Projeto de Compostagem da Belem Bioenergia Brasil gera biofertilizante e reduz emissões
- Mayra Leal
- 10 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de jul.
Em Tomé-açu, região nordeste do Pará, uma iniciativa sustentável contribui para a redução de resíduos sólidos e diminuição de emissões de gases de efeito estufa. É o projeto de Compostagem de Palma de Óleo da Belem Bioenergia Brasil. Criado em 2023, o projeto faz a compostagem anual de quase 80 mil toneladas de biomassa, provenientes do processo de extração do óleo.
Essa biomassa inclui fibras, borras, cinzas e outros resíduos orgânicos. A iniciativa integra um plano estratégico da empresa para reduzir impactos ambientais, especialmente na mitigação das emissões de gases de efeito estufa. O projeto também está alinhado com a meta de reduzir as emissões de CO₂ em 1% ao ano, até 2026, e diminuir o uso de combustíveis fósseis em 1,2%, ao ano, no mesmo período.
A Belem Bioenergia Brasil (BBB) é uma empresa referência na produção de óleo de palma no país, adotando as melhores práticas de gestão ambiental, social e produtiva. Com atuação voltada para a preservação do meio ambiente, geração de renda e estímulo à economia local, a empresa contribui ativamente para o desenvolvimento sustentável das regiões de Tailândia, Tomé-Açu e Moju, no estado do Pará.
A palma de óleo, uma cultura perene altamente produtiva e bem adaptada às condições de solo e clima da Amazônia, representa uma alternativa viável e rentável para o uso responsável das terras da região. Diante desse potencial, a BBB tem investido em inovação e sustentabilidade, consolidando-se como um agente transformador no setor agroindustrial brasileiro.

Gilberto Cabral, gerente de Sustentabilidade da Belem Bioenergia Brasil, destaca que o uso de tecnologias inovadoras na produção de biofertilizantes e na bioevaporação dos efluentes torna o processo mais eficiente e controlado. “Utilizamos sistema individualizado de aplicação com aspