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Indústria apresenta novidades que agregam tecnologia e sustentabilidade

Indústria apresenta novidades que agregam tecnologia e sustentabilidade

Indústria apresenta novidades que agregam tecnologia e sustentabilidade

De madeira produzida com garrafas PET a joias de resíduos de madeira ou alimentos como o tucupi. São muitas as novidades que podem ser encontradas nos mais de 100 expositores da FIPA. Em comum entre eles está o conceito de sustentabilidade atrelado ao uso da tecnologia. E o resultado são produtos de grande valor comercial que respeitam o meio ambiente.

No estande do Espaço São José Liberto, por exemplo, é possível conhecer um pouco da produção joalheira do Pará. Ao todo estão em exposição 40 peças com design autoral, feitas com materiais que variam do carvão ao açaí. Também estão em destaque nas vitrines, gemas produzidas com a técnica paraense de lapidação marajoara, além de peças que têm como inspiração o Círio e a cultura local, e que destacam a sustentabilidade.

Entre as inovações dos produtores está a gema vegetal, desenvolvida com produtos como o tucupi, a pimenta e o açaí. "Temos ainda uma coleção feita de reaproveitamento de lentes de óculos, de substrato de açaí, carvão, entre outros materiais, além de peças com a técnica da incrustação, onde são utilizados resíduos vegetais e insumos da Amazônia, tudo genuinamente paraense. São peças artesanais com sofisticação e qualidade", afirmou Darlene Brito, gerente comercial do Espaço São José Liberto.  

Um outro ambiente é dedicado demonstração da produção empreendedores que fazem parte do Espaço São José Liberto e da UNA, loja incubadora do Polo. "Trabalhamos com incentivo a produção local, com capacitação de artesão da região e auxílio na comercialização. Nesse sentido, a FIPA é mais um espaço importante para a divulgação e consolidação de nossa marca", acrescentou Darlene.

No espaço da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará também está em exposição joias produzidas com resíduos de madeira descartada pela indústria, com detalhes em prata, ouro e pedras naturais. A iniciativa é da Amazon Eco Jewels, desenvolvida em parceria com a AIMEX, que faz a ponte com as indústrias para o fornecimento da matéria-prima. 

O projeto tem um ano e a coleção com resíduos tem apenas quatro meses. "O que seria um material com defeito e iria para o lixo, pra gente é arte, é a nossa principal matéria-prima. Agora estamos atrás da certificação da madeira que agregará mais valor ao nossos produtos. Em breve vamos levar a nossa produção para uma feira nos Estados Unidos", comemora Camilla Amaral, uma das proprietárias da marca.

Outra novidade que alia inovação, tecnologia e sustentabilidade é a "Casa de Várzea".O projeto da empresa Várzea Engenharia, desenvolvido com a Biotec Amazônia, que atua na sua viabilização, visa a construção de casas ribeirinhas com madeira biossintética, produzida com garrafas PET, plástico PVC, entre outros resíduos. No composto também pode ser adicionado óleo de andiroba, que serve como repelente natural. As casas possuem fundação é fixa, com um sistema de elevação hidráulica natural que acompanha as oscilações do nível do rio, se adaptando ao biossistema amazônico.

O projeto surgiu a partir da ideia do estudante de engenharia e proprietário da empresa, José Coelho. Quando criança, morava em uma palafita no município de Juruti e ao ingressar na faculdade resolveu pesquisar produtos para a construção de uma casa que se adaptasse à sua realidade ribeirinha. Mas para isso teria que utilizar um material resistente e a partir de pesquisas, criou a madeira sintética. O novo material é seis vezes mais resistente que a madeira convencional e tem uma durabilidade estimada de até três séculos.

"A Feira é um espaço importante para a divulgação desse projeto inovador baseado no conceito de equilíbrio e reaproveitamento. A madeira também é resistente ao fogo, pode receber qualquer tratamento e pode ser novamente reciclada. Além da casa, há ainda a possibilidade de utilização em palafitas, estivas e já está sendo contratado pelo Governo do Estado a Escola de Várzea, que também utiliza essa tecnologia", explicou Nelson Castanheira, engenheiro responsável pela fabricação do material. 

 



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