Presidente da FIEPA destaca potencial energético da Margem Equatorial na I Semana do Clima da Amazônia

O presidente do Sistema FIEPA, Alex Carvalho, participou nesta terça-feira (15), da I Semana do Clima da Amazônia, realizada na Estação das Docas, em Belém. O evento reúne lideranças dos setores público, privado e da sociedade civil para debater soluções integradas para o desenvolvimento sustentável da região. 

Pela manhã, Carvalho integrou a abertura da programação, que teve a presença de organizações e autoridades como o governador do Estado, Helder Barbalho. “O objetivo é consolidar Belém e a Amazônia com a liderança das agendas das mudanças climáticas e das agendas do povo. Ao sediar a COP30, queremos posicionar a região no centro do debate ambiental global. Temos certeza de que realizar a primeira Semana do Clima da Amazônia reforça esse protagonismo, valorizando nossos ativos ambientais e florestais, a nossa academia, a ciência, e impulsionando novas economias baseadas na natureza e na geração de empregos verdes, para que a sustentabilidade esteja presente no nosso cotidiano. Essa é também uma estratégia do pós-COP, com investimentos públicos e privados que transformam Belém e mantêm a economia aquecida. Não há lugar no mundo mais importante e mais legítimo para discutir o clima e o meio ambiente do que a floresta amazônica”, afirmou.

No período da tarde, Alex Carvalho participou do painel “Exploração da Margem Equatorial: Impactos e Oportunidades”, onde destacou o potencial energético da região, comparável ao pré-sal, com uma estimativa de 10 bilhões de barris. Segundo ele, a exploração responsável dessa área pode impulsionar o desenvolvimento da Amazônia. “A Margem Equatorial representa uma oportunidade única para o Brasil e, especialmente, para a Amazônia. Nosso país já possui uma matriz energética majoritariamente renovável”, afirmou.

O presidente da FIEPA também alertou para os desafios de infraestrutura que ainda limitam o avanço da exploração na região. “É fundamental investir em portos, rodovias, dutos e parcerias institucionais para garantir o escoamento eficiente da produção e ampliar o acesso aos derivados de petróleo. Sem esses avanços, corremos o risco de perder bilhões em investimentos e aumentar nossa dependência externa”, completou.

O painel também contou com a presença de André Guimarães, diretor executivo do IPAM; Sandra Regina, liderança comunitária amazônica e gestora do Maretório/CONFREM-PA; Roberto Kishinami, especialista sênior do Instituto Clima e Sociedade (iCS); e Daniele Lomba, gerente-geral de Licenciamento e Meio Ambiente da Petrobras.

A programação da I Semana do Clima da Amazônia segue até sexta-feira (18), com painéis, debates e apresentações culturais, incluindo shows do Coro Carlos Gomes, Nilson Chaves e Fafá de Belém. Mais informações estão disponíveis no site: semanadoclimaamazonia.com.br.