho na operação, seguindo todos os protocolos de saúde preventiva, também receber a primeira dose da vacina é uma conquista. “Apesar de eu aderir fielmente às medidas de prevenção, ficava preocupada com os índices de crescimento da covid-19 no mundo. Tive medo de me contaminar e levar a doença para minha casa, colocando em risco a saúde da minha família. Então, o sentimento de imunização da minha mãe e minha é de gratidão. Principalmente por minha mãe estar fragilizada pela idade avançada e porque sempre trabalhou muito desde cedo. É uma sensação de meia vitória porque ainda tem a segunda dose da vacina para a gente tomar”, comenta.

 

Mãe de Kevin, 20 anos, Samanta, 12 anos, e Sabrina, 9 anos, Eliene diz que nunca imaginou viver o cenário de pandemia atual no mundo, mas, depois da experiência que vivenciou com sua mãe, tem importantes motivos para celebrar o Dia das Mães deste ano, que ela observa como o início de uma nova era de fortalecimento e mais uma oportunidade para vida e para se reinventar. “É tempo de transição para uma nova era com esta doença do século, mas a gente pode conseguir a vitória. Devemos celebrar, incentivando que a gente tem a capacidade de vencer esse vírus com a prevenção humana, que inclui higienização e proteção. Só depende do comportamento e da atitude humana”, conclui.

Em 2020, o Dia das Mães foi de muita ansiedade por não poder reunir a família e fazer o tradicional almoço. Em 2021, todos os cuidados contra a covid-19 devem ser mantidos, mas com uma ponta de alívio em ver a mãe vacinada contra o coronavírus. Cleiton Oliveira, assim como Eliene, vive alegria dupla: tanto a mãe quanto o pai foram vacinados. Dona Nazaré tem 63 anos e, já recuperada da covid-19, recebeu as duas doses da vacina. “Agradeço à Deus por ela ter sobrevivido à doença e por estar vacinada, vamos poder vê-la no Dia das Mães, mas respeitando todos os protocolos de distanciamento e usando máscara”, conta o técnico em manutenção de frota pesada da Imerys, mineradora que atua com caulim no município de Barcarena.

        

Na família de Eleni Tavernard, Coordenadora de Assuntos Corporativos da Alubar em Belém, a vacinação aumentou a esperança de vencer a pandemia em um futuro próximo. Ela relata que sua mãe, Leni, de 77 anos, já tomou a segunda dose da CoronaVac há cerca de um mês. A imunização não diminuiu os demais cuidados, mas já ajudou a afastar o medo. “Quando a pandemia começou, ficamos muito preocupados, porque minha mãe é cardiopata, já passou por um infarto e tem doenças pulmonares também. Moro com ela e com meus filhos adolescentes e todos se esforçaram para proteger a minha mãe e a nós mesmos também”, relata.

 

Desde 2020, a dona Leni só sai de casa para consultas e procedimentos médicos. Os filhos de Eleni adotaram os estudos a distância e o irmão, quando a visita, fica o tempo todo de máscara. As saídas de Eleni também são restritas a supermercado, farmácia e trabalho, quando não é possível ficar em home office. “Em 2020, o Dia das Mães foi só entre nós. No meu aniversário, nem mesmo meu irmão pode vir, pois estávamos em um dos picos de casos de covid-19. Desde o início, não tem reunião, nem shopping, nem passeio”, explica Eleni.

 

A chegada da vacina para a mãe foi um momento de alívio e emoção para Eleni, que infelizmente viu muitas pessoas próximas partirem por conta da Covid-19. “Nossa família está há 49 anos morando no mesmo conjunto. Aqui, temos muitos vizinhos de longa data e nove deles morreram por coronavírus. A pandemia nos pegou muito forte, então quando finalmente conseguimos vacinar a minha mãe, ficamos muito emocionados. Ela não teve nenhum efeito colateral após a vacinação”, relembra a colaboradora. A família, contudo, ainda segue com os cuidados para afastar o coronavírus. “Nossa mentalidade é que a vacina ainda não significa mudança de rotina, mas sim a esperança de que minha mãe terá uma chance a mais de lutar caso seja infectada. Na hora que a vacina chegar, abra o coração para essa oportunidade, mas lembre-se que outros cuidados ainda são fundamentais”, aconselha Eleni.

        

 



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