top of page
Rectangle 39477.png

Agência de Notícias

Últimas novidades e informações do Sistema FIEPA

Brasileiros ainda veem a Amazônia como distante, misteriosa e pouco conectada ao cotidiano, aponta pesquisa inédita da ASSOBIO

ree

 

Uma pesquisa inédita idealizada pela ASSOBIO - Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia, em parceria com a FutureBrand São Paulo, com apoio de dados da Timelens, e financiada pelo Fundo Vale, revela como os brasileiros enxergam a Amazônia e seu potencial econômico sustentável. A pesquisa denominada “O que o Brasil pensa da Amazônia”, realizada entre junho e agosto deste ano, avaliou o grau de proximidade da população com a região e quais atributos estão hoje associados à floresta.


A partir desse diagnóstico, o estudo busca identificar mensagens capazes de mobilizar o público e ajudar a construir um imaginário positivo em torno, sobretudo, da bioeconomia amazônica, destacando ideias com maior potencial de gerar compreensão e engajamento em ações futuras.


“Encomendamos esta pesquisa justamente para enfrentar o desconhecimento estrutural sobre a Amazônia. Acreditamos que a bioeconomia é o caminho para aproximar a floresta da vida dos brasileiros, articulando negócios sustentáveis que já estão em curso na região. Os empreendimentos apoiados pela Assobio demonstram que é possível gerar renda, conservar a floresta e fortalecer comunidades locais ao mesmo tempo”, destacou o presidente da Assobio, Paulo Reis.


O levantamento organiza seus achados em cinco eixos: o distanciamento dos brasileiros em relação à Amazônia; o imaginário marcado por mitos e narrativas de crise; o consumo sustentável restrito a práticas básicas; a bioeconomia ainda pouco conhecida; e o consumo de produtos amazônicos, limitado por barreiras de acesso e preço, mas com forte potencial de interesse.


“A pesquisa foi estruturada para compreender as dualidades humanas que marcam a relação dos brasileiros com a Amazônia. Há orgulho e admiração no discurso, mas o consumo ainda obedece lógicas tradicionais de preço, marca e conveniência — revelando o desafio de transformar esse desejo em escolhas que mantenham a floresta em pé e fortaleçam a bioeconomia”, garante Estela Brunhara, diretora de Behavior Consumer da FutureBrand São Paulo.


 

A Amazônia está no imaginário da maioria dos brasileiros


ree


A pesquisa mostra que a relação dos brasileiros com a Amazônia ainda é marcada por distanciamentos e estereótipos. Cerca de 65% da população afirma desconhecer a região, seja por nunca ter visitado a floresta ou por só acompanhar quando a região ganha destaque na mídia. Essa falta de contato direto alimenta uma visão idealizada e, ao mesmo tempo, fatalista: a Amazônia aparece como território mítico, grandioso, mas inacessível, associado ao misticismo e à destruição. Apesar de 35% reconhecerem que a região abriga grandes cidades, a maioria ainda a percebe como intangível, congelada no tempo e distante do cotidiano nacional. O resultado é um imaginário coletivo em que a floresta desperta os sentimentos de admiração para 47% dos entrevistados, orgulho para 39% e fascínio para 27%, mas também frustração e impotência diante das ameaças constantes.


Esse imaginário, no entanto, não se resume ao distanciamento. A pesquisa mostra que a Amazônia também é carregada de significados simbólicos, que oscilam entre a idealização da natureza e a valorização da vida cultural. A floresta é vista como mãe protetora e doadora de vida, guardiã de sabedoria ancestral e símbolo de força e resiliência. Para 64% dos entrevistados, ela representa uma riqueza biodiversa única, e para 59% é motivo de orgulho nacional. Ao mesmo tempo, 56% a associam imediatamente ao desmatamento ilegal, e 55% reforçam a imagem de “pulmão do mundo”, revelando como preocupações ambientais marcam a percepção coletiva. Outros atributos também emergem, como os sabores tradicionais (45%), o caráter místico e folclórico (40%) e a ideia de utopia sustentável (40%), que traduz o desejo de um futuro em que a floresta permaneça de pé gerando riqueza. Esse conjunto de imagens reforça a Amazônia como um território de orgulho, espiritualidade e cultura, mas também de ameaças e contradições.


