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COP histórica fortalece transição para indústria de baixo carbono na Amazônia

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, terminou há uma semana em Belém com uma série de avanços que seguirão orientando debates e negociações pelos próximos meses


Foto: GECOM / FIEPA
Foto: GECOM / FIEPA

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, terminou há uma semana em Belém com uma série de avanços que seguirão orientando debates e negociações pelos próximos meses. Entre os resultados, está a aprovação do Pacote de Belém, composto por 29 documentos que tratam de temas como transição justa, financiamento da adaptação climática, comércio, gênero e tecnologia. Outros marcos foram a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, além do início das discussões sobre um Mapa do Caminho para o fim dos combustíveis fósseis. A conferência também reafirmou o papel estratégico do setor produtivo na construção de um futuro sustentável e resiliente, deixando caminhos e novos desafios para o setor.


Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, o pós COP é de adaptação, transição e avanço.


“No momento em que o setor produtivo se coloca como aliado, isso se torna um compromisso social, pois a ganância cede lugar para projeto e planejamento”. Segundo o presidente, a indústria paraense já havia entendido seu papel, incorporando sustentabilidade às suas práticas e ações e protagonizando a transição justa, com a criação do movimento multissetorial Jornada COP+, liderado pela FIEPA.


“A jornada sela um esforço nosso, com responsabilidade e engajamento, para entregar de volta à sociedade – seja à comunidade industrial, seja à sociedade civil – estes compromissos para que, de fato, a gente possa gerar mais capacidades em financiamento climático, disseminar uma economia de baixo carbono e evidencia, por meio de dados, os verdadeiros potenciais de uma sociobioeconomia”, destacou.


Foto: GECOM / FIEPA
Foto: GECOM / FIEPA

Pacote de Belém acelera a ação climática


A aprovação unânime dos 29 documentos pelos 195 países presentes na capital paraense é vista como um marco no compromisso global de enfrentamento às mudanças climáticas. O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEPA, Deryck Martins, avalia o Pacote de Belém como um marco significativo no compromisso global contra as mudanças climáticas, que traz desafios e oportunidades para o setor produtivo. “Para a indústria, ele sinaliza a necessidade de transição para práticas mais sustentáveis, com foco em tecnologias de descarbonização, redução de emissões e cadeias produtivas rastreáveis”, afirmou.


Os países incluíram no Pacote de Belém o compromisso de triplicar o financiamento da adaptação às mudanças climáticas até 2035 e a ênfase na necessidade de os países desenvolvidos aumentarem o financiamento para nações em desenvolvimento. Para Martins, estes avanços são necessários para que o Brasil possa se posicionar como líder na economia de baixo carbono. “As metas climáticas precisam vir acompanhadas de incentivos econômicos e regulatórios que garantam competitividade ao setor produtivo”, destacou. O especialista também destaca a triplicação de financiamento para a adaptação às mudanças climáticas. “A gente está falando de 120 bilhões de dólares por ano e espera-se que chegue a um trilhão”, pontuou.


Fundo global abre caminhos para a conservação


Outro grande resultado da COP30 é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, do inglês Tropical Forest Forever Facility), que cria uma forma inédita de pagamento para que países mantenham as florestas tropicais em pé. Segundo o governo brasileiro, investidores serão remunerados em taxas compatíveis com o mercado, enquanto contribuem para conservação florestal e redução de emissões. Ao menos 63 países já endossaram a ideia. O fundo já mobilizou, segundo a presidência da COP30, US$6,7 bilhões.


Para Deryck Martins, o Fundo deve estimular iniciativas de conservação e rastreabilidade no setor produtivo. “Quem manteve suas florestas pode ser recompensado por isso, e a gente pretende discutir como isso se relaciona com a atividade industrial, com as concessões florestais e com o manejo florestal, por exemplo”, pontuou.


Metas climáticas e métricas globais ganham mais força


A COP terminou com a apresentação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) de 122 países. As NDC são as metas e os compromissos assumidos pelas partes para a redução de emissões de gases do efeito estufa e devem ser atualizadas a cada cinco anos. Além disso, a conferência também recebeu 59 indicadores voluntários para monitorar o progresso sob a Meta Global de Adaptação. Os indicadores envolvem setores como água, alimentação, saúde, ecossistemas, infraestrutura e meios de subsistência; e integram questões transversais como finanças, tecnologia e capacitação. Para Deryck Martins, essas métricas globais representam um grande avanço. “A gente precisa ter metas para poder avaliar avanços e retrocessos de como os países podem se adaptar às mudanças climáticas e em que nível eles estão dentro desse grande esforço”, explica.


Foto: Comunicação FIEPA / CNI
Foto: Comunicação FIEPA / CNI

Mapa do caminho propõe transição energética realista


A COP30 também iniciou a discussão sobre o Mapa do Caminho para o fim dos combustíveis fósseis, uma das prioridades do governo brasileiro, mas que não entrou na lista de consensos. Para Alex Carvalho, a iniciativa é estratégica. “Um movimento muito inteligente da liderança brasileira, porque quebra o discurso vazio de que com um passe de mágica o mundo pode abrir mão dos combustíveis fósseis, o que coloca o Brasil em fragilidade diante de uma oportunidade que tem de ser uma liderança de uma transição justa. Já que não é possível lidar com os combustíveis fósseis, então vamos fazer uma transição da melhor maneira possível”, afirmou.


Parcerias e bioeconomia guiam os passos pós COP


Deryck Martins aponta que os próximos passos envolvem investir em inovação, ampliar parcerias estratégicas e aprofundar o diálogo com governos. “Também é essencial valorizar o papel da Amazônia no desenvolvimento sustentável, explorando o potencial da bioeconomia e das soluções baseadas na natureza para atrair investimentos globais e impulsionar o desenvolvimento sustentável industrial”.


Já Alex Carvalho destaca que, para o Brasil sair fortalecido no pós-COP, será necessário criar condições seguras e equilibradas para o setor produtivo. “O setor público tem muito dever de casa para fazer. Agora, se nós não tivermos um ambiente de negócios equilibrado e harmônico, o Brasil vai perder força. Porque quem paga a conta e faz as coisas acontecerem é o setor produtivo. É o setor privado que implementa a agenda de sustentabilidade e investe em descarbonização”, concluiu.


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