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Líderes da indústria conhecem diretrizes para uma economia de baixo carbono da Jornada COP+

Atualizado: 16 de out.

Foto: Arthur Corrêa/ Gecom FIEPA
Foto: Arthur Corrêa/ Gecom FIEPA

Presidentes e diretores de importantes indústrias que atuam no Pará estiveram reunidos nesta quarta-feira, 20, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) para discutir caminhos do desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira. O encontro realizado pela Jornada COP+, movimento da FIEPA pela transição justa na Amazônia brasileira, apresentou aos líderes das empresas os principais itens do documento “Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono”, resultado do trabalho realizado nos comitês da Jornada COP+.


O documento consolida as proposições formuladas a partir de discussões realizadas por especialistas em dez grupos de trabalho. São estes: Comunicação e Advocacy, Infraestrutura e Logística, Atração  de investimentos, Economia de baixo carbono, Mulheres e povos tradicionais, Sociobioeconomia, Economia circular, Transformação digital e inovação, Transição energética e o de Rastreabilidade das cadeias de valor. Todo o trabalho contou com 180 participantes, e 153 organizações de mais de 30 setores. Os comitês foram liderados por onze especialistas.


O documento integrará as recomendações da Amazônia para a Sustainable Business COP30 (SB COP), iniciativa da CNI que amplia a participação qualificada do setor empresarial nas negociações climáticas, e que vai reunir propostas, experiências e soluções desenvolvidas pelo setor privado com foco na transição para uma economia de baixo carbono. 


O presidente da FIEPA e da Jornada COP+, Alex Carvalho, destacou que o documento é o compromisso do setor produtivo com o presente e o futuro da Amazônia. “A jornada já é um grande legado de transformação. Esta casa se reconhece transformada ou em processo de transformação, e a Jornada tem sido um grande indutor, um acelerador dessa transformação. É claro que a COP 30 deu muita significância a essa aceleração, mas de fato o compromisso havia sido firmado antes mesmo de sabermos que a COP seria em Belém. Se todos nós, amazônidas, embarcarmos nessa jornada, não há dúvidas de que teremos um amanhã melhor”, pontuou.


Líderes de empresas como Vale, Hydro, Albras, New Fortress Energy, Agropalma, Norte Energia, Oakberry, entre outras, estiveram presentes. A diretora de relações externas da Norsk Hydro Brasil, Paula Marlieri, ressaltou que a partir do relatório apresentado o desafio agora é multiplicar as soluções. “A Jornada continua, traçamos uma fase, e com certeza, temos outras fases que com a potência das pessoas envolvidas poderemos construir um novo cenário daqui pra frente”.


Ana Carolina Alves, diretora de relações institucionais da Vale, destacou o papel da mineração na sustentabilidade e a presença do setor na Jornada. “Eu fico muito feliz de integrar essa cadeia, e de ver essa construção ao lado de outras economias”.  Kensuke Hayashi, diretor vice-presidente da Albras, ressaltou que a Jornada  “É muito bom ter essas diretrizes e agora nós temos essa responsabilidade e compromisso para um futuro com prosperidade. A Jornada é muito longa  e agora começa um novo passo para um futuro cada vez melhor”


Sobre o relatório 


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O relatório foi apresentado pelo coordenador técnico da Jornada COP+, Deryck Martins, que relatou a metodologia utilizada nos comitês e os principais resultados.  A metodologia teve consultoria e  suporte técnico da STA Ambiental e da Temple Comunicação. “O documento traça um caminho, apresenta uma direção para que a indústria possa seguir visando essa indústria mais sustentável, mais circular e efetivamente uma economia mais verde”, pontuou Deryck.


Entre as principais recomendações estratégicas para uma indústria de baixo carbono apresentadas estão:

  1. Descarbonizar a matriz energética com uso de biomassa, com adoção de soluções energéticas sustentáveis para o aproveitamento de resíduos agrícolas e biomassa florestal como vetor estratégico para a descarbonização, além de diversificar a matriz energética regional e fortalecer a bioeconomia.

  2. Fortalecer a rastreabilidade e a transparência das cadeias de valor da Amazônia Legal, estabelecendo um pacto multissetorial com definição de compromissos operacionais, diretrizes socioambientais e critérios técnicos para reconhecer, promover e validar sistemas robustos de rastreabilidade nas cadeias de valor.

  3. Consolidar a economia circular como eixo estruturante da nova economia do Pará, integrando governo, setor industrial, academia e sociedade civil. O foco é criar condições para reaproveitar recursos, minimizar desperdícios e gerar inovação local.