A relação dos brasileiros com a sustentabilidade segue a mesma lógica de ambivalência. Embora 81% declarem adotar práticas para economizar água e energia, 74% separem o lixo para reciclagem e 70% reutilizam embalagens, apenas 15% dizem ter a sustentabilidade como um tema de real interesse cotidiano. O consumo de produtos sustentáveis também aparece cercado de ambiguidades: 60% afirmam consumir esses itens com frequência e 86% concordam que essa escolha ajuda o meio ambiente, mas, na prática, critérios como preço, qualidade e conveniência pesam mais na decisão de compra. A sustentabilidade, assim, funciona como um valor secundário, associado muitas vezes à culpa e à moralidade, mas dificilmente suficiente para sustentar sozinha a escolha do consumidor.


Esse cenário se reflete diretamente na forma como os brasileiros consomem produtos amazônicos. O estudo mostra que, embora exista familiaridade, o consumo ainda é limitado por barreiras de preço, acesso e informação. Entre quem não consome os produtos atualmente, mais da metade (54%) afirma não encontrar esses produtos onde vive e 34% dizem não saber identificá-los. Apesar disso, o interesse é alto:  42% têm total interesse em consumir produtos da bioeconomia amazônica, sobretudo nas categorias de alimentação (84%) e cosméticos (80%), que lideram tanto em consumo atual quanto em potencial de crescimento. Para os consumidores, esses produtos carregam atributos de naturalidade e originalidade, associados a benefícios de saúde, qualidade superior e identidade cultural brasileira. No entanto, a confiança depende de garantias: 84% consideram selos e certificações fundamentais para assegurar procedência, responsabilidade ambiental e impacto positivo em comunidades locais.


 

Conceito de bioeconomia ainda é distante da maioria dos brasileiros

 

Quando o assunto é bioeconomia, a pesquisa mostra que este ainda é um conceito distante para os brasileiros: apenas 34% afirmam conhecer o termo e, mesmo entre eles, a associação costuma ser superficial, ligada à sustentabilidade, geração de renda ou reciclagem. O interesse digital pelo tema teve seu auge em 2019, quando políticas públicas e eventos institucionais deram visibilidade à pauta, e desde então segue em crescimento. Apesar do desconhecimento, há sinais de potencial: 83% acreditam que consumir produtos amazônicos é uma forma de apoiar comunidades locais e 82% concordam que é possível desenvolver economicamente a região sem destruir a floresta.

Para os brasileiros, a bioeconomia desperta curiosidade por representar ao mesmo tempo inovação, preservação e oportunidade de renda, mas esse interesse vem acompanhado de cautela: a maioria considera essencial garantir fiscalização, transparência e envolvimento das comunidades tradicionais para que o incentivo ao consumo não reproduza práticas injustas ou predatórias.

Para a Assobio, os dados reforçam a urgência de criar novas narrativas sobre a Amazônia, capazes de desconstruir estereótipos e aproximar a floresta da vida cotidiana. “É preciso ultrapassar a visão dicotômica entre preservação e exploração e promover a ideia de conservação com produção consciente. Só assim será possível transformar a Amazônia em um espaço produtivo, com a floresta em pé, gerando renda para suas populações e promovendo um futuro sustentável”, destaca o presidente da Assobio, Paulo Reis.

 O estudo conclui que fortalecer os vetores de conexão simbólica e cultural da Amazônia com o restante do país é um caminho importante para aproximar os brasileiros da região. Ao mesmo tempo, abre-se uma oportunidade estratégica para o fortalecimento da bioeconomia, capaz de unir desenvolvimento econômico, valorização das comunidades locais e conservação ambiental.

 

Destaques


Para chegar ao objetivo, o estudo combinou entre junho e agosto deste ano metodologias qualitativas, digitais e quantitativas: analisou postagens online, promoveu grupos de discussão em diferentes regiões do país e consolidou os dados inéditos. Entre os números que chamaram a atenção estão:


  • 65% dos brasileiros desconhecem a Amazônia.

  • 35% dos brasileiros afirmam que a região possui grandes cidades urbanizadas.

  • 34% dos brasileiros acreditam conhecer a bioeconomia amazônica.

  • 54% dos brasileiros declaram frequentemente escolher marcas com certificações ambientais.

  • 60% dos brasileiros afirmam que consomem produtos sustentáveis frequentemente.

  • 82% dos brasileiros afirmam que é possível desenvolver economicamente a Amazônia sem destruir a floresta.

  • 53% dos entrevistados disseram se sentir culpados(as) quando não escolhem a opção mais saudável.

  • 84% dos entrevistados afirmaram que selos e certificações são importantes para garantir a origem e a responsabilidade dos produtos amazônicos.


"Os resultados da pesquisa evidenciam a necessidade de ampliar o entendimento sobre a Amazônia, superando estereótipos e reconhecendo a importância da bioeconomia como um modelo de desenvolvimento. É fundamental conectar a conservação da floresta em pé com modelos produtivos inovadores, que fortaleçam comunidades locais e consolidem a região como vetor de desenvolvimento sustentável para o Brasil e para o mundo”, reforça Marcia Soares, gerente de Amazônia e Parcerias do Fundo Vale.


Pesquisa sobre Amazônia foi lançada durante a Climate Week, em Nova York


A pesquisa “O que o Brasil pensa da Amazônia” foi lançada na segunda-feira, 22, durante a Semana do Clima de Nova York (21 a 28 de setembro), um dos principais eventos globais sobre mudanças climáticas.


A apresentação da pesquisa marca um passo importante para ampliar o conhecimento sobre a relação entre a floresta amazônica, sua biodiversidade e o potencial econômico sustentável associado ao território.


“O lançamento durante a Climate Week em Nova York reforça a importância de inserir a Amazônia no centro do debate global, destacando que soluções sustentáveis precisam estar conectadas à conservação da floresta e à valorização das comunidades locais”, destaca Paulo Reis, presidente da ASSOBIO.



Sobre o Fundo Vale - O Fundo Vale é uma organização de fomento criada para gerar impacto socioambiental positivo. Sua missão é impulsionar soluções que fortaleçam uma economia mais sustentável, justa e inclusiva, por meio de capital catalítico e apoio a negócios e iniciativas inovadoras. Há 16 anos, o Fundo Vale atua na construção de uma nova realidade econômica, fomentando no desenvolvimento de negócios, na produção de conhecimento e na criação de arranjos financeiros voltados à conservação e recuperação de biomas, com atenção especial à Amazônia.


Sobre a ASSOBIO - A ASSOBIO é formada por 130 associados, de pequenos e médios negócios dedicados à sociobioeconomia na Amazônia, Fundada com o objetivo de fomentar práticas empresariais responsáveis, busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do ecossistema amazônico e o bem-estar das comunidades locais. Saiba mais acessando o site: www.assobio.org

Sobre a FutureBrand - A FutureBrand é um ecossistema multiespecialista que prepara marcas para o futuro por meio da criação de experiências conectadas. Com FutureBrand, Springpoint e Timelens forma-se o ecossistema com equipes que atuam de forma integrada para desenvolver future-proof brands. A unidade Consumer Behavior é dedicada a mapear comportamentos e percepções com rigor de pesquisa para orientar decisões estratégicas para marcas e negócios. Saiba mais clicando aqui.



Por

Alessandra Barreto - Assessoria de Imprensa ASSOBIO

Notícias Relacionadas

ASSOBIO reúne integrantes do cenário gastronômico paraense para ação “Aqui tem Bioeconomia”

Imagens

Não há imagens relacionadas

Vídeos

Não há vídeos relacionados

Áudios

Não há áudios relacionados

Webcast

Não há webcast relacionados

fiepa-com-assinatura-positiva.png

Siga nossas redes sociais

Contato

(91) 4009-4965

Observatório da Indústria do Pará

Guia Industrial do Pará

CNI

SESI/PA

SENAI/PA

IEL/PA

Copyright © 2024 FIEPA. Todos os direitos reservados

Desenvolvido por Fluxo

bottom of page