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Primeira etapa do Joias da Amazônia encerra com criação de peças sustentáveis


As biojoias paraenses revelam traços da cultura nortista, muitas vezes subestimada fora da região. Foi neste contexto que surgiu o projeto Joias da Amazônia, com a intenção de fortalecer a confiança e o espírito empreendedor, e gerar renda para designers e artesãs do Pará. Desde a última segunda-feira, dezesseis mulheres de vários lugares do estado estiveram reunidas na Semana Criativa, no SENAI Getúlio Vargas, em Belém. Elas desenvolveram uma coleção de joias autorais que será exposta e comercializada durante a COP 30, em novembro de 2025. O projeto foi realizado pelo Instituto Elabora Social, com patrocínio da Hydro e apoio do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e da Jornada COP+.


As participantes são de vários lugares do Pará, entre elas, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas. Elas utilizam matérias-primas da Amazônia em suas composições, como sementes e fibras vegetais, escamas de peixe, cerâmica regional, borracha, palha, ouriços e madeira. Materiais que se unirão ao brilho do alumínio, fornecido pela Hydro, na coleção final. 


Artesã de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, Patrícia Cavalcante desenvolveu para a coleção um design que mistura o formato da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, com formas geométricas de macramê, sua marca registrada. Rodeada por mulheres fortes, criativas e com experiência em outras técnicas, não foi difícil criar uma peça inovadora que refletisse suas próprias cores e um processo individual de cura. “Estou conseguindo enxergar essa parte da religiosidade que também é tão importante para mim. É um filho que ainda está em fase de crescimento. Conseguir colocar o macramê na  rua e juntar com essa parte nossa, que é o Círio, que é Nossa Senhora, vai ser perfeito. Com certeza, vai ter uma história”, conclui.

Foto: Arthur Corrêa
Foto: Arthur Corrêa

De acordo com Patrícia, o macramê é uma técnica de tecelagem pouco comum na cultura paraense. “Foi um desafio aprender. A nossa cultura não tinha tanto o macramê, você vê mais em terminações de algumas peças. Fazer uma peça toda em macramê, a gente não costumava ter, o paraense tem muito nas suas raízes as sementes, produzir peças do tipo. Então, um dos meus maiores desafios é mostrar outras possibilidades de acessórios com o macramê”, revela a artesã.


Trabalho poderá ser conferido durante a COP 30 

Criado por mulheres e para mulheres, o Instituto Elabora Social é um programa que visa à formação e à empregabilidade. A primeira turma do projeto teve início no Rio de Janeiro, em um curso de ourivesaria com formação completa, técnica e teórica. Além de ensinar e capacitar mulheres, o curso trouxe esperança para todas elas, empregando 100% das ourives formadas. 


Diante da transformação pessoal e do impacto na autonomia financeira dessas mulheres, Alex Carvalho, presidente da FIEPA e da Jornada COP+, convidou o Instituto Elabora Social para desenvolver um projeto similar em Belém. “As joias da Amazônia são mulheres empreendedoras que, com saberes tradicionais e com a nossa riquíssima biodiversidade, agregam valores às suas produções. Nessa coleção, elas também irão trazer os minerais, uma vocação econômica do nosso estado. Uma conexão entre dois mundos que tem como resultado a melhoria de vida dessas mulheres”, destaca o presidente. A exposição final será em um imóvel histórico que está sendo restaurado pelo Sistema FIEPA no Casarão da FIEPA, no centro de Belém, que passa por reforma e vai integrar o Hub da Indústria antes e durante a COP30. As peças serão comercializadas, e toda a renda entregue para as artesãs.

Foto: Arthur Corrêa
Foto: Arthur Corrêa

Nathalie Kuperman, fundadora do Instituto Elabora Social, explicou como o projeto viabiliza, potencializa e facilita o trabalho de mulheres que, muitas vezes, desconhecem o valor de suas criações. “Começamos a mapear artesãs, artistas e designers de todo o estado do Pará. Fizemos esse convite para 15 mulheres virem para cá, para realizarmos a primeira etapa do projeto Joias da Amazônia. O trabalho aqui possibilitou que elas entendessem sua autoralidade. Cada uma delas trabalha com um material diferente e compreendendo a matéria-prima de cada uma, buscamos alçar toda essa artesania à categoria de joia, de biojoia”, contou Kuperman.

Foto: Arthur Corrêa
Foto: Arthur Corrêa

A fundadora explica que o valor de uma biojoia não pode ser medido apenas pela raridade da matéria-prima. Muitas vezes, os itens são encontrados na natureza, representando as raízes do povo que os cultiva. O sucesso das obras dessas mulheres poderá ser visto durante a COP 30, mas não se limita ao evento. “Vamos deixar um desdobramento futuro para que elas realmente tenham autonomia financeira e possam aperfeiçoar seus talentos como pequenos negócios. Acreditamos que toda mulher tem o direito de brilhar, ter sucesso e viver dignamente do seu trabalho, com autoestima e independência financeira”, finalizou.


A semana criativa ocorreu no Centro de Tecnologia Têxtil e de Confecção da Amazônia, no SENAI Getúlio Vargas, espaço que ajuda a profissionalizar milhares de paraenses. A gerente do polo de vestuário do SENAI e líder do Comitê de Mulheres e Povos Tradicionais da Jornada COP+, Clarisse Chagas,  ressalta a importância da parceria. “Poder trazer essas mulheres para cá é um momento em que conseguimos concretizar a ideia de que podemos e devemos desenvolver projetos que trabalhem com sustentabilidade, com a Amazônia. Acredito que a palavra-chave desse momento é estarmos conectados no mesmo propósito: trabalhar a bioeconomia, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico para essas mulheres que vêm de várias regiões do Estado”, afirma.


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