Notícias

Com o objetivo de discutir o mercado de combustíveis mais limpos, a FIEPA realizou, nesta quinta-feira (22/06), por meio do seu Conselho Temático de Infraestrutura (COINFRA), um seminário técnico com empresários e especialistas que atuam na área. A partir dos exemplos das empresas GenMar LATAM, AMAZONICA Energy e JFA da Rocha, foram apresentados projetos e tecnologias que viabilizam o uso de gás em motores diesel já operacionais, quer seja com gás natural, biogás ou hidrogênio.  

John Montoya, Gerente Comercial da GenMar LATAM, indústria referência em soluções em combustíveis industriais, apresentou a tecnologia GTI Bi-Fuel ALTRONIC. Incorporada aos motores diesel estacionários, a ferramenta permite a operação simultânea com diesel e gás natural, sem modificações no motor e com substituição de até 70% do diesel para gás natural. “A indústria vai precisar dessa tecnologia para fazer a transição enérgica que é inevitável, para trabalhar com energia muito mais limpa e que está se desenvolvendo muito forte no Brasil. Hoje já temos fornecedores dessa tecnologia no Pará e isso vai potencializar essa renovação na região amazônica”, diz Montoya. 

A fornecedora da tecnologia no Pará é a indústria AMAZONICA Energy. Entre os projetos da empresa, está a implantação de um sistema de movimentação de gás natural liquefeito na região Amazônica, utilizando redes hidroviárias do Pará, Amazonas e Rondônia. “A nossa proposta é de mudança da matriz energética, da descarbonização da Amazônia. A ideia é a entrega de gás em pequenas escalas, ou seja, uma distribuição no varejo, para atingir as malhas da capital e do interior. É um legado que queremos deixar para a sociedade”, explica José Rocha, Diretor de Engenheiro da AMAZONICA Energy. “É um projeto estudado durante cinco anos, com muita profundidade, para apresentar um projeto realmente sustentável para geração de energia e estabilidade da indústria na região amazônica”, complementa Alexandre Araújo, Diretor de Logística e Meio Ambiente da AMAZONICA Energy. 

Para José Maria Mendonça, vice-presidente da FIEPA e presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), discutir a questão da matriz energética é fundamental para o desenvolvimento da Amazônia. “A FIEPA sempre saiu na frente nas principais discussões do setor industrial e a energia é um dos fatores preponderantes para o desenvolvimento. Entendemos que essa matriz deve ser discutida com conhecimento, responsabilidade e muito planejamento para, assim, podermos acompanhar e executar as transformações do setor. Nosso SENAI está pronto para ajudar nesta difícil, mas necessária transição,”, finaliza Mendonça.