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Protagonismo das vozes da Amazônia é destaque no segundo dia do Trilhas da Cobertura Climática


Enquanto eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais frequentes no mundo, cresce também a urgência de uma cobertura jornalística responsável e engajada com as causas ambientais. Essa urgência foi destacada no segundo dia do Trilhas da Cobertura Climática, formação que reuniu comunicadores, especialistas, representantes da sociedade civil e autoridades para debater os desafios e caminhos da comunicação ambiental no Brasil, especialmente no contexto da COP30, que será em novembro, em Belém.


A programação da manhã da quinta-feira, 9, incluiu paineis sobre diferentes formas de comunicação, como oficial, corporativa, popular e de criadores de conteúdo, além de discussões sobre a integração entre cultura e clima, destacando o papel das manifestações culturais na sensibilização da população para a crise climática.


No painel “Roda de conversa sobre comunicação oficial, corporativa, popular e criadores de conteúdo durante a COP”, mediado pelos comunicadores Nara Bandeira e José Kaeté, os participantes trouxeram reflexões sobre caminhos para a comunicação ambiental. Isadora Ferreira, gerente de comunicação do Escritório de Coordenação do Sistema ONU no Brasil, destacou a importância simbólica e estratégica da COP30 ocorrer na Amazônia. “Temos uma oportunidade enorme de mostrar soluções. É essencial aprofundar a cobertura sobre o que devemos entregar para a América Latina e para o povo brasileiro, além de fortalecer os compromissos firmados durante o evento”, pontuou.


Já Hamilton Santos, diretor-executivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), apontou a necessidade das empresas enfrentarem debates difíceis sobre seus impactos ambientais. “Quais estratégias estão sendo adotadas para reduzir esses danos? A sustentabilidade precisa ser tratada como um pilar fundamental da comunicação empresarial”, afirmou.


Representando a Mídia Indígena, o jornalista e ativista Erisvan Guajajara reforçou a necessidade de fortalecer a comunicação popular e territorial. “É importante entender quem realmente precisa da terra e quem realmente cuida dela. Precisamos criar pautas que favoreçam a COP30 e deem protagonismo às vozes locais”, defendeu. Ele também destacou a relevância de escutar as lideranças e abrir espaço para a comunicação feita no e pelo território.


Outro destaque da programação foi o painel sobre a integração entre cultura e clima. Úrsula Vidal, secretária de Cultura do Pará (SECULT), defendeu a construção de uma cidadania cultural e climática. “Temos buscado inserir essa perspectiva em nossas políticas de fomento, reconhecendo o papel da cultura na criação de identidade e na resposta aos desafios da crise climática”, disse.


Karla Giovanna Braga, diretora da Cooperação da Juventude Amazônida (COJOVEM), reforçou o papel estratégico da cultura na formulação de políticas públicas eficazes. “A cultura determina se uma política será eficiente ou não. É através dela que conseguimos envolver a população em novas formas de viver”, afirmou. Karla destacou ainda as ações da COJOVEM no mapeamento dos impactos da crise climática em crianças e jovens da Amazônia Legal.


A artista e comunicadora Juci Bentes, do Coletivo Jovem Tapajônico, relatou os desafios enfrentados pelos jovens amazônidas para acessar informações de qualidade e se engajarem nas pautas climáticas. O painel também foi composto por Ana Carolina Alves, diretora de Relações Institucionais da VALE, que destacou o papel dos centros culturais patrocinados pela empresa na valorização da cultura local e no incentivo ao debate sobre o clima e o desenvolvimento sustentável. A mediação do debate foi feita pela jornalista e criadora de conteúdo, Trisha Guimarães, também que trouxe reflexões sobre o papel das redes sociais na comunicação ambiental.


A manhã terminou com um “Diálogo com Ana Toni”, secretária nacional de Mudanças do Clima e diretora executiva da COP30. Em entrevista exclusiva realizada previamente pelos jornalistas Daniel Nardin (Amazônia Vox), Adson Ferreira (Carta Amazônia) e Isabelle Maciel (Tapajós de Fato), exibida durante o evento, Toni ressaltou o papel do jornalismo no contexto atual de mudança climática e COP no Brasil. “Estamos em um momento de muita informação e muita opinião, devendo filtrar o que realmente passar para que as pessoas possam tomar atitudes”, ressaltou. A secretária também destacou a importância da participação da população regional nos debates sobre o combate às crises climáticas. A entrevista será disponibilizada na íntegra no canal da Amazônia Vox.  Durante o evento, também foi anunciada bolsa de reportagem oferecida pelo Amazônia Vox, com oportunidades de R$ 5 mil. Mais informações no site da Amazônia Vox.


Oficinas

A programação continua a partir das 14h com oficinas  sobre temas voltados à prática da comunicação ambiental. Os inscritos poderão escolher na hora qual oficina desejam fazer. Confira as oficinas disponíveis:


1.Jornalismo de Soluções na pauta climática e planejamento de cobertura da COP

Facilitadores: Daniel Nardin (Solutions Journalism Network e Amazônia Vox), Ana Carolina Amaral (UOL/Climate Home) e Marcela Martins (Climate Tracker)

Resumo: A oficina será dividida em duas partes. Na primeira, uma apresentação sobre os quatro pilares do Jornalismo de Soluções e pautas possíveis com essa abordagem, com guias de cobertura. Na sequência, serão apresentados planos de cobertura de COP e exercícios para encontrar lides ao longo de duas semanas de negociação.

Perfil dos facilitadores: Daniel Nardin é jornalista e mestre em comunicação. Lidera o Amazônia Vox, é bolsista do International Center for Journalists (ICFJ), membro da Oxford Climate Journalism Network e instrutor da Solutions Journalism Network. 