  4. Investir e integrar a sociobioeconomia amazônica como modelo de desenvolvimento territorial inovador e resiliente, desenvolvendo cadeias de valor da sociobioeconomia na Amazônia, valorizando a biodiversidade, os saberes tradicionais e a inclusão produtiva de comunidades locais e gerando benefícios econômicos, sociais e ambientais.

  5. Garantir a participação plena e qualificada de mulheres e povos tradicionais na sociobioeconomia de baixo carbono, assegurando a participação efetiva de mulheres e povos tradicionais nas cadeias produtivas sustentáveis da Amazônia; ampliando o acesso a crédito, mercados e tecnologias apropriadas; fortalecendo redes e organizações comunitárias; valorizando e integrando saberes ancestrais; e garantindo presença qualificada em espaços decisórios, com foco na equidade de gênero e na perspectiva interseccional.

  6. Identificar os obstáculos e propor soluções para atrair investimentos nos setores da economia verde, mapeando os principais entraves jurídicos, institucionais, de infraestrutura e financeiros, e propondo soluções que viabilizem e tornem financiáveis projetos sustentáveis na Amazônia Legal, com foco em condições habilitadoras e abordagem setorial.

  7. Expandir a inclusão e a infraestrutura digital na Amazônia, impulsionando a inovação, a integração de dados e o acesso a tecnologias limpas. A proposta é construir infraestrutura digital inclusiva, interoperável e orientada à inovação, ampliando conectividade em áreas remotas, promovendo letramento digital e integrando plataformas de gestão ambiental para fortalecer a economia de baixo carbono no Pará.

  8. Investir em infraestrutura de transporte intermodal e fontes de energia renováveis, a partir da ampliação da infraestrutura logística e energética do Pará, adaptando distritos industriais, diversificando a matriz energética e fortalecendo o ambiente de negócios para atrair novos empreendimentos.

  9. Mobilizar e capacitar comunicadores da Amazônia para posicionar o território como referência em soluções sustentáveis e justiça climática, a partir da criação e implementação de uma estratégia integrada de comunicação e advocacy para reposicionar a Amazônia no debate climático global — de território explorado para referência em soluções sustentáveis e protagonismo político-comunicacional.

  10. Capacitar e fortalecer empresários e equipes em estratégias de baixo carbono, a partir do impulsionamento e valorização de negócios de baixo carbono na indústria da Amazônia Legal por meio do letramento de atores-chave, da disseminação de tecnologias e do fortalecimento institucional.


Evento lançou edital de cases sustentáveis da indústria


Foto: Arthur Corrêa/ Gecom FIEPA
Foto: Arthur Corrêa/ Gecom FIEPA

O evento também marcou o lançamento do Edital de Cases da Jornada COP+. A seleção quer dar visibilidade às soluções inovadoras que já estão impulsionando a transformação da Amazônia, com impacto antes, durante e após a COP30. A proposta é a construção e divulgação de uma Vitrine de Cases da Indústria Sustentável, reconhecendo e premiando as melhores soluções durante o Fórum de Excelência, evento paralelo à COP30. 

O edital é voltado para empresas industriais de todos os portes e segmentos; sindicatos, associações e cooperativas; startups e demais organizações vinculadas ao setor industrial e órgãos da administração pública. 

Serão contempladas soluções dentro das categorias temáticas: Energias Renováveis e Eficiência Energética; Economia Circular e Gestão de Resíduos Sólidos; Inovação Tecnológica para Diminuição de Emissões de Gases do Efeito Estufa; Transformação de Processos Industriais; Parcerias e Cadeias de Valor Sustentáveis; Justiça Climática e Inclusão na Transição e Gestão Pública. Além de categorias especiais que irão destacar soluções inovadoras em setores estratégicos da Amazônia, como Setores Intensivos em Carbono e Bioeconomia Amazônica. 

As inscrições vão até 30 de setembro de 2025 no site da Jornada COP+. Acesse o edital completo aqui.


A Jornada COP+ é uma realização da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), CNI e Instituto Amazônia+21, com apoio da Ação Pró-Amazônia, Consórcio da Amazônia Legal, SESI, SENAI, IEL, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). O projeto tem como correalizadora a Hydro, Patrocinadores Super Master Vale e Albras, e Premium a Guamá Tratamento de Resíduos e a Sinobras.



Texto de Mayra Leal.


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