Corrida do SESI Pará destinou para reciclagem mais de 300 quilos de resíduos
- Mayra Leal
- 1 de mai.
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Atualizado: 8 de mai.

A 33° edição da Corrida do SESI Pará, que pela primeira vez integra a 1ª Corrida Nacional do SESI, teve recorde de participação de público e de coleta de resíduos. Com saída e chegada no Portal da Amazônia, o evento teve 5 mil corredores inscritos e reuniu, ao todo, 6.500 pessoas. Durante o evento, 371 quilos de resíduos foram coletados e encaminhados para reciclagem.
De acordo com o superintendente do SESI Pará, Dário Lemos, a corrida teve a maior participação do Brasil. "Cada ano que passa, o número de participantes aumenta. Ficamos muito felizes e isso é motivo de orgulho pra todos nós. Tivemos a maior corrida nacional, ficando bem à frente de Pernambuco que foi o segundo lugar", ressaltou Dário Lemos, superintendente do SESI Pará.
Com o selo da Jornada COP+, movimento liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) que está construindo uma nova agenda econômica, social e ambiental para a indústria da Amazônia, a Corrida ganhou status de ambientalmente sustentável. Todo o lixo produzido foi coletado pela Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (CONCAVES), que montou um ponto de coleta para incentivar o descarte correto de materiais como plásticos, papel, papelão, vidros e metais. O resíduo foi contabilizado em tempo real pelo reciclômetro da cooperativa.
Foram coletados 190 kg de papel e papelão, 158 kg de plástico, 20 kg de vidro e 3kg de metais. "Esse material vai ser processado e depois enviado para empresas e indústrias recicladoras. O vidro vai para outros estados. Papel e plástico são destinados para uma empresa de reciclagem. A gente trabalha com a logística reversa, tudo é registrado. Porque além de ser fiscalizado e contabilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, a gente consegue colocar nossa cidade no índice de reciclagem", explica a presidente da CONCAVES, Débora Baía.
A ação contou com o apoio dos corredores . Depois de correr 10 quilômetros, o atleta Madson Rodrigo fez questão de guardar o lixo que produziu durante a corrida e levar até o ponto de coleta montado pela cooperativa. "O meu plástico eu jogo direto na lixeira. Até aquele plástico de bombom temos que jogar no lixo. Eu tenho filha e me preocupo com o futuro das nossas crianças. O nosso meio ambiente e a cidade da COP 30 agradecem", afirmou Madson.
O evento também teve selo de carbono neutro. Todas as emissões de gases do efeito estufa, durante a corrida, serão compensadas por meio da aquisição de créditos de carbono certificados, provenientes de projetos ambientais de aterros sanitários do Grupo Solvì. "Os resíduos que são encaminhados para os aterros produzem biogás . Lá no Aterro Sanitário de Marituba, na Guamá, a gente já tem duas plantas, uma que faz o tratamento térmico desse biogás e uma que faz a geração de energia. Todo esse processo é certificado. Esses créditos de carbono são contabilizados através de uma auditoria para para saber quantas toneladas de carbono precisam ser compensadas", explica Wagner Cardoso, gerente comercial da Guamá Tratamento de Resíduos.
Para o presidente da FIEPA e da Jornada COP+, Alex Carvalho, as ações da corrida reforçam o compromisso da federação com a responsabilidade social e ambiental. "A corrida é um compromisso social, de saúde, bem-estar, com a cultura e com o esporte. E com essas ações de coleta de residuos e neutralização do carbono, mostra aue também é um compromisso com o meio ambiente e sustentabilidade, o que é indispensável no nosso estado", ressalta.
Jornada COP+ - Realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Jornada COP+ tem o apoio da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da Ação Pró-Amazônia, SESI, SENAI, IEL e Instituto Amazônia+21. O projeto tem como patrocinadora master a Vale.