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Indústria paraense apresenta legado sustentável para além da COP30

Durante a COP30, a Jornada COP+ também realizou o Fórum de Excelência Industrial Sustentável.


Foto: GECOM / FIEPA
Foto: GECOM / FIEPA

Uma transição justa para a Amazônia brasileira, pautada no fortalecimento da sociobioeconomia, no combate ao desmatamento e queimadas ilegais; e em um modelo econômico circular que conserve a floresta e gere renda e desenvolvimento social. É o que a indústria paraense quer deixar como legado para além da COP30, a partir de uma transformação que já começou com o movimento Jornada COP+. A iniciativa multissetorial liderada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) impactou mais de 30 mil pessoas com diversas ações e iniciativas. Durante a COP, o movimento entregou documento com recomendações para a descarbonização da economia, guia de práticas sustentáveis para pequenas e médias empresas, reconheceu soluções que já estão fazendo a diferença na indústria amazônica e anunciou programas permanentes para o setor produtivo.


Foto: GECOM / FIEPA
Foto: GECOM / FIEPA

Na Casa SESI Indústria Criativa, casarão histórico restaurado pelo Sistema FIEPA e entregue para Belém neste mês de novembro, a Cúpula de Inovação e Sustentabilidade apresentou os três programas estruturantes que passam a compor, de forma permanente, a Federação: o Programa de Sociobioeconomia, o Programa de Apoio ao Combate ao Desmatamento e Queimadas Ilegais e o Programa de Economia Circular.


A Cúpula também marcou o lançamento do Guia de Práticas Sustentáveis para a Indústria da Amazônia, desenvolvido pela Jornada COP+ com foco em orientar pequenas e médias empresas sobre caminhos possíveis para a adoção de modelos produtivos sustentáveis. O material reúne orientações, conceitos e sugestões de boas práticas alinhadas às exigências ambientais e sociais contemporâneas, e está disponível no site da Jornada COP+.


Segundo Alex Carvalho, presidente da FIEPA e da Jornada COP+, o guia mostra como o contexto da Amazônia pode impulsionar um modelo de desenvolvimento baseado em baixo carbono, conservação e inovação. “Este guia traduz o ESG para a realidade amazônica, com sua biodiversidade única, seus desafios ambientais e suas oportunidades econômicas. Ele reúne ferramentas, programas de apoio, metodologias, certificações e mecanismos capazes de tornar nossas empresas mais competitivas, mais transparentes e mais resilientes”, explicou.


Conheça os programas anunciados pela FIEPA


O Programa de Combate ao Desmatamento e Queimadas Ilegais inicia neste ano e segue até 2030. A iniciativa envolve indústrias e agroindústrias paraenses e está estruturada em três etapas: diagnóstico, para mapear ilegalidades e calcular as perdas econômicas geradas por práticas predatórias; engajamento, com a participação de empresas de setores diretamente ligados à produção, como carne, madeira e grãos; e ação direta, com a identificação de pontos críticos de desmatamento e queimadas e o envio dessas informações às autoridades competentes.


Francisco Victer, presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da FIEPA e líder da iniciativa, descreveu o programa como “um passo histórico do setor produtivo no enfrentamento ao desmatamento e às queimadas ilegais”. Segundo Victer, a iniciativa é o reconhecimento de que a indústria e a agroindústria estão comprometidas no combate às práticas ilegais. “Estamos assumindo o compromisso de identificar irregularidades, apoiar ações de controle e mostrar, com dados, que uma produção sustentável é não apenas possível, mas economicamente mais vantajosa. Ao combater o desmatamento, contribuímos diretamente para reduzir emissões, proteger a Amazônia e fortalecer a competitividade do próprio setor”, afirmou.


Desenvolvido em parceria com o Instituto Bem da Amazônia e o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA), o Programa de Sociobioeconomia, pretende fortalecer políticas e negócios que valorizem a floresta em pé e os povos amazônicos. O programa contará com um Observatório da Bioeconomia, voltado ao monitoramento constante do setor, com uso de metodologia desenvolvida pelo professor Francisco de Assis Costa (NAEA/UFPA).


A iniciativa prevê o diagnóstico da produção industrial e dos empregos da bioeconomia, a realização de estudos aprofundados sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais do setor, a criação de uma plataforma digital georreferenciada para mapear cadeias produtivas de valor e a elaboração de relatórios que orientem decisões estratégicas de gestores públicos e privados.


Já o Programa de Economia Circular pretende atuar junto ao poder público na formulação de políticas de logística reversa e gestão de resíduos sólidos. O programa inclui o mapeamento e a divulgação de boas práticas industriais, além de ações de capacitação e de apoio à implementação de soluções de circularidade. Também será criado um Grupo de Trabalho em parceria com o poder público, responsável por atuar diretamente na elaboração e regulamentação de normas que fortaleçam a economia circular no estado, especialmente no que diz respeito à logística reversa e ao tratamento de resíduos.


Segundo Deryck Martins, coordenador técnico da Jornada COP+, o programa foi estruturado para funcionar de forma integrada ao ecossistema já existente na Federação. “A ideia não é criar um ambiente paralelo, e sim fortalecer o que já temos, trabalhar com as demais casas do Sistema FIEPA e os parceiros estratégicos para acelerar a adoção de práticas circulares e construir um modelo sólido de governança”, disse.


FIEPA reconheceu iniciativas sustentáveis e apresentou recomendações


Durante a COP30, a Jornada COP+ também realizou o Fórum de Excelência Industrial Sustentável. No Auditório Albano Franco, espaço na sede da federação totalmente reformado e que recebeu diversas programações paralelas à COP, o Fórum reconheceu iniciativas inovadoras e que geram impacto positivo na economia da Amazônia.


As iniciativas apresentadas foram selecionadas pelo Edital de Cases da Jornada COP+. Ao todo, 76 soluções foram inscritas no edital e foram selecionados os projetos com maior capacidade de inovar, gerar impactos reais na região e inspirar outras empresas. São eles: “Água para Todos: segurança hídrica e resiliência climática na ilha do Combu” da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade; “Boiteca: Integração Pecuária-Floresta e Industrialização Sustentável da Teca na Amazônia” da TRC Agroflorestal LTDA; os projetos “Mega Hubs” e o “Meta Florestal 2030” da Vale; “PRO Carbono” da Bayer; “Transformando resíduos em florestas” da Mineração Paragominas S.A.; “Biogás e Transição Energética na Amazônia” da Guamá Tratamento de Resíduo; “Bioeconomia: agricultura, inovação e sustentabilidade na cadeia produtiva do óleo de palma” da Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma; e o projeto “Tecnologia Verde para Descarbonização de Veículos Automotores” da Amazon Rhiira.


Todas as soluções inscritas no edital estão disponíveis na publicação digital Vitrine de Cases da Indústria Sustentável, documento que reúne um resumo dos projetos, conferindo visibilidade às boas práticas. As soluções são apresentadas em formato que destaca como o projeto foi implementado e seu potencial de escalabilidade. O objetivo final é inspirar outras indústrias a replicarem e adotarem iniciativas mais sustentáveis. A publicação pode ser acessada no site da Jornada COP+.


No Fórum, a federação também detalhou as “Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono”. O documento consiste em dez recomendações para uma nova agenda ambiental, social e econômica na Amazônia brasileira, formuladas pelos comitês da Jornada COP+. Elas giram em torno de recomendações como o uso sustentável da biomassa de resíduos como caroço de açaí e cascas de castanha; o fortalecimento da rastreabilidade das cadeias produtivas; a estruturação da economia circular no estado; a valorização da sociobioeconomia, o protagonismo de mulheres e povos tradicionais; a atração de investimentos verdes; maior infraestrutura regional e inclusão digital; e o fortalecimento da reputação da Amazônia.


O documento foi formulado de forma coletiva por 180 pessoas de 30 setores e está disponível na íntegra no site da Jornada COP+. “São mais de 200 páginas de ideias, propostas e caminhos que representam um embrião para uma nova agenda econômica, social e ambiental de descarbonização; agendas que precisam caminhar juntas e de forma racionalmente equilibrada. É um esforço caro, histórico e totalmente conectado com o Brasil e com o mundo que estamos construindo”, conclui o presidente da FIEPA, Alex Carvalho.


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