Edital contempla negócios de economia verde na Amazônia. Veja como participar
- Mayra Leal
- 10 de jul.
- 3 min de leitura

Economia de baixo carbono, inclusão social e eficiência no uso de recursos naturais são pilares que sustentam a economia verde, modelo econômico considerado essencial para o meio ambiente e qualidade de vida. O conceito criado em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) alia desenvolvimento sustentável, justiça social e proteção à natureza.
Pequenas iniciativas que já atuam nessa frente podem ser contempladas pelo “Chamamento para Negócios Inovadores da Economia Verde na Amazônia”. A iniciativa oferece acesso a financiamento, assistência técnica e parcerias estratégicas a micros e pequenos negócios que contribuam para o desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia Legal Brasileira (ALB). As inscrições estão abertas pelo site e vão até o dia 22 de julho.
O Chamamento é resultado do convênio entre o Instituto Amazônia+21 com o Sebrae Nacional, da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) e de seus Conselheiros Pioneiros. “O convênio resultou na criação de uma empresa de participações específica, chamada FAIS S/A, que visa preencher uma lacuna de financiamento a negócios de impacto e em early stage da Amazônia”, explica o Diretor de Operações e Projetos do Instituto Amazônia+21, Fernando Elias Penedo.
Os empreendimentos selecionados terão acesso a crédito com condições facilitadas - baixos juros e ausência de exigência de garantias - além de suporte técnico nas áreas de finanças, impacto, mercado e inovação. O processo ocorrerá de forma virtual e trará oportunidades reais de crescimento para empresas que oferecem soluções sustentáveis.
Quem pode participar?
Podem participar negócios que atuem em algum estado Amazônia Legal Brasileira (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO) que estejam enquadrados como: Microempresa, Empresa de Pequeno Porte, LTDA. - Sociedade Simples Limitada, Inova Simples ou Sociedade de Propósito Específico. As empresas também precisam estar formalmente em operação há pelo menos um ano, com geração de receita comprovada e faturar anualmente em torno de R$ 200 mil ou mais. Elas também precisam desenvolver iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável da região.
As áreas prioritárias incluem:
Bioeconomia
Energia renovável e biocombustíveis
Turismo e economia criativa
Água e saneamento
Agricultura de baixa emissão e florestas
Acesso à Infraestrutura e Serviços de qualidade
Desenvolvimento e ordenamento urbano, Gestão ambiental urbana, fortalecimento de capacidades, geração de renda e participação social
Sobre o Instituto Amazônia+21
O Instituto Amazônia+21 é uma organização da sociedade civil criada a partir de uma iniciativa do setor industrial da Amazônia brasileira, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das Federações das Indústrias dos nove estados da Amazônia Legal. Seu objetivo é fomentar negócios sustentáveis e inovadores na região, conectando empreendedores a mecanismos de financiamento, assistência técnica e redes estratégicas.
O Instituto é apoiador institucional da Jornada COP+, movimento multissetorial liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e que está construindo uma nova agenda ambiental, social e econômica na Amazônia brasileira. Para o presidente da FIEPA e da Jornada COP+, Alex Carvalho, a iniciativa reflete a transformação proposta pelo movimento. “É muito importante reconhecer negócios sustentáveis e de impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. Precisamos caminhar cada vez mais para uma economia de baixo carbono que gere desenvolvimento e contribua para melhorar a realidade da Amazônia”, destacou.
Segundo Fernando Penedo, diretor do Instituto, com o edital são esperados impactos a curto e longo prazo. “Esperamos contribuir para uma economia amazônica sustentável, justa e inclusiva, retendo e multiplicando o valor no próprio território; para uma população amazônica com melhores condições de vida e com seus modos de vida respeitados e para um ecossistema amazônico com emissões de gases do efeito estufa mitigadas e infraestruturas adaptadas às mudanças climáticas”, conclui.
Serviço: Edital “Chamamento para Negócios Inovadores da Economia Verde na Amazônia”
Encerramento: 22 de julho de 2025







