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Painéis discutem políticas integradas para energia limpa no primeiro dia do Amazon Energy

Atualizado: 25 de jun.

O avanço do setor energético e o controle das emissões de gases do efeito estufa estiveram no centro dos debates do primeiro dia do Amazon Energy 2025. Na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), em Belém, representantes políticos, especialistas e empresários discutiram sobre a urgência de compatibilizar sustentabilidade com justiça energética e desenvolvimento econômico. A programação do primeiro dia foi marcada pela presença do governador do Amapá, Clécio Luís.


Na mediação do painel que tratou da política energética nacional e paraense, Alex Carvalho, presidente do Sistema FIEPA, afirmou que a transição energética no Brasil só será efetiva se enfrentar os gargalos estruturais nos sistemas isolados, que ainda são dependentes de geração a diesel. “Existe, claramente, um objetivo comum entre a visão federal e a estadual: atuar fortemente nos sistemas isolados de geração de energia a diesel e criar soluções que viabilizem a transição energética. Nosso papel é transformar essa realidade nas pequenas comunidades”, declarou.


Carvalho chamou a atenção para a necessidade de soluções energéticas e criticou o que considera uma distorção narrativa em torno das usinas hidrelétricas amazônicas. “O Pará é o maior gerador de energia hidrelétrica do país. Mas, por conta de um excesso de narrativas, nossas usinas muitas vezes são retratadas como vilãs, como se fossem uma espécie de intruso desconfortável na Amazônia. Estamos falando de uma energia limpa e barata, como a produzida por Belo Monte, que já está há anos sem conseguir renovar duas subestações”, afirmou.


O chefe do Executivo do Amapá, Clécio Luís, defendeu a união entre os estados amazônicos para enfrentar as pressões internacionais e construir uma agenda que equilibre preservação ambiental e desenvolvimento social. “O que nos une é muito maior do que o que nos separa. Falamos parecidos, temos a mesma cultura, as mesmas expressões. Precisamos andar juntos, porque o desafio da Amazônia é coletivo”, disse o governador amapaense.


Clécio Luís destacou o protagonismo do Amapá na diversificação energética e na transição do setor. "Hoje, 100% da nossa energia é gerada por fonte hidrelétrica, ou seja, é energia limpa. Nós, aqui no Brasil, especialmente na Amazônia, já fizemos essa transição. Estamos falando agora de diversificação energética”, ressaltou o governador.


Carlos Agenor, diretor do Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério das Minas e Energia (MME), apresentou dados que reforçam a posição do Brasil como referência mundial em emissões reduzidas e defendeu o protagonismo do país na próxima Conferência do Clima, a COP30. “O setor de energia responde por apenas 18% das emissões nacionais, número que já inclui o transporte. No mundo, esse setor é o maior emissor. Isso mostra que o perfil de emissões do Brasil é completamente diferente. Nosso desafio é transformar esse diferencial em uma vantagem competitiva”, explicou.


O representante do MME também destacou que o petróleo brasileiro é um dos menos poluentes do mundo. Segundo ele, o pré-sal da Bacia de Santos tem uma pegada de carbono de apenas 11,5 kg de CO₂ por barril, o que é considerado abaixo da média global. “Mesmo nos cenários mais ambiciosos de transição energética, a demanda global por petróleo e gás natural vai continuar existindo. E é aí que entra o papel do Brasil, com um petróleo de baixíssima emissão. Essa é a nossa liderança climática possível”, reforçou.


Carlos Agenor avaliou que, além de políticas de incentivo à bioenergia, o Brasil precisa avançar no uso de tecnologias de sequestro de carbono, especialmente aplicadas à Amazônia. “A bioenergia associada ao sequestro de carbono é o que pode tornar a nossa matriz energética efetivamente negativa em emissões”, pontuou.


Entre os painelistas do evento, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEDEME), Paulo Bengtson, reforçou o apelo por mais pragmatismo nas decisões que envolvem a região. Segundo ele, a Amazônia é historicamente prejudicada por entraves burocráticos e por pressões externas que freiam o avanço de pesquisas e investimentos energéticos. “Enquanto a Guiana avançava na exploração da Margem Equatorial, nós ficamos parados por anos. Nem estou falando de exploração, mas de pesquisa. Isso atrasou o desenvolvimento e prejudicou a população da região, que ainda hoje sofre com a falta do básico”, sinalizou.


O primeiro dia da programação, que segue até esta quinta-feira (26/06), se encerrou com a apresentação de sete painéis, com cinco eixos temáticos, que abordaram desde as perspectivas de crescimento e o atual panorama do setor até o uso de tecnologias e a importância da Amazônia na nova geopolítica dos recursos naturais.


Também estiveram presentes representantes de diferentes empresas do setor energético brasileiro apresentando os seus projetos e casos de sucesso aos participantes do evento. Realizado pela FIEPA, o evento conta com o selo da Jornada COP+, organização da Vita Digital Soluções e apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Centro das Indústrias do Pará, e Associação Comercial do Pará.

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