Construção em madeira e sustentabilidade marcam primeiro workshop pós-COP30 na FIEPA
- fernandogomes207
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O encontro reuniu especialistas, instituições e representantes do setor produtivo para debater soluções de baixo carbono e oportunidades tecnológicas para habitação e desenvolvimento regional.

Nesta terça-feira (25), a sede da FIEPA recebeu o Workshop Técnico: Métodos Construtivos em Madeira no Brasil, o primeiro evento realizado na Federação após a COP30 e dedicado a discutir inovação, sustentabilidade e o avanço da madeira engenheirada na construção civil — especialmente no contexto amazônico. Realizado pelo Sinduscon-PA, pela CBIC e FIEPA, o workshop reforçou a integração entre empresas, instituições e especialistas na busca por soluções construtivas alinhadas à agenda de baixo carbono e ao potencial produtivo da Amazônia.
Nilson Sarti, vice-presidente de Área do Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, ressalta o impacto das discussões da COP30 no setor da construção. “Com a COP30 veio uma agenda intensa para o setor, especialmente no que diz respeito à descarbonização. Isso se conecta diretamente ao tema de hoje, que é a construção com madeira”, afirmou.
Ao longo da programação, os participantes acompanharam apresentações que ampliaram a visão sobre o potencial dos sistemas construtivos em madeira engenheirada no Brasil. Nicolaos Theodorakis, fundador e CEO da Noah | Wood Building Design, destacou a evolução tecnológica do material e sua adequação às diferentes realidades climáticas do país. “A madeira engenheirada é diferente da madeira natural. Ela passa por um processo de preparação que a torna um elemento construtivo eficiente, capaz de lidar com diversas variações de clima e ambiente, especialmente em um país continental como o Brasil”, explicou.
A arquiteta, urbanista e gestora do Projeto Morar Amazônico do Instituto Amazônia +21, Juliana Costa, apresentou iniciativas que buscam soluções habitacionais inovadoras e compatíveis com as especificidades socioambientais da região. “Sustentabilidade não é apenas ambiental. Quando falamos em sustentabilidade, falamos também do social, de como conseguimos levar desenvolvimento e benefícios para toda a população”, destacou.
Deryck Martins, presidente do Conselho de Meio Ambiente da FIEPA, reforçou a importância da qualificação técnica e da cooperação entre instituições para fortalecer o uso da madeira engenheirada no país. “O processo de fabricação da madeira engenheirada inclui um tratamento rigoroso para diferentes níveis de umidade, minimizando sua expansão dimensional. Isso a diferencia da madeira natural e a torna um elemento construtivo eficiente e resiliente às diversas condições climáticas do Brasil”, explicou.
O evento encerrou destacando que a construção em madeira não é apenas uma alternativa sustentável, mas uma oportunidade concreta de impulsionar inovação, gerar empregos qualificados e desenvolver novas cadeias de valor na Amazônia.






