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Pilar da Jornada COP+, transição energética é destaque no primeiro dia do Amazon Energy

Atualizado: 26 de jun.

Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA
Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA

Os potenciais e desafios da transição energética no país e na Amazônia estiveram em debate no primeiro dia do Amazon Energy 2025 & 2º Evento Pré-COP IBP. A programação realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) discute, até esta quinta-feira, 26, a matriz energética da região. A transição energética é um dos pilares da Jornada COP+, movimento de construção de uma nova agenda social, econômica e ambiental para a Amazônia brasileira liderado pela federação. 


O debate contou com representantes governamentais, pesquisadores, empresários, estudantes e sociedade civil. O diretor do Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Carlos Agenor, destacou o perfil energético do Brasil e da Amazônia e quais políticas estão sendo implementadas para esta transição. De acordo com o Ministério, 83% da energia do Brasil é renovável e as fontes não renováveis são menos poluentes que em outros países. “Nosso petróleo tem baixíssima emissão de gases do efeito estufa. A exploração e produção de petróleo emite pouco e contribui muito no sentido de geração de renda e geração de emprego”. 


O diretor também ressaltou a importância do setor de óleo e gás para a transição energética e como a região amazônica se destaca. “Seja qual for o cenário que nós tivermos de transição energética, vamos precisar de petróleo e gás natural para compor nossas matrizes energéticas mundiais. Os estados da Amazônia tem vocação para a produção do gás natural onshore”, afirmou. 


Representantes do Governo do Pará também estiveram presentes. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Paulo Bengtson, a transição passa pelo comprometimento de todos os setores. “A indústria precisa querer essa transformação e vemos a indústria do Pará comprometida com a transição energética. Também é preciso ampliar a discussão de incentivo fiscal para indústrias que precisam transicionar sua matriz energética. As empresas que têm esse propósito devem receber incentivo da União e dos Estados. O mundo está interessado em nos ajudar nessa bandeira da transição energética, mas é preciso envolvimento e incentivo dos governos e do setor produtivo”, refletiu. 

Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA
Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA

O evento também debateu a expansão da geração, produção, transmissão, transporte, distribuição e papel estratégico da Amazônia na matriz brasileira. O superintendente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Rafael Caetano, destacou que o Brasil e o mundo vão precisar de mais energia, mas que para isso é preciso vencer alguns desafios. “O nosso maior desafio em termos de emissões é de fato o combate ao desmatamento ilegal, que é a maior fonte de emissões de gases do Brasil”. 


De acordo com o superintendente, entre as principais demandas, estão o crescimento do uso de biocombustíveis, a expansão das fontes renováveis e o aumento das medidas de eficiência energética. O aumento da participação de fontes renováveis variáveis na matriz elétrica também ampliou os desafios para o planejamento e para a operação do sistema. Por isso, há estudos da EPE em andamento, como o novo ponto de suprimento da rede básica de energia para a Ilha do Marajó e estudos de viabilidade econômica para interligar sistemas isolados, o que ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros e levaria energia para mais pessoas.

Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA
Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA

Mineração é necessária para transição, reforçam especialistas

A importância da mineração para a transição energética também esteve em discussão. Os estados da Amazônia foram apontados como territórios estratégicos para a geopolítica dos recursos naturais necessária nesse processo. O diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Júlio Cesar Nery, ressaltou como os minerais estratégicos são necessários para vários setores da economia e como os minerais críticos, como o lítio, são fundamentais para a transição para uma economia de baixo carbono. Para o diretor, é importante avançar em legislação, como o projeto de lei 2780/24, em tramitação na câmara, que institui política para fomentar pesquisa, lavra e transformação de minerais críticos e estratégicos de maneira sustentável. “A pesquisa mineral é um investimento, e é o primeiro passo para a viabilização de projetos de transição energética”, afirmou.


Para a diretora do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) e de Relações Externas da Hydro, Paula Marlieri, o momento é de reformulação no setor que cada vez mais pratica uma mineração de baixo carbono. “Eu vejo com muito otimismo esse movimento. O Pará hoje surge como uma potência na quantidade de recursos minerais e, com certeza, vai ser o estado que vai garantir a segurança de suprimento desse mercado, que vai subsidiar essa transição energética. Não se faz transição energética sem mineração”, reforçou. 

Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA
Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA

Para o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais, Adriano Lucheta, o fortalecimento dessa mineração é necessário para a soberania nacional. “Precisamos continuar a exploração e o fornecimento desses minerais, é uma questão geopolítica também. O  setor está se movimentando para ser cada vez mais sustentável e responsável socioambientalmente. Estamos falando da mineração legal e séria”, afirmou. 


O evento também destacou outros combustíveis importantes para a descarbonização, como o Gás Natural Líquido, o Biogás e o Biometano, e quais os desafios para superar problemas de infraestrutura, distribuição, interiorização, precificação e regulação desses combustíveis. 


A programação finalizou com palestra do Governador do Amapá, Clécio Luís. “Aqui (no evento) foram oferecidos dados técnicos, informações importantes, alinhamentos estratégicos sobre a questão energética, sobre a margem equatorial. O mais importante de tudo é que nós vamos conseguir nos posicionar melhor na medida em que nos juntarmos. São dois estados da Amazônia, o estado mais ao Norte, que tem uma fronteira importante com a Guiana Francesa, portanto é uma fronteira com a França e com a Europa, e o Pará que é o estado referência para a Amazônia. Se nós caminharmos juntos e tirarmos estratégias comuns, conseguiremos ter mais sucesso para esses novos desafios que se apresentam”, reforçou o governador. 

Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA
Crédito: Arthur Corrêa / GECOM FIEPA

Realizado pela FIEPA, o Amazon Energy tem organização da Vita Digital Soluções, apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e apoio institucional do Centro das Indústrias do Pará (CIP) e da Associação Comercial do Pará (ACP). O evento tem o selo da Jornada COP+. “Com equilíbrio, com bom senso e com verdades, a Jornada COP+ se firma na agenda de energia, de geração de energia, uma agenda estratégica e decisiva para o futuro do país. É necessário discutir as potencialidades de implantar cada vez mais soluções que integrem o território nacional e traga desenvolvimento econômico”, destacou Alex Carvalho, presidente da FIEPA e da Jornada COP+.


O Amazon Energy continua nesta quinta-feira, 26, na sede da FIEPA. Veja a programação do segundo dia e inscreva-se no link. 


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