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Futuro na Amazônia: Conselho do SESI visita escolas, espaços de cultura e projetos de saúde no Pará



O Conselho Nacional do SESI percorreu escolas, centros culturais e projetos de inovação em saúde no estado do Pará em uma agenda voltada à valorização de práticas educacionais, da cultura amazônica e da escuta ativa dos territórios. As visitas ocorreram entre os dias 14 e 16 de abril de 2025, com a presença do presidente Fausto Augusto Junior.


“Ouvir os territórios e reconhecer o que já está sendo construído nas pontas é fundamental para qualificar a atuação do SESI em nível nacional. O Pará mostra como tradição, tecnologia e compromisso social podem caminhar juntos”, afirmou Fausto. 


Para ele, ações integradas entre educação, saúde e cultura ampliam o alcance institucional e fortalecem a relação com as comunidades atendidas. Segundo Fausto, “compreender as particularidades do Pará” — estado de grande extensão territorial, sociobiodiversidade e forte diversidade cultural — “é essencial para que as políticas do SESI alcancem efetividade, respeitando os diferentes contextos e demandas regionais.”


A programação passou por dois municípios estratégicos para a atuação do SESI na região Norte: Belém, incluindo a Região Metropolitana, e Altamira, no sudoeste do estado. A programação em Altamira incluiu visitas a comunidades indígenas, unidades do SESI e do SENAI e projetos voltados à saúde e à inclusão produtiva. Nesta matéria, o foco recai sobre as ações realizadas em Belém e região metropolitana.



Educação científica e robótica com sotaque amazônico


A programação teve início no dia 14 de abril, pela Escola SESI Ananindeua, que atende cerca de 1.500 alunos da educação básica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A unidade se destaca por integrar formação científica, bilinguismo e protagonismo estudantil às realidades da Região Metropolitana de Belém.


Segundo a diretora da escola, Gláucia Macedo, a instituição tem avançado em qualidade e reconhecimento nacional e internacional. “Desde 2016, a escola vem crescendo de forma contínua. Hoje, além do ensino regular, também ofertamos EJA nos turnos da manhã, tarde e noite, com estrutura semipresencial que permite aos alunos assistirem às aulas em casa e comparecerem à escola uma vez por semana para o acompanhamento com os tutores”, explica.


A unidade foi reconhecida como uma das sete escolas certificadas no Programa SESI de Gestão Escolar em todo o Brasil e recebeu o selo Showcase School da Microsoft, consolidando-se como uma escola de referência. A estrutura inclui laboratórios de ciências e informática, biblioteca, sala de tecnologia educacional e auditório para 100 pessoas. No novo ensino médio, os estudantes seguem itinerários formativos conforme as áreas de interesse.


A robótica educacional é um dos pilares do projeto pedagógico. A escola mantém equipes regulares na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e em iniciativas científicas de destaque. “Temos uma equipe que está embarcando agora, no dia 24 de abril, para os Estados Unidos, para participar do campeonato internacional. Já tivemos alunos selecionados entre os dez melhores no projeto da NASA, em parceria entre Brasil e Portugal”, relata Gláucia. A escola também adota o ensino bilíngue por meio da International School.


Um dos marcos da visita do Conselho foi o encontro com a equipe Robobusters, primeira do Pará a ser classificada para uma competição internacional de robótica. O grupo representará o Brasil na RoboCupJunior Super-Regional Américas, cuja primeira edição será realizada entre os dias 25 e 29 de abril de 2025, na cidade de Mercersburg, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos.



Segundo o professor e técnico de robótica Alan Raiol, o envolvimento com a robótica tem impulsionado não apenas o desempenho escolar, mas também o desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI. “Eles vêm se preparando há bastante tempo, com dedicação e evolução visível. Além da programação, aprendem a organizar ideias, planejar, resolver problemas. São competências fundamentais”, afirmou. Ele destaca ainda que muitos alunos participam dos projetos há quatro ou cinco anos, o que permite acompanhar avanços expressivos na trajetória acadêmica e pessoal.


Para Carlos Daniel Nascimento, aluno do 1º ano do ensino médio, de 14 anos, a robótica foi decisiva em sua formação. “Comecei em 2022 na OBR e desde então desenvolvi muitas habilidades, dentro e fora da sala de aula. Melhorei minha comunicação, passei a me interessar mais por engenharia e programação, e consegui me descobrir em várias áreas”, contou.


Carlos também celebrou a conquista inédita da equipe. “É a primeira vez que uma equipe do nosso estado vai para uma competição internacional. Foi fruto de muito trabalho e preparação. Estamos muito orgulhosos”, completou.


Para a gerente executiva de Educação do SESI Pará, Márcia Arguelles, a escola possui um papel estratégico na formação científica e no desenvolvimento de competências para o futuro do trabalho.


“A Escola SESI Ananindeua representa muito do que acreditamos sobre o futuro da educação: um espaço onde o protagonismo do aluno é incentivado, a ciência é valorizada e as competências para o século XXI são desenvolvidas desde cedo. A robótica, por exemplo, não é apenas uma atividade complementar, mas um instrumento poderoso para despertar vocações, promover equidade e preparar nossos jovens para um mundo cada vez mais tecnológico e interconectado”, afirmou Márcia.



Indústria, qualificação e desenvolvimento regional


A agenda institucional do Conselho Nacional do SESI no Pará teve início na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). O presidente da entidade, Alex Carvalho, recebeu a comitiva para um encontro com o presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, e o superintendente do SESI Pará, Dário Lemos. O diálogo abordou os desafios da indústria local e as oportunidades de parcerias para ampliar a formação técnica e a inclusão produtiva no estado.


“A presença do Conselho Nacional do SESI no Pará reforça o quanto é necessário reconhecer as soluções criadas a partir das realidades locais. A indústria paraense tem particularidades únicas, e iniciativas como as que vimos aqui — em educação, saúde e cultura — mostram como podemos alinhar desenvolvimento industrial com inclusão e inovação”, afirmou Alex Carvalho.


Fausto Augusto Junior destacou a importância da articulação com as federações industriais: “A escuta qualificada das lideranças locais orienta nossa atuação. No caso do Pará, reconhecer as boas práticas em curso e construir soluções conjuntas é essencial para ampliar o impacto do SESI.” COP30 e inovação urbana: visita ao Parque da Cidade



Um dos momentos emblemáticos da agenda no Pará foi a visita ao Parque da Cidade, em Belém, uma das 26 obras realizadas pela Vale em parceria com o governo estadual, no âmbito do programa Estrutura Pará.


Com investimento estimado em R$ 400 milhões, o projeto é considerado estratégico para a realização da COP30 e para a revitalização urbana da capital paraense. O espaço contará com museu, restaurante, áreas verdes, trilhas e integração com o Hangar Centro de Convenções, onde funcionará a chamada “Blue Zone” da conferência climática.


A comitiva do Conselho Nacional do SESI, da FIEPA e do SESI Pará foi recepcionada por Luciano Madeira e Bianca Felgueiras, representantes da Diretoria de Valor Social Norte da Vale, responsável pela condução do projeto. Durante o encontro, os gestores apresentaram os avanços das obras e os conceitos de sustentabilidade e uso comunitário que orientam a proposta.


Cultura e memória 



No bairro de Nazaré, em Belém, a comitiva conheceu o projeto da futura Casa da Cultura SESI, que será implantada em um casarão histórico. O espaço será dedicado à preservação da cultura amazônica e à valorização da memória dos trabalhadores da indústria.


“O SESI Pará tem trabalhado com um olhar atento para os territórios, desenvolvendo soluções que dialogam com a realidade amazônica. Seja na cultura, na educação ou na saúde, nossa missão é gerar impacto real na vida das pessoas, fortalecendo a cidadania e contribuindo para um desenvolvimento mais justo e conectado à nossa identidade regional”, afirmou Dário Lemos, superintendente do SESI Pará.

Na sequência, o grupo visitou o Teatro do SESI, que completou 40 anos em 2025, como um dos mais modernos e bem equipados do estado. O espaço possui 417 lugares, estrutura de acessibilidade para artistas e público, camarins confortáveis e infraestrutura que permite a realização de espetáculos de pequeno, médio e grande porte — incluindo apresentações teatrais, musicais e de dança.


“Uma cidade que conta com um teatro como esse, oferecido por uma instituição como o SESI, é uma cidade que valoriza a arte e compreende o poder transformador da cultura”, destacou Ana Cláudia Moraes, gerente executiva de Cultura do SESI Pará.


Ela também ressaltou que o espaço tem programação com ingressos acessíveis e que a área cultural do SESI busca valorizar especialmente os artistas locais, oferecendo um palco de qualidade, moderno e disponível à população paraense.


Esporte e bem-estar


Na unidade SESI Almirante Barroso, criada em 1970, a comitiva conheceu as ações do programa “SESI Indústria Saudável” e a atuação da Escola SESI Belém. A unidade concentra iniciativas voltadas à promoção da saúde, bem-estar e educação, com cerca de 1.600 alunos ativos, a partir de 7 anos de idade — sendo o mais velho com 83 anos.


Com nove modalidades esportivas, incluindo atividades aquáticas, musculação, pilates e ginástica, a unidade atende trabalhadores da indústria e da comunidade em geral, com foco no envelhecimento saudável e na convivência intergeracional.


“A maior parte do nosso público é formada por pessoas idosas que buscam manter a mobilidade, a saúde física e o bem-estar emocional por meio da prática esportiva. Nosso trabalho é voltado à promoção da qualidade de vida, ao fortalecimento das relações sociais e à valorização da saúde integral”, explicou Aline Zenith, gerente da unidade.


Na área de lazer, também houve visita ao Clube SESI Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, dedicado à promoção do lazer, da saúde e do bem-estar do trabalhador da indústria.


Tecnologia fluvial para a saúde da indústria

A visita ao projeto Barco da Saúde, uma iniciativa desenvolvida em parceria entre o SESI e a Universidade Federal do Pará (UFPA), foi um dos ápices da viagem.


A proposta, que nasce no ano da COP30, é voltada a levar atenção primária à saúde de trabalhadores da indústria da Amazônia por meio de embarcação elétrica e estrutura de atendimento remoto.


“O projeto do Barco da Saúde é uma inovação que conecta sustentabilidade e qualidade de vida. Ele oportuniza às indústrias, aos trabalhadores e às comunidades amazônicas o acesso à saúde com precisão, conectividade e baixo custo. É uma ação voltada à prevenção e ao bem-estar, com impactos concretos na rotina das pessoas e na produtividade das empresas”, afirmou Jacilaine Souza, gerente de Saúde e Segurança da Indústria do SESI Pará.


O diretor do Instituto de Tecnologia da UFPA, Hito Braga de Moraes, destacou que a iniciativa reúne tecnologia, sustentabilidade e impacto social. “A embarcação elétrica vai permitir levar assistência técnica e de saúde a trabalhadores em regiões remotas da Amazônia, com energia limpa e estrutura autossuficiente. É uma proposta ímpar, que alia inovação tecnológica ao cuidado com o trabalhador.”


A apresentação foi acompanhada por Fausto Augusto Junior, Alex Carvalho e Dário Lemos, que navegaram pelo Rio Guamá para conhecer de perto o alcance territorial do projeto.

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