Workshop debate questões estratégicas para o setor florestal da Amazônia
- Maria Luiza Martins
- há 6 dias
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Práticas ESG e comércio de carbono, fiscalização ambiental, manejo sustentável e os impactos de restrições internacionais à exploração de espécies foram debatidas nesta sexta-feira (06), durante o “Workshop COP 30 e o futuro do setor Florestal na Amazônia”. O evento foi promovido pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA).
Com entrada gratuita, o workshop encerrou a programação da Semana do Meio Ambiente, realizada pela Federação por meio da Jornada COP+, e reuniu especialistas, empresários, lideranças sindicais e representantes de instituições públicas e privadas, com o objetivo de fortalecer o diálogo em torno do desenvolvimento do setor e preparação para as oportunidades e exigências da COP30.
"Encerramos a Semana do Meio Ambiente com um evento que trata o setor florestal com o respeito que ele merece. Esta casa defende com firmeza o manejo florestal sustentável, legal e cumpridor das normas, porque entende que é possível, sim, conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental. Temos consciência ambiental e de futuro. Por isso, defendemos um setor florestal forte, que agregue valor dentro do nosso território, que gere emprego, renda e dignidade, sem abrir mão da floresta em pé. Somos contra as ilegalidades, mas também não aceitaremos que, sob o pretexto da preservação, se impeça o avanço de quem trabalha corretamente e acredita no Pará", afirmou o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, na abertura do evento.
Segundo Deryck Martins, presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (COEMAS) e diretor executivo da AIMEX, o setor florestal já foi um dos mais relevantes da economia paraense, com mais de mil empresas e exportações acima de 800 milhões de dólares por ano. “Podemos garantir que não há, no Pará, nenhum produto tão controlado quanto a madeira, e isso não apenas pelas plataformas e sistemas criados pelo poder público, mas, principalmente, pela atitude responsável das empresas em se qualificar e investir em seus negócios. Então, seja o setor privado, o setor público, o Ibama, a Semas, o ICMBio, a nossa bandeira em comum é o manejo florestal sustentável e precisamos estar unidos para defendermos o desenvolvimento do Pará e a conservação da Amazônia".
O evento também contou com a participação do superintendente do Ibama no Pará, Alex Lacerda, que falou sobre a fiscalização do setor madeireiro no Estado e reforçou a importância do diálogo entre os diversos setores para a manutenção da atividade florestal. “Essa interação é muito importante para que possamos entender as demandas, acompanhar e atender, dentro da nossa possibilidade, competência e governança, e tentar regular melhor esse mercado que é importantíssimo, mas que é um mercado regulado pela área ambiental o que exige que a gente faça esse controle, principalmente na questão da exportação”, explicou Lacerda.
Para o presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, é preciso compreender os fatores que ameaçam a continuidade do setor legal. “Precisamos entender o que está fazendo o nosso setor desaparecer, já que estamos falando de um setor legal, de um manejo que é muito bem-feito, de uma madeira que é aceita no mundo inteiro pela comprovada legalidade. E esse é um momento de discussão para entender o que está acontecendo, ouvir o setor e buscar soluções”, concluiu o presidente da AIMEX, Leandro Rymsza.