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A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e o Centro das Indústrias do Pará (CIP) realizaram nesta terça-feira (18), na sede da FIEPA, palestra com Paulo Roberto Ribeiro Pinto, Diretor-Presidente da Norte Energia, empresa privada concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte. O evento teve participação de representantes do setor produtivo, órgãos de governo e entidades ligadas ao setor de energia. A FIEPA foi representada na mesa coordenadora dos trabalhos pelos vice-presidentes executivos José Maria Mendonça, que também é presidente do CIP, e Nilson Azevedo.

A UHE Belo Monte está em operação plena desde 2019 e fechou o ano de 2022 com a maior produção de energia de sua história, e a maior entre as demais usinas 100% brasileiras. De acordo com a Norte Energia, foram produzidos 37.138.721 MWh, o que representa 17% a mais em relação ao ano anterior. “Isso demonstra o papel da hidrelétrica Belo Monte, que é importante para a região e para o país”, destacou o Diretor-Presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro Pinto.

Na sua apresentação, ele mostrou o legado e benefícios da empresa na região, onde já foram realizados mais de R$ 6,3 bilhões em investimentos socioambientais; implantação de saneamento para atender mais de 90% da população de Altamira, com 19 mil Imóveis conectados à rede municipal de saneamento. Nas ações da UHE Belo Monte, cerca de 4 mil famílias foram reassentadas de palafitas para casas em bairros planejados, com saneamento e infraestrutura completa; 62 Unidades Básicas de Saúde foram construídas, sendo 31 de Saúde Indígena; houve redução em mais de 90% dos casos de malária na região; e foram construídas 492 salas de aula, sendo 56 de educação escolar indígena.

A usina solicitou a renovação da licença de operação dentro do prazo estabelecido e agora aguarda uma decisão do Ibama, órgão responsável pela concessão da licença. No evento realizado pela FIEPA e pelo CIP, o diretor presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, esclareceu que não há condicionante não cumprida e que a empresa atende as 36 condicionantes socioambientais do licenciamento, que representam 71 obrigações específicas. Destas obrigações, 18 foram plenamente atendidas e validadas pelo Ibama, 12 foram atendidas e aguardam validação do órgão e 41 estão em atendimento, sendo 15 delas referentes a monitoramentos continuados.

Novos negócios – A segunda parte da apresentação realizada pela empresa, proferida por Franklin Miguel, Diretor de Regulação e Comercialização da Norte Energia, mostrou a importância do Pará no setor elétrico e o potencial que o Estado possui para produzir energia limpa. A matriz elétrica limpa e renovável no Estado corresponde a 98% de sua produção, sendo 97% das usinas hidrelétricas Belo Monte e Tucuruí.

O Pará, segundo pontuou Franklin, tem vocação para energia limpa nas áreas de fotovoltaica solo, fotovoltaica flutuante, geração de biomassa e geração de hidrelétrica. Além disso, disse ele, o Brasil está entre os players globais mais competitivos em exportação de hidrogênio verde e o Estado do Pará possui todas as características que o torna apto para trabalhar com esse tipo de energia: infraestrutura de distribuição de energia, infraestrutura fluvial para exportação do hidrogênio, maior proximidade com o continente Europeu – reduzindo o custo com transporte – e água doce em abundância.

Contando com essa vocação, a Norte Energia está com projetos em construção, em licenciamento ou em estudo, voltados para a geração de energia fotovoltaica no Estado, bem como trabalha em parcerias para a produção de hidrogênio verde. “Esses projetos representam geração de impostos para o Estado e também geração de novos postos de trabalho”, afirmou o diretor de Regulação e Comercialização da Norte Energia.