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SETOR DA CONFECÇÃO DO PARÁ INVESTE EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E EM SUSTENTABILIDADE

SETOR DA CONFECÇÃO DO PARÁ INVESTE EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E EM SUSTENTABILIDADE

SETOR DA CONFECÇÃO DO PARÁ INVESTE EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E EM SUSTENTABILIDADE

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o setor reúne no Brasil 24 mil empresas, 1,2 milhão de empregos e teve um faturamento de R$193,6 bilhões em 2022. Ele é importante também pelo fato de produzir itens essenciais para o dia a dia das pessoas, como roupas, uniformes, entre outros. E como todas as indústrias modernas, também está engajado nas questões de responsabilidade social e ambiental, com exemplos aqui mesmo no Pará.

Um deles é o projeto “Costurando Sonhos”, desenvolvido pela empresa MLX Uniformes, em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Por meio dele, internas e egressas do Centro de Reeducação Feminino (CRF), de Ananindeua, tem recebido oportunidades de ressocialização e inserção no mercado de trabalho no setor da confecção. Criada em fevereiro de 2023, a iniciativa oferta capacitação profissional para que essas mulheres possam gerar a própria renda e diminuir o tempo de reclusão.

A MLX Uniformes, idealizadora e executora do projeto, já tem cinco internas do CRF trabalhando em sua unidade fabril e mais 10 em treinamento para serem contratadas futuramente. Suelen Pinheiro, de 36 anos, é uma das que foram efetivadas pela empresa e agradece a oportunidade. “Eu não possuía uma profissão específica e a partir dessa chance que estou tendo, meu objetivo é evoluir, tomar um novo rumo, um novo horizonte. Espero muito que minhas colegas aproveitem a oportunidade, agarrem com as forças e agradeçam a Deus”, comemora Suelen.A capacitação ocorre dentro da empresa e, além do curso de costura, as participantes aprendem outros processos envolvidos no chão de fábrica, como serigrafia, corte, bordado, enfesto, auxiliar de costura e controle de qualidade, aumentando assim o leque de opções para as profissionais atuarem e outras funções. Ao mesmo tempo que visa reinseri-las à sociedade e ao mercado de trabalho em melhores condições, o projeto busca reduzir a reincidência criminal.

Para a proprietária da MLX Uniformes e diretora da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Priscila Vieira, o projeto faz parte de um papel social fundamental da empresa. “Não basta apenas gerar empregos, pagar impostos e realizar investimentos, as empresas têm de se preocupar com o impacto social e ambiental que causam. O impacto social inclui também ajudar as comunidades nas quais a empresa está inserida. Com este projeto, visamos trabalhar o “S” do ESG, que se refere às relações da empresa com colaboradores, fornecedores, consumidores e comunidades do entorno”, diz a empresária.

Ações de fortalecimento do setor

Outra ação de sustentabilidade, desta vez ambiental, está sendo implementada por um grupo de empresários do setor de confecção, sob a liderança da MLX Uniformes. São estratégias para melhoria dos processos já existentes e a elaboração de novas ideias para o que fazer com os resíduos gerados pela indústria, inclusive as próprias roupas descartadas pelos consumidores. A iniciativa está atrelada à contribuição do setor à 30ª Conferência da ONU (COP 30), que ocorrerá em Belém, em 2025.No mês de setembro foi criado pela empresa MLX  o projeto "Repuf, uma jornada verde da MLX com o planeta", que será aprimorado até o final do ano e lançado em janeiro. A ideia é criar engajamento para a pauta da sustentabilidade. “Nós temos reunido as empresas do setor de confecção e demais parceiros para juntos pensarmos em soluções sustentáveis para o nosso segmento no estado. Pautas relacionadas a sustentabilidade, meio ambiente e economia circular devem estar alinhadas no nosso meio, se transformando em ações concretas”, enfatiza Vieira.

Polo de Moda

Participante das conversas do setor de confecção, a gerente do Polo de Moda do SENAI, em Belém, Clarisse Chagas, diz que a capacitação e consultorias dentro do contexto da Indústria 4.0 podem contribuir com as demandas de sustentabilidade das empresas locais. “Nos cursos ofertados pelo Polo de Moda temos a oportunidade de qualificar a mão de obra absorvida tanto no contexto da Industria 4.0, quanto da sustentabilidade. Além da capacitação profissional atualizada com as transformações da indústria, estamos em processo de ouvir as necessidades das indústrias paraenses e compartilhar com elas processos como lean manufacturing voltado para a indústria do vestuário”, destaca Clarisse.

Recém-criado em Belém, o Polo de Moda do SENAI se apresenta como um dos grandes impulsionadores do desenvolvimento sustentável do setor têxtil e de confecção do estado, atuando na área têxtil, de confecção e moda, com possibilidade de desenvolvimento de pesquisa e inovação para geração de novas tecnologias e produtos. Além disso, os laboratórios são utilizados pelos alunos de qualificação e aperfeiçoamento de mão de obra, o que deve contribuir para uma indústria paraense mais competitiva no setor. 

Os laboratórios desenvolvem atividades práticas profissionais simulando a realidade das indústrias nos campos da modelagem, corte industrial, corte automático, pilotagem de peças e desenvolvimento de coleções. “O Polo foi criado justamente para contribuir com as empresas locais, fornecendo tudo o que há de mais moderno no setor do vestuário. Essa aproximação que tem acontecido entre as instituições é fundamental para entendermos as demandas e dar todo o suporte necessário, de maneira cada vez mais assertiva”, conclui Clarisse Chagas, gerente do Polo de Moda do SENAI. 

 



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