Ana Carolina Amaral é jornalista formada pela Unesp e mestra em Ciências pelo Schumacher College/Plymouth University. Cobre as COPs do Clima da ONU desde 2015, entre outras conferências da diplomacia ambiental. Foi repórter da Folha de S. Paulo, onde assinou o blog Ambiência nos últimos seis anos. Hoje escreve para o UOL e o Climate Home.

Marcela Martins é jornalista especializada na cobertura de clima e meio ambiente. É mentora e editora no Brasil para a Climate Tracker Latam. Possui dez anos de experiência como repórter e apresentadora de televisão e já publicou em diversos meios de comunicação, no Brasil e no exterior. É pós-graduada em Comunicação da Ciência pela Universidade Federal de Minas Gerais.


2. Geojornalismo: como investigar o desmatamento na prática

Facilitadoras: Larissa Amorim (Imazon) e Fernanda da Costa (Imazon)

Resumo: A oficina vai ensinar a investigar o desmatamento na prática, com auxílio de banco de dados públicos governamentais e da sociedade civil, utilizando a plataforma MapBiomas Alerta e a ferramenta de geoprocessamento QGIS, além de outras plataformas de dados como Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP), do Cadastro Ambiental Rural (CAR), do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) e das áreas protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas).

Pré-requisitos: Levar notebook. Os participantes precisarão instalar o QGIS e as bases de dados. Mais informações no link.

Perfil das facilitadoras: Larissa Amorim é pesquisadora do Programa de Monitoramento da Amazônia do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) desde 2020, onde coordena o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Engenheira florestal e mestre em Ciências Florestais (UFRA), Larissa também atua no desenvolvimento de novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para o monitoramento da Amazônia e participa do programa MapBiomas Alerta, onde auxilia na auditoria dos dados de desmatamento na Amazônia para a geração de laudos técnicos públicos.

Fernanda da Costa é coordenadora de comunicação do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) desde 2021, onde faz a gestão das áreas de divulgação científica, assessoria de imprensa e relações públicas. Formada em Jornalismo e Letras (UPF) e especialista em Direitos Humanos (PUC-RS), atuou também como coordenadora de comunicação da Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos e como repórter e editora do jornal Zero Hora. Vencedora do Prêmio Nacional de Direitos Humanos de Jornalismo 2015, dos Prêmios de Jornalismo do Ministério Público do Rio Grande do Sul 2014 e 2015 e do Prêmio de Jornalismo da Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande do Sul 2020.


3. Redes sociais e engajamento na pauta da emergência climática

Facilitadores: Tay Silva (@Pretay) e Paulo Galvão (@_paulogalvao) 

Resumo: A oficina vai abordar como usar a comunicação como  ferramenta na luta por justiça climática, partindo da realidade dos territórios tradicionais e periféricos da Amazônia. A proposta é construir narrativas que mobilizem ações, fortaleçam vozes periféricas e enfrentem a crise climática com um olhar comprometido com direitos e ancestralidade, tornando a pauta climática mais acessível e engajadora, conectando diferentes públicos à urgência da defesa dos territórios e da vida.

Perfil dos facilitadores:  Tay Silva é educomunicadora, produtora cultural e ativista climática da Amazônia. Nascida e criada em Icoaraci, Belém do Pará, compartilha conteúdos em multiplataformas desde 2020 sobre temas ligados à política, luta antirracista, povos da floresta e justiça climática. Enxerga a comunicação e a cultura como ferramentas de transformação social e como um compromisso político, coletivo e ancestral em defesa dos territórios e comunidades amazônicas.

Paulo Galvão é natural da região do Baixo Tapajós em Santarém, no Pará, é ativista indígena, climático e socioambiental e estudante de Relações Internacionais - Unesp Franca. Trabalha com juventudes, meio ambiente, clima, povos e comunidades tradicionais, pautando a justiça climática, social e racial. Coordenador do Projeto sociocultural Vozes da Amazônia e Trabalha na área de Criança e Natureza no Instituto Alana.


4. Guia de ComunicAÇÃO Climática: desenterrando narrativas e traduzindo o clima

Facilitadora: Carolina Coelho (PoMuC/GIZ)

Resumo: A oficina vai explorar o Guia de Comunicação Climática por meio de uma leitura ativa e crítica, identificando os pontos fortes, lacunas e oportunidades de adaptação às realidades locais. Em seguida, será colocado em prática o desafio de traduzir o glossário climático em peças de comunicação acessíveis e direcionadas a públicos específicos, utilizando o Guia como principal ferramenta de apoio.

Perfil da facilitadora: Carolina Coelho é jornalista e assessora de comunicação do Programa Políticas sobre Mudança do Clima (PoMuC) da Cooperação Brasil - Alemanha. Atua em parceria com a Secretaria Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, colaborando na criação de produtos estratégicos de comunicação para a agenda climática, como o Guia de Bolso de Comunicação Climática e o Plano Clima, traduzindo termos e conceitos técnicos em narrativas adaptadas a diferentes públicos-alvo.


Realização

Realizada pelo Instituto Bem da Amazônia, a etapa presencial do Trilhas da Cobertura Climática tem o patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) a partir da Jornada COP+, da Fundação Itaú, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), da Amazon Investor Coalition (AIC). O evento conta ainda com o patrocínio do Programa de Políticas sobre Mudança do Clima do Brasil (PoMuC), uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério Federal de Economia e Ação Climática da Alemanha (BMWK), no âmbito da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI), e implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

A programação também tem apoio institucional da Temple Comunicação, da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) e Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Quem não puder participar presencialmente, poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelos canais do Instituto Bem da Amazônia e Canal da Indústria do Pará.




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