Sistema de rastreabilidade por DNA dará mais segurança ao comprador de carne bovina oriunda do Pará
A Biotec-Amazônia apresentou nesta manhã (27), na sede da FIEPA, uma proposta de criação de um sistema de rastreabilidade de carne bovina baseado no DNA do animal. O objetivo da iniciativa é impulsionar a exportação dentro das características exigidas pelo mercado internacional, que busca maior controle sobre a origem do produto comprado. A tecnologia foi apresentada pelo diretor técnico da BioTec Amazônia, Artur Silva, ao presidente da FIEPA, José Conrado Santos, e ao vice-presidente, Marcos Marcelino de Oliveira.
A tecnologia permite acessar as informações por meio de etiqueta inteligente, pela qual é possível ao comprador conhecer o histórico do animal, desde as vacinas tomadas e alimentação, ou até mesmo fotos da fazenda onde o animal foi criado e da família dona da propriedade. O estudo científico foi feito pela Biotec-Amazônia junto com universidades e tem como parceiros no exterior laboratórios que fazem parte da Sociedade Internacional de Genética Animal.
Para o diretor técnico da BioTec Amazônia, Artur Silva, todo esse aparato tecnológico e riquezas de informações aumenta a confiabilidade do mercado exterior e agrega valor ao produto. “Nossa proposta é envolver desde o pequeno produtor até o grande produtor, ou grandes frigoríficos, de uma forma descomplicada e o principal: a conta dessa nova tecnologia não é paga pelo produtor que está lá na base, vai ser pelo consumidor final, que terá um produto da mesma qualidade, mas com a confiança de que aquilo é de uma área que é toda legalizada, seguindo os preceitos de um bom mercado, que é o que eles precisam”, explica.
Apesar de já existir em outros países, o sistema é inédito no Brasil. O objetivo agora é, por meio de um projeto piloto, adaptar a tecnologia para a realidade local e, assim, se adequar ao mercado exterior. “O mais importante é nós criarmos um piloto, onde teremos acesso ao mercado internacional de forma mais rápida e desburocratizada, e conforme isso vai se solidificando no mercado, a gente vai agregando inclusive dentro da própria certificação que o Estado do Pará tem, que já é fantástica”, ressalta o diretor da BioTec Amazônia.
No Pará, a construção de um modelo piloto passa pela liderança da FIEPA e da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), representantes dos setores interessados na rastreabilidade dos produtos. “A FIEPA e a FAEPA são a representatividade do setor que nós estamos esperando. Com isso teremos a referência necessária para chegar no principal interessado, que é o produtor”, finaliza Artur Silva.