Em Fórum de Bioeconomia, indústria da Amazônia apresenta contribuições para o setor
- marialuiza9513
- 11 de nov.
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Conexões e caminhos para fortalecer a bioeconomia no Pará e descarbonizar o desenvolvimento estiveram em destaque na programação realizada nesta terça-feira, 11, no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, localizado no Porto Futuro II em Belém. No Fórum, a Jornada COP+, movimento multissetorial liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), entregou ao Governo do Estado a Matriz de Recomendações do Comitê de Sociobioeconomia, resultado dos trabalhos realizados no movimento.
O “Fórum Conexões pela bioeconomia: destravando caminhos para um desenvolvimento de baixo carbono para a Amazônia” é uma ação da agenda de Bioeconomia do Governo do Pará, realizada em paralelo à realização da Conferência das Partes (COP 30). O Pará tem se posicionado como líder em bioeconomia, ao lançar duas iniciativas pioneiras: o Plano Estadual de Bioeconomia e o Parque de Bioeconomia e Inovação.
O documento da Jornada COP+ foi elaborado por 15 especialistas, após reuniões e debates que utilizaram a metodologia aplicada no projeto. Em suma, o documento propõe estruturar cadeias produtivas sustentáveis e competitivas, tendo a sociobioeconomia como modelo de desenvolvimento territorial inovador e resiliente. A carta é parte do documento “Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono” e propõe que o Pará seja território piloto das ações iniciais, com perspectiva de replicação para outros estados da Amazônia Legal. As prioridades envolvem o fortalecimento da capacitação técnica, a formalização de fornecedores, o acesso ampliado a crédito e incentivos fiscais e a criação de sistemas acessíveis de rastreabilidade e certificação.
O documento apresenta recomendações ao Plano de Bioeconomia do Estado, o PlanBio, destacando a articulação entre setor produtivo, governos, academia e sociedade civil; a criação de um selo social para valorizar boas práticas em pequenos empreendimentos e a promoção de pesquisa aplicada conectada às demandas reais do setor.
A entrega foi feita pela líder do comitê, Joanna Martins, que é empresária e especialista em sociobioeconomia.
“A Jornada COP+ foi a forma que a FIEPA encontrou de trazer a indústria paraense para o tema da sustentabilidade e o Comitê da Sociobieconomia foi criado para aproximar as pequenas indústrias, os povos tradicionais do âmbito industrial. A partir desse comitê, conversando com a Secretaria de Meio Ambiente, nós entendemos que o plano de bioeconomia não teve uma escuta tão grande da iniciativa privada, especialmente das indústrias. E a partir daí nós provocamos esse diálogo para entender de que forma poderíamos contribuir para a melhoria do plano”, contou Martins.
Camille Bemerguy, Secretária Adjunta Bioeconomia do Estado do Pará, ressaltou como as contribuições do setor produtivo serão importantes para aprimorar o PlanBio. “Política pública não é escrita em pedra. O plano foi construído há três anos, E tem muitas lições aprendidas, dentre elas a de que a gente precisa sim voltar ao campo, voltar a ouvir as pessoas. A bioeconomia já avançou aqui no Estado, mas existem ainda gargalos. Então, esse documento, com certeza, será incorporado para que o Plano de Bioeconomia do Estado se torne ainda mais potente, transformando a nossa realidade”, afirmou.
O Fórum - A agenda reuniu especialistas, iniciativas e agentes que atuam na cadeia da bioeconomia, evidenciando o papel das soluções baseadas na natureza na economia do Pará e da Amazônia. O evento reuniu gestores públicos; lideranças comunitárias e povos tradicionais; empreendedores e startups; investidores e instituições financeiras e pesquisadores em painéis temáticos, lançamentos, apresentações de cases; rodas de conversa com especialistas e comunidades.









