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Novas tecnologias favorecem a mineração sustentável

Há 10 anos, o ISI desenvolve tecnologias minerais em Belém.
Há 10 anos, o ISI desenvolve tecnologias minerais em Belém.

Alternativas sustentáveis e tecnológicas são cada vez mais vistas como o futuro da mineração. O setor, responsável por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), enfrenta o desafio de equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Foi para ajudar nessa equação que, em 2015, o SENAI criou o Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM), sediado em Belém.


Desde então, a instituição tem conduzido projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) voltados para o aumento da competitividade da mineração no país e à oferta de serviços tecnológicos especializados. Ao longo de quase uma década, já foram 41 projetos desenvolvidos em parceria com mais de 30 empresas, de grandes mineradoras a startups, com foco sempre na sustentabilidade e inovação na mineração.


Adriano Lucheta, diretor do ISI-TM, explica que o Instituto atua com quatro grandes linhas de pesquisa voltadas para: desenvolvimento de tecnologias limpas e biotecnologia mineral; economia circular; transformação digital e saúde e segurança na mineração. “Ao longo de quase 10 anos de atuação, o ISI-TM já possui diversos casos de sucesso em projetos voltados para a valorização de rejeitos e resíduos da mineração em novos produtos, bem como, projetos utilizando inteligência artificial, visão computacional e realidade virtual para o aumento da segurança nas operações das mineradoras”, afirma. 



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"Sabemos da importância do setor mineral para a economia, segurança alimentar e soberania brasileira. Por essa razão, o Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais atua há quase 10 anos com a missão de apoiar a transformação da mineração para uma economia de baixo carbono, sustentável, ambientalmente e socialmente segura.”

- Adriano Lucheta, diretor do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM)  



Tecnologia e inovação


José Bittencourt, pesquisador do ITV
José Bittencourt, pesquisador do ITV

Essa atuação estratégica tem se fortalecido por meio de parcerias. O Instituto Tecnológico Vale - Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), que atua há 15 anos na região fomentando pesquisa e conhecimento, acompanha o ISI-TM desde a sua fundação. Atualmente, os dois desenvolvem projetos conjuntos voltados à sustentabilidade no setor.


“O Instituto SENAI é nosso principal parceiro”, afirma José Bittencourt, pesquisador do ITV-DS que acompanha os dois projetos de perto. Segundo ele, o ISI-TM é fundamental porque fornece uma equipe multidisciplinar e tecnologias de ponta para o desenvolvimento de soluções.


Entre os projetos em andamento na parceria, um dos destaques é o uso do pó de basalto, considerado um estéril da mineração, como remineralizador de solos, funcionando ainda como um dreno de CO₂ atmosférico. A iniciativa busca aproveitar o potencial desse tipo de rocha para restabelecer a fertilidade do solo em áreas agrícolas ou antropizadas, estimular o crescimento vegetal e, ao mesmo tempo, capturar o carbono atmosférico. Segundo Bittencourt, o projeto vai além da simples aplicação do pó de basalto. "Nosso projeto está utilizando bactérias do local, trabalhando essas bactérias para colocar junto do basalto como mecanismo biotecnológico para aceleração da reatividade da rocha. Então, vai como uma receita pronta e um bolinho pronto. O produtor joga isso no ambiente e acaba fixando carbono".


Além de auxiliar no reflorestamento e na recuperação de áreas degradadas, a metodologia pode ser aplicada também na agricultura, oferecendo uma alternativa mais sustentável e menos poluente em comparação aos fertilizantes convencionais. O diferencial está na combinação do pó de basalto com bactérias nativas solubilizadores de fósforo e potássio, formando uma espécie de “receita biotecnológica” que acelera a liberação de nutrientes e a captura de carbono. Com resultados positivos em experimentos de campo e escalabilidade em desenvolvimento, o potencial de replicação desse modelo é global, podendo ser adaptado a diferentes regiões e ecossistemas, sendo uma ferramenta em grande escala para a descarbonização do planeta.


Outro projeto conduzido pelo ISI-TM em parceria com o ITV-DS envolve a biocimentação da Canga Ferruginosa dos Carajás por meio da aplicação de microrganismos redutores de ferro. Para Adriano Lucheta, o mais interessante do projeto é a capacidade de acelerar um processo natural que, sem intervenção, levaria séculos ou até milênios para ocorrer. Ele explica que, ao aplicar os microrganismos cultivados no ISI-TM nas áreas de Canga, é possível acelerar o processo de biocimentação e recuperar áreas já mineradas, permitindo a reintrodução de espécies de plantas nativas, contribuindo para a conservação da biodiversidade local.



Sustentabilidade em pauta 


Os projetos de restauração da Canga Ferruginosa dos Carajás e de aplicação do pó de basalto são apenas dois exemplos dentro do amplo portfólio do ISI-Tecnologias Minerais na busca pela sustentabilidade. Adicionalmente, o Instituto também tem se destacado na articulação de ações estratégicas para a COP30, em Belém. Como parte da Jornada COP+, o ISI-TM lidera atividades voltadas à transformação digital e inovação, com foco em soluções aplicáveis à realidade da Amazônia.


Entre as ações desenvolvidas estão a realização de maratonas de inovação (hackathons) envolvendo profissionais e estudantes universitários. Em duas edições, os hackathon promovidos pela Jornada COP+, abordaram os temas “Construções Sustentáveis na Amazônia” e “Mineração Sustentável para uma Economia de Baixo Carbono”. A proposta da segunda maratona, segundo Adriano, foi promover ideias voltadas à conversão da matriz energética, melhorias logísticas e práticas mais sustentáveis no setor mineral, com foco nas metas globais de redução de emissões. “A mineração é extremamente fundamental para a transição energética global e as mineradoras também possuem suas próprias metas de descarbonização. A ideia do hackathon é que os participantes desenvolvam projetos para a redução das emissões na cadeia da mineração, e que futuramente esses projetos possam ser implementados pelas mineradoras, contribuindo com a descarbonização do setor”, conta Lucheta.



Projetos em Destaque


  • Pó de basalto: remineralizador de solos que combina minerais e bactérias nativas, recupera áreas degradadas e ajuda na captura de carbono.

  • Canga dos Carajás: aplicação de microrganismos para acelerar a recuperação da Canga ferruginosa e reintrodução de espécies nativas, conservando biodiversidade local.



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