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Na Casa SESI, projeto Joias da Amazônia destaca protagonismo feminino e identidade amazônica em roda de conversa

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Joias confeccionadas com materiais da biodiversidade amazônica, que reforçam a pluralidade da cultura e das riquezas naturais paraenses compõem o projeto “Joias da Amazônia”. O idealizador da iniciativa, o Instituto Elabora Social, promoveu nesta quarta-feira, 12, na Casa SESI Indústria Criativa, uma roda de conversa sobre o protagonismo feminino e o design sustentável na região. A iniciativa reuniu especialistas, designers, empreendedoras e representantes de instituições parceiras para discutir o papel das mulheres na cadeia da biojoalheria e as relações entre criatividade e sustentabilidade.

 

A atividade marca uma das fases do projeto Joias da Amazônia, que teve início em julho deste ano e é realizado pelo Instituto Elabora Social, organização que atua no Rio de Janeiro e oferece formação gratuita em ourivesaria e empreendedorismo feminino. O projeto tem patrocínio da Hydro e apoio institucional da FIEPA, Jornada COP+, Ebata e AIMEX.

 

Desde o início do projeto, a proposta é conectar a economia criativa e valorizar mulheres artesãs de diferentes regiões do estado. O encontro foi uma oportunidade de compartilhar experiências, desafios e reflexões sobre impacto social, além de inspirações na criação de peças únicas que celebram a biodiversidade amazônica. A iniciativa promoveu diálogos sobre o papel da biojoalheria e a arte de criar designs que destacam a identidade amazônica como expressão da biodiversidade, da cultura e da preservação ambiental da região.


 

Biojoalheria e design amazônico como identidade e futuro


“Biojoalheria e design amazônico como identidade e futuro” foi o tema do primeiro painel, mediado por Clarisse Chagas, gerente do Polo de Vestuário do SENAI Pará e líder do comitê de Mulheres e Povos Tradicionais da Jornada COP+. No painel, Rosa Neves, coordenadora regional do Instituto Elabora Social e consultora do “Joias da Amazônia” destacou que o objetivo principal do projeto foi valorizar mulheres que atuam como agentes culturais e climáticas. Segundo Neves, a curadoria buscou reconhecer nas artistas a capacidade de unir tradição e inovação. “Focamos em quem eram essas criadoras culturais do setor de biojoalheria, que em seu fazer artístico reconhecem a cultura como um recurso que integra passado e futuro. Essas mulheres trazem a ancestralidade, a inovação, a tradição e a tecnologia, especialmente a tecnologia social e as tecnologias ancestrais dos povos originários”, declarou.

 

Deryck Martins, coordenador técnico da Jornada COP+ e diretor presidente da AIMEX,  ressaltou que a exposição representa apenas uma parte do impacto gerado pela iniciativa. “A exposição não é o resultado final, é apenas a ponta do iceberg. A capacidade desse projeto é muito grande, porque são mulheres que multiplicam saberes, conhecimentos e experiências”, afirmou. Martins ainda enfatizou a importância de escolher corretamente os materiais utilizados nas peças das artesãs e de garantir a procedência legal e responsável da madeira. “É preciso pensar na forma consciente de extração e orientar sobre o tipo de madeira empregada em acessórios e biojoias. O cuidado com a origem é fundamental”, destacou.

 


Pablo do Vale, fundador e sócio da Guá Arquitetura ampliou a reflexão ao abordar os desafios e complexidades do design contemporâneo na valorização dos saberes amazônicos e das práticas sustentáveis. “O nosso dever no contemporâneo, enquanto brasileiros, é entender que essa divisão entre arte e artesanato é algo que precisa ser revista. A nossa madeira, o nosso barro, a nossa cerâmica, os nossos saberes ancestrais, tudo isso é matéria-prima para um design que conta nossa história”, afirmou. O arquiteto ressaltou ainda que seu trabalho busca valorizar e remunerar de forma justa os mestres e artesãos que já produzem com excelência, mas muitas vezes são invisibilizados. “Mais do que desenvolver algo novo, nosso papel é curar esse conhecimento, dar palavra a ele e educar o público, não o artesão. É o público que precisa ser educado para compreender o valor do que é feito aqui”, explicou.

 

Pedro Henrique, representante regional da APEX-Brasil destacou que a biojoalheria amazônica tem se consolidado como um setor de grande potencial, capaz de unir sustentabilidade, cultura e identidade brasileira. “O artesanato sempre refletiu a criatividade e a cultura do nosso país, mas quando falamos de biojoias amazônicas, agregamos dois componentes fundamentais: a preservação ambiental e a valorização das histórias e tradições de quem produz”, afirmou. Ele ressaltou que o mercado internacional tem valorizado cada vez mais produtos com propósito, que tragam autenticidade e respeito socioambiental. “Quando conseguimos exportar, geramos renda para os produtores locais e, ao mesmo tempo, protegemos a floresta. Essa é a verdadeira sustentabilidade: ambiental, social e econômica”, concluiu.

 


Legados do projeto Joias da Amazônia


O segundo painel abordou as metodologias, os resultados e os legados do projeto Joias da Amazônia. Nele, especialistas refletiram sobre o protagonismo feminino no setor de biojoalheria amazônica. Nathalie Kuperman, diretora e fundadora do Instituto Elabora Social destacou o papel da iniciativa na vida das artesãs. “A biojoalheria que nasce aqui é a expressão de identidade, autonomia financeira e futuro”, afirmou.

 

Érika Pinheiro, consultora de Relações Externas da Hydro, destacou o compromisso da empresa com o fomento ao empreendedorismo feminino e a transformação positiva dos territórios amazônicos. “Nosso maior desejo é deixar um legado de pertencimento, oportunidades e desenvolvimento sustentável na Amazônia”, afirmou. Segundo ela, a Hydro atua com um ecossistema de financiamento de projetos, especialmente voltados ao empoderamento feminino, à sustentabilidade e à valorização da cultura local.

 

A designer Bianca Camino, uma das 14 participantes do projeto Joias da Amazônia, enfatizou a riqueza de experiências vividas durante o processo de criação coletiva. “O projeto ensinou que, para além da técnica, o mais importante foram as relações construídas, a humanidade presente em cada uma das participantes, as trocas de saberes e de histórias. Aprendemos muito com o Instituto, mas também aprendemos umas com as outras. Criamos uma rede de apoio e de aprendizado. Esse intercâmbio entre os saberes e as materialidades foi muito rico e inspirador”, contou. Para ela, o projeto representou mais do que uma experiência profissional, foi um encontro de criatividade e solidariedade. “Foi intenso, potente e maravilhoso. Não houve mágica no resultado final, mas sim muito trabalho, colaboração e afeto entre todas nós”, concluiu. O painel também teve a participação de Renata Batista, gerente de unidade de Sustentabilidade e Inovação do Sebrae Pará, que também firmou parceria com o projeto.

 

O resultado do projeto pode ser conferido em exposição na Casa SESI Indústria Criativa, que está aberta para visitação até o dia 28 de novembro, de terça a sexta, das 9h às 18h, sempre com entrada gratuita. Além disso, o projeto fechou parceria com quatro pontos de venda em Belém para que as artistas possam apresentar e vender suas criações autorais: as lojas do Museu das Amazônias, do Museu de Arte Sacra, Ygarapé e o espaço do Sebrae na Green Zone, espaço oficial da COP30.

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