Projeto Joias da Amazônia avança com entrega de biojoias produzidas por artesãs
- Mayra Leal
- 30 de set.
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Atualizado: 16 de out.
Escamas de peixe, caroços de açaí, cerâmica regional, entre outros materiais da biodiversidade amazônica compõem as obras criadas por artesãs paraenses no projeto “Joias da Amazônia”. Realizado pelo Instituto Elabora Social, com patrocínio da Hydro e apoio institucional do Sistema FIEPA e da Jornada COP+, o projeto já está em sua segunda etapa: a entrega e finalização das peças criadas.
A primeira fase do projeto foi em julho, quando artesãs de Belém, Ananindeua, Marajó e Baixo Amazonas participaram de semana criativa no SENAI Getúlio Vargas, na capital paraense. Ao longo destes meses, as artistas desenvolveram as peças que ganharam outro material especial: a sucata de alumínio, cedida pela Hydro. Agora, as criações que transmitem a essência amazônica seguem para o Rio de Janeiro, onde será feita a etapa de fotografia, filmagem e produção audiovisual. O resultado final poderá ser conferido em exposição na Casa SESI Indústria Criativa, em novembro, durante a COP30.
Para Beatriz Delgado, coordenadora do Elabora Social, o reencontro com as artesãs e suas criações foi de entusiasmo. “Foram dois dias de muita emoção, de rever as artistas, de matar um pouco da saudade, porque criamos laços e conexões que vão além da produção das biojoias. É inspirador ver as ideias, as histórias e os sonhos delas concretizados em cada peça. É possível olhar para cada joia e enxergar tudo isso traduzido ali”, destaca.
Entre os destaques está a criação de Altairley Mendonça, designer que criou um colar em homenagem à sua infância em Cachoeira do Piriá. “Essa peça me traz muitas memórias da minha cidade e da infância em contato com a natureza e os materiais naturais. Está sendo um processo de muito aprendizado e de resgate das minhas origens. Agora, ao ver o desenho ganhar forma e se concretizar, sinto ainda mais felicidade. Espero que essa joia consiga transmitir todo esse sentimento”, afirma.
A Jornada COP+ é realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Amazônia+21. O movimento é correalizado pela Hydro, com o patrocínio super master da Vale e da Albras, e patrocínio premium da Guamá Tratamento de Resíduos, SINOBRAS, Bayer e Águas do Pará. A iniciativa foi idealizada pela Temple Comunicação e tem o apoio da Ação Pró-Amazônia, Consórcio Interestadual Amazônia Legal, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), SESI e SENAI.
Por Nicole Oliveira, com supervisão de Mayra Leal.
