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União pela transição justa é destaque na Semana do Clima da Amazônia


Foto: Arthur Corrêa/ GECOM FIEPA
Foto: Arthur Corrêa/ GECOM FIEPA

A convergência entre os setores público, privado e sociedade civil em prol da transição justa e sustentável foi o que norteou as discussões do primeiro dia da Semana do Clima da Amazônia, na Estação das Docas, em Belém. O evento reúne lideranças de diversos setores e debate soluções estruturantes para os desafios ambientais, sociais e econômicos da região, a partir da articulação em favor do desenvolvimento sustentável. A proposta é que a programação seja anual, e entre para o calendário dos eventos climáticos globais.


O evento iniciou com mensagem da CEO da COP 30, Ana Toni. Ela afirmou que a realização da Semana do Clima na Amazônia antecipa os principais debates que o Brasil pretende levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, em novembro, em Belém. Para ela, o evento reforça o papel de destaque da região nos desafios e nas soluções climáticas globais.


Toni também destacou que a presidência brasileira da COP tem trabalhado para aproximar os debates sobre o clima da população. "Todo mundo sabe que nessa COP temos colocado muita ênfase na implementação, na aceleração das ações climáticas e também em traduzir o que são essas grandes conferências para a população e como é que as decisões que acontecem em uma COP influenciam o dia a dia das pessoas. O importante é que o tema do clima seja debatido todos os dias e de uma forma que olhe para o território, para os temas que são importantes para aquele lugar”, afirmou.


Segundo Ana Toni, a COP30 é uma oportunidade única de pautar, a partir da Amazônia, os temas prioritários para o Brasil e para o mundo. A CEO destacou o financiamento climático e a bioeconomia como discussões necessárias para a agenda climática. “O conceito de bioeconomia ainda é novo em muitos lugares do mundo, mas aqui ele já está em prática. Precisamos mostrar essa realidade, os produtos que já existem, e como escalar essa bioeconomia para gerar prosperidade para quem está na base. Queremos ver como manchete a Amazônia como solução para a mudança do clima”, concluiu.


O Governador do Pará, Helder Barbalho, participou da abertura do evento. Barbalho enfatizou a importância do estado e da Amazônia se consolidarem como agentes estratégicos para a pauta climática e o equilíbrio do planeta. “Temos certeza de que poder realizar a primeira Semana do Clima na Amazônia, no Brasil, posicionará a nossa capital para que possamos aqui valorizar os nossos ativos ambientais, os nossos ativos florestais, a nossa academia e a ciência e também impulsionar novas economias baseadas na natureza”, afirmou.


O setor produtivo foi representado por Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, a FIEPA, e da Jornada COP+, movimento de construção de uma nova agenda ambiental, social e econômica para a Amazônia Brasileira. "A indústria é um grande elo de solução, um grande elo de reafirmação de compromissos muito importantes neste momento pré-COP, que coloca todos nós paraenses e brasileiros na vitrine daquilo que temos para mostrar em relação a boas práticas”, destacou Alex.


O presidente também participou de painel sobre impactos e oportunidades da exploração de petróleo na Margem Equatorial, onde reforçou a importância do projeto para o desenvolvimento da região e a necessidade de que ele seja transparente e bem fundamentado tecnicamente. “É talvez uma das maiores oportunidades de nos libertarmos do subdesenvolvimento regional e o momento de se repensar a atual realidade brasileira nas desigualdades regionais”, destacou.


O debate foi mediado pelo diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e enviado especial da sociedade civil para a COP30, André Guimarães. Para o diretor, a humanidade está diante do maior dilema da história: a necessidade de estabilizar o clima do planeta, por isso o compromisso precisa ser coletivo. “A gente vem num processo de aquecimento do planeta há mais de 150 anos, num crescente acúmulo de carbono na atmosfera e consequente aquecimento do planeta. Isso gera uma série de inseguranças, desde eventos climáticos extremos, como tivemos no Rio Grande do Sul no ano passado, até mesmo eventos que prejudicam a produção de alimentos e atrapalham o nosso dia a dia. O que estamos fazendo aqui nessa semana em Belém é colocar academia, cientistas, setor privado, governo, sociedade civil em geral, para tentar achar soluções. O clima mudando prejudica todo mundo. A solução, portanto, pressupõe que todos nós estejamos sentados em volta da mesma mesa”, afirmou.


A Semana do Clima é patrocinada por grandes empresas que atuam no Pará e que reafirmaram o compromisso com soluções concretas para o futuro da Amazônia. "Ninguém faz nada sozinho. Ou faz, mas faz pouco. O resultado não é igual quando todo mundo se une. Isso tudo vai trazer muito benefício para o Pará, para a comunidade, para os quilombolas, para os indígenas, para os ribeirinhos, para todos que estão envolvidos”, destacou o CEO da Hydro no Brasil, Anderson Baranov. A Hydro é co- realizadora e patrocinadora master do evento.


A Diretora de Soluções baseadas na natureza da Vale, Patrícia Daros, enfatizou que a Semana do Clima é uma oportunidade de troca de informações e diálogo. "O setor privado sabe das suas responsabilidades, dos seus compromissos, muitas empresas já vêm fazendo esse trabalho. E essa discussão se faz urgente. Não temos mais tempo e temos que fazer uma grande força, uma grande frente para mostrar que as soluções já existem e que o Brasil é o grande celeiro dessas soluções, principalmente as baseadas na natureza. A gente precisa apresentar isso para o mundo”, afirmou.


A programação também conta com organizações da sociedade civil, como a Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável, o Instituto COJOVEM. Para Karla Giovanna Braga, diretora de projetos do Instituto, o momento é de coalizão pela Amazônia. “Quando a gente pensa em transição justa, a Amazônia é o trunfo brasileiro e é o nosso diferencial na perspectiva internacional. É muito importante que a gente valorize isso, que a gente valorize a nossa floresta, a nossa cultura e que a gente entenda a Amazônia como uma saída pragmática e essencial para a crise climática”, ressaltou.


Essa união de esforços pela Amazônia está no escopo do trabalho do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, que também tem destaque na Semana do Clima. O secretário executivo do Consórcio, Marcello Brito, enfatizou a necessidade de unir esforços de todos os estados que compõem o território. "A gente precisa entender que qualquer processo de evolução, seja ele econômico, social ou ambiental, ele não se dá sozinho numa região, porque tudo está interconectado, principalmente no mundo de hoje. Toda a dinâmica da nossa discussão, da nossa conversa, ela é integrativa e só evolui se for construída em coalizões”, afirmou.


A Semana do Clima continua até sexta-feira, 18, com diversas programações em vários pontos da cidade. Mais informações e inscrições pelo site: https://semanadoclimaamazonia.com.br/

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