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Reunião na FIEPA discute tecnologias para proteção das indústrias e ferrovias

Reunião na FIEPA discute tecnologias para proteção das indústrias e ferrovias

Reunião na FIEPA discute tecnologias para proteção das indústrias e ferrovias

 

O uso de tecnologias para a proteção da indústria e as perspectivas econômicas das ferrovias no Pará foram os dois temas abordados na manhã desta sexta-feira (05), em reunião de trabalho promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura, e pelo Centro das Indústrias do Pará (CIP). O evento, realizado na FIEPA, foi presidido pelo vice-presidente da instituição e presidente do CIP, José Maria Mendonça, e contou com a participação de diversos representantes do setor produtivo.

O primeiro palestrante, Antônio Rebouças, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e administrador da empresa Meta Globaltech, falou sobre “O uso da tecnologia para a proteção da indústria com aumento de competitividade e rentabilidade”. De acordo com ele, existem hoje no mercado tecnologias que permitem o rastreamento de produtos, o que pode ser interessante para proteger as indústrias que passam pela competição de concorrentes desleais. Estes colocam no mercado produtos falsos a um preço baixo, obrigando o fabricante de produtos originais a baixar seu preço, diante da pressão dos consumidores.

“Temos que proteger as indústrias, dando trabalho aos ilegais. A gente tem que dificultar a atuação deles e existe para isso tecnologia nacional e nanotecnologia capazes de proteger o produto nacional”, afirmou Rebouças. As principais vantagens dessa proteção, disse ele, são o aumento da rentabilidade e da competitividade. A rentabilidade, porque a implantação da tecnologia ajuda a evitar o aumento de preços, reduz o número de produtos ilegais no mercado e reduz fraudes/perdas. Com a implantação das tecnologias, a empresa se torna mais competitiva aumentando o market share (participação no mercado), reduzindo novos entrantes e fidelizando clientes. O retorno no investimento, explicou Rebouças, é de três a 25 vezes. “O Pará, diferente de um estado como São Paulo, precisa trabalhar a proteção do produto que sai do Estado, por isso é muito importante que essas marcas tenham proteção”, ressaltou.

De acordo com ele, além de proteger sua marca, esse tipo de tecnologia permite ainda às empresas atenderem às demandas do mercado internacional, em temas como a adesão aos objetivos do desenvolvimento sustentável e ESG (Environmental, Social and Governance), com atenção às boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.

Logística – Na segunda parte da reunião de trabalho, o principal tema foi a logística, em especial o quanto o Pará perde pela falta de agilidade na implantação de ferrovias. O vice-presidente da FIEPA e presidente do CIP, José Maria Mendonça, fez uma comparação de mapas entre países como China e Estados Unidos, mostrando a realidade o Brasil, país que tem uma malha ferroviária insuficiente, comparada aos demais concorrentes globais e quando se olha o tamanho do Brasil. “É como se vivêssemos ainda na época do império”, comparou Mendonça.

Em seu painel “Perspectivas Econômicas das ferrovias no Pará”, Clóvis Carneiro, economista, presidente da Associação Comercial do Pará (ACP) e vice-presidente da FIEPA, também destacou que essa desvantagem do Brasil não é de hoje. “Essa é uma discussão de 200 anos atrás. Os Estados Unidos, nosso principal concorrente do agronegócio, iniciou os investimentos no século XIX, com o investimento na agricultura, que propiciou o florescimento da indústria”, explicou, mostrando que junto com tudo isso vieram também investimentos em logística que tornaram o país da América do Norte a potência que é hoje. Além disso, ele expôs que só no governo atual, presidido por Joe Biden, estão previstos mais de US$ 2 bilhões em investimentos em infraestrutura, indústria, pesquisa, desenvolvimento e treinamento.

O investimento de ferrovias no Norte, destacou Clóvis, traria como vantagem para o Estado a redução do frete interno na casa dos 55%. “No Brasil, o custo da carga é de 26% no valor de frete, enquanto nos Estados Unidos é de 9,5% e na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a média que os países membros pagam é de 9%. No Brasil, com a implantação de ferrovias, esse valor já cairia para 11,5%”, calculou. Para Clóvis, a implantação das ferrovias no Norte contribuiria ainda para a migração econômica da produção agrícola para o Norte do País, o que também seria uma vantagem para a região. Ao final das palestras, houve amplo debate sobre os dois assuntos pautados.

 



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