No Hackathon da Jornada COP+, soluções sustentáveis ganham forma com mentoria especializada
- Mayra Leal
- há 2 dias
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Dinâmicas, mentores ilustres e ideias inovadoras marcaram o segundo dia do Hackathon da Jornada COP+, realizado na sede do SENAI Getúlio Vargas. O evento que iniciou na segunda-feira, 12, e vai até a próxima quinta-feira, 15, reúne profissionais e estudantes em torno de soluções sustentáveis para a construção.
A programação desta terça-feira, 13, contou com mentoria de José Finocchio Junior, renomado autor, consultor e professor, que desenvolveu a metodologia de gestão de projetos, Project Model Canvas. Os participantes aprenderam a aplicar o método, além de ferramentas de inteligência artificial e ambientes virtuais, aos projetos de sustentabilidade na construção que estão desenvolvendo. “Nós estamos usando uma metodologia, que é o PM Canvas, que é para pôr no ar essa ideia, tirar ela do papel e pôr na prateleira de produto. E nós estamos usando uma cadeia de pensamento que leva ao planejamento detalhado desse projeto, usando a inteligência artificial para nos ajudar”, explicou Finocchio.

Para o professor, os projetos valorizam a biodiversidade, sustentabilidade e, ao mesmo tempo, geram poder econômico sustentável. As sete equipes formadas são multidisciplinares e apresentaram, até agora, projetos inovadores que, na opinião do especialista, têm conexão. “A minha ideia realmente é que esse hackathon as pessoas vejam que elas podem criar um portfólio, na verdade. Os projetos delas não são concorrentes, mas eles conversam entre si e deixam um mais forte ao outro”, destacou Finocchio.
Familiarizada com as dinâmicas, Ana Luiza Tavares, estudante de Biotecnologia, já participou de outros dois eventos do tipo e, inclusive, foi vencedora em um deles. A universitária destacou a importância da troca com os mentores. “Eu gosto muito das coisas que eu aprendo, porque como os temas são completamente diferentes, eu tenho que estudar bastante sobre aquilo. Esses momentos pra mim são muito importantes, porque é quando eu estou agregando e isso me dá muitos insights até para meus projetos pessoais”, contou a estudante.

Para o arquiteto Walber Ferreira, que está desenvolvendo ao lado de colegas da arquitetura e da engenharia civil, um concreto leve, de baixo carbono, a partir do resíduo do açaí, a mentoria do professor Finocchio e dos outros profissionais do hackathon permitiu que o projeto avançasse. “Nós conseguimos fazer com que a ideia saísse de algo inicial. Nós tínhamos a justificativa, tínhamos objetivos, mas nós não tínhamos, por exemplo, os fatores de risco. Nós não tínhamos ainda qual público nós queríamos alcançar. E o exercício do professor fez com que essa ideia avançasse e chegasse agora no nível de desenvolvimento do produto”, contou o arquiteto.

Os participantes continuarão trabalhando na criação dos projetos até o dia 15 de maio, quando as soluções passarão por avaliação de banca especializada e as três mais promissoras serão premiadas com os valores de R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil. Nesta quarta-feira, 14, eles participarão de workshop de pitch, apresentação curta e direta voltada para vendas, entre outras dinâmicas que irão auxiliar no desenvolvimento das soluções.
Realização
O 1° Hackathon da Jornada COP+ tem realização da FIEPA, CNI e Instituto Amazônia+21. A programação tem patrocínio master da Vale e premium da Guamá Tratamento de Resíduos. O evento é apoiado pela Ação Pró-Amazônia, Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), SENAI, SESI, Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon - PA) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA).