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Jornada COP+ leva debate sobre rastreabilidade das cadeias produtivas à COP30

A prática é essencial para garantir qualidade, segurança, transparência e respeito às normas ambientais e sociais; e será assunto do painel da Jornada COP+


Foto: Raphael Luz (Ag. Pará)
Foto: Raphael Luz (Ag. Pará)

Você já parou para pensar de onde vêm os produtos que você consome? Qual é a origem da matéria-prima, como foi o processo de produção e por onde ele passou para chegar até você? A capacidade de documentar e acompanhar esse histórico é chamada de rastreabilidade. A prática é essencial para garantir qualidade, segurança, transparência e respeito às normas ambientais e sociais; e será assunto do painel da Jornada COP+ na Blue Zone (Zona Azul) da COP30, área de negociações oficiais da conferência. O painel está previsto para 19 de novembro, e integra a programação do movimento multissetorial liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA).


O painel discutirá como a transparência nas cadeias de valor pode contribuir para a conservação da biodiversidade, para a valorização dos produtos da floresta, e para o desenvolvimento de modelos de negócios mais justos e sustentáveis, com base em conhecimento científico e engajamento comunitário. Também será discutido como a rastreabilidade é uma estratégia importante no mercado internacional, ao fortalecer a reputação dos produtos, e garantir a conformidade com exigências regulatórias. Os painelistas serão Francisco Victer, coordenador do Movimento Aliança Paraense pela Carne; Raul Protazio, secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará; Leonardo Sobral, diretor florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora; e Alex Carvalho, Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará e da Jornada COP+.


O presidente da FIEPA, Alex Carvalho, explica que a rastreabilidade na Amazônia Legal é urgente, principalmente  pela alta complexidade fundiária, ambiental e socioeconômica da região. “A rastreabilidade é vista como necessária para impulsionar a sociobioeconomia e garantir a justiça climática. Por isso ela é um dos pilares da Jornada COP+, sendo fortalecida por diversas iniciativas ligadas ao movimento, como os programas de combate ao desmatamento e queimadas ilegais e de sociobioeconomia, que têm em seus escopos a promoção de estratégias que fortaleçam essa prática”, pontua.


Foto: Arthur Corrêa (GECOM FIEPA)
Foto: Arthur Corrêa (GECOM FIEPA)

Leonardo Sobral, diretor florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora explica que a rastreabilidade é fundamental para todas as cadeias produtivas da Amazônia. “Sem ela não há garantia de origem, ou seja, sem a rastreabilidade não seria possível entender a cadeia produtiva. A rastreabilidade é a base estruturante para garantir a origem legal e sustentável, e possibilitar o reconhecimento e valorização dessa origem.” O diretor também destaca o uso da rastreabilidade em todas as ações do Instituto nas mais diferentes cadeias produtivas. “Seja na sociobioeconomia, na pecuária, na madeira, na soja e em tantas outras. Na certificação florestal e agrícola, desde a criação de ferramentas, a rastreabilidade é requisito obrigatório”.


O Coordenador do Movimento Aliança Paraense pela Carne, Francisco Victer, define a rastreabilidade como instrumento necessário para o desenvolvimento, principalmente por garantir transparência em todo o processo: “no caso de produtos agropecuários, quais foram os fertilizantes usados, os medicamentos na prevenção e no combate de alguma praga ou doença, por onde esses produtos passaram, o tratamento que receberam, o acondicionamento, a seleção desse produto, ou seja, transparência na produção”, explica.


Foto: Arthur Corrêa (GECOM FIEPA)
Foto: Arthur Corrêa (GECOM FIEPA)

Segundo Victer, essa transparência é o que garante a conformidade com a lei e com as boas práticas, e traz benefícios para toda a cadeia de consumo. “A rastreabilidade tem esse poder de dizer que aquela carne veio de bovinos que, em nenhum momento, foram criados em áreas com queimadas e desmatamento ilegais, portanto sem emissões de gases que contribuem para as mudanças climáticas. É natural que toda empresa queira comercializar produtos e serviços de boa procedência, e que a origem esteja relacionada a boas práticas de produção, cumprindo questões éticas e requisitos legais. E o consumidor tem total direito de saber de onde veio, por onde passou e como aquele produto chegou”.


O secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, explica que a rastreabilidade é uma ferramenta essencial para garantir transparência e credibilidade nas cadeias produtivas da Amazônia. “Ela permite comprovar a origem dos produtos, assegurando que sua produção respeita critérios socioambientais e contribui para a conservação das florestas e o desenvolvimento sustentável da região”.


De acordo com o secretário, a rastreabilidade tem sido uma prioridade do estado dentro da estratégia de transição para uma economia de baixo carbono, e aliando desenvolvimento e conservação. “A nossa principal estratégia é o programa Pecuária Sustentável, que por meio da regularização ambiental e do estímulo à produção sustentável, leva benefícios aos produtores rurais e agricultores familiares. Com isso, o nosso objetivo é fortalecer a rastreabilidade como instrumento de valorização da produção paraense e de geração de novas oportunidades econômicas, inclusive a abertura de novos mercados, com base na sustentabilidade”, destacou. O programa prevê que, até 2026, todo trânsito de bovinos no Estado esteja identificado.


Jornada COP+ também marcará presença na Green Zone e terá parceria com a CNI


Além do painel sobre rastreabilidade, a FIEPA, com a Jornada COP+, terá quatro espaços disponíveis na Blue Zone dentro do stand da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e contará com seis painéis ao longo de três dias. As apresentações serão nos dias 10, 11 e 20, e abordarão temas estratégicos e relevantes para o setor industrial, com a participação de parceiros, patrocinadores e outros setores envolvidos.


A Jornada COP+ também será apresentada no Pavilhão Pará, principal espaço de representação na Green Zone (Zona Verde) da Conferência. Com programação diária, o Pavilhão pretende aproximar diferentes setores da sociedade em torno do debate sobre soluções concretas para o enfrentamento da crise climática, a valorização da floresta em pé e a promoção de modelos de desenvolvimento inclusivos e sustentáveis. O ambiente será também um espaço de articulação política e técnica, oferecendo oportunidades para lançamento de iniciativas, divulgação de resultados de pesquisas, troca de experiências internacionais e fortalecimento de redes de cooperação que apontem caminhos para a implementação dos compromissos climáticos nacionais e globais.


A Jornada estará presente com os painéis “Jornada COP+ e indústria, rumo a uma nova agenda econômica, social e ambiental na Amazônia Brasileira” e "Bioeconomia e Transição Energética Justa: O Potencial da Biomassa na Descarbonização da Indústria Amazônica". As programações apresentarão os resultados e estratégias do movimento, evidenciando avanços em transição energética, rastreabilidade das cadeias produtivas, atração de investimentos verdes e valorização do protagonismo de mulheres e povos tradicionais. De acordo com Deryck Martins, coordenador técnico da Jornada COP+, a programação quer reafirmar o compromisso da indústria com um modelo amazônico de desenvolvimento sustentável, competitivo e socialmente justo. “Também será a oportunidade de apresentar o documento de Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono, que propõe orientar a transição das indústrias de modo a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas”, explica.


Realização – A Jornada COP+ é realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e Confederação Nacional da Indústria (CNI). O movimento é correalizado pela Hydro e pela Vale. A Jornada tem patrocínio super master da Albras, e patrocínio premium da Guamá Tratamento de Resíduos, SINOBRAS, Bayer, Águas do Pará e Saint-Gobain. A iniciativa foi idealizada pela Temple Comunicação e tem o apoio do Instituto Amazônia+21, Ação Pró-Amazônia, Consórcio Interestadual Amazônia Legal, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), SESI e SENAI.


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