Esta é a segunda edição do evento, promovido pela Norte Energia, em parceria com a Fiepa Redes e com a Prefeitura de Altamira
Peixes cultivados por piscicultores de comunidades ribeirinhas da Volta Grande do Xingu, foram comercializados na II Feira do Pescado, que teve início nesta sexta-feira,11, na área externa do Mercado Municipal de Altamira. O pescado da espécie tambaqui foi vendido a R$ 12 o quilo, preço que atraiu uma grande quantidade de consumidores ao evento. Com o sucesso de vendas, toda a produção prevista para comercialização em dois dias esgotou-se ainda durante a sexta-feira. A professora Solange de Araújo comprou quatro quilos de peixe. O preço acessível e a qualidade do pescado chamaram a atenção da altamirense, que sempre busca manter o tambaqui presente nas refeições da família. “Isso é gratificante para todos nós consumidores, porque a gente às vezes procura algo de qualidade e é caríssimo, aqui temos um peixe de qualidade, um peixe bom, e estamos sabendo de onde vem”, declarou.
A feira disponibilizou 1,5 toneladas de tambaqui, produzidas por seis famílias de piscicultores das comunidades de Belo Monte do Pontal, em Anapu, e da Gleba Itatá, em Senador José Porfírio, beneficiadas pelas ações de fortalecimento de atividades produtivas e de subsistência promovidas na região pela Norte Energia, concessionária da usina. Toda a renda adquirida com a venda será destinada às famílias produtoras. Esta é a segunda edição do evento, que é promovido em parceria com a Fiepa Redes e com a Prefeitura de Altamira. Beneilton Ferreira, morador de Anapu, começou a cultivar tambaquis em cativeiro com apoio da empresa. Desempregado, hoje ele estava feliz em vender sua produção direto ao consumidor e, assim, garantir renda para o sustento da família. “Eu me sinto muito alegre, esse já é o segundo ano que gente vende, estamos aqui na feira e para mim é muito bom. Eu até me divirto vendendo peixe, além de ter uma renda para família. Estão dando toda a assistência necessária pra gente, nunca falha. A gente está fazendo o melhor e eles também”, destacou. As famílias produtoras recebem assessoria técnica especializada para piscicultura em tanques-rede, insumos e apoio na comercialização. Todo o processo passa por um rigoroso controle de qualidade, monitorado por técnicos da Fiepa/Redes, parceira da Norte Energia nas ações. O resultado da iniciativa é um pescado de alta qualidade, considerado o primeiro 100% certificado na região da Volta Grande do Xingu. O gerente de projetos da Fiepa/Redes, Eurípedes Amorim, ressalta como se dá o suporte para a produção do pescado. “Esse é um processo que tem o beneficiário na ponta e nós acompanhamos eles, desde a entrega dos alevinos até esse momento. Essa jornada leva em média 12 meses para chegar à comercialização, então esse é o momento de celebração de todo esse trabalho que é desenvolvido com os técnicos”, explicou.
Acreditando que a criação do tambaqui é um dos caminhos para a sustentabilidade da Amazônia, a Norte Energia incentiva a produção e o manejo de peixes na região da Volta Grande do Xingu. Bruno Bahiana, superintendente Socioambiental e do Componente Indígena, explica que a Feira do Pescado fortalece a bioeconomia na região ao gerar renda para os produtores. “As atividades produtivas desenvolvidas pela Norte Energia, que incluem a piscicultura, têm o propósito de fortalecer essas famílias, de modo que elas possam contribuir com meio ambiente, através de produtos como o cacau e o peixe. Todas essas ações são voltadas para que esses produtores tenham acesso a geração de renda e subsistência”, explicou.
O projeto
Realizadas desde dezembro de 2021, as ações de fortalecimento das atividades produtivas e de subsistência da Norte Energia têm como objetivo gerar renda, prover uma alimentação saudável e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das 63 famílias beneficiadas, que moram no entorno da usina. As iniciativas fazem parte do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu, compromisso da empresa pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA.
Toda a jornada, desde a entrega dos alevinos às famílias até a despesca e comercialização recebe acompanhamento técnico da empresa. Os peixes passam por um rigoroso processo de controle de qualidade e são 100% licenciados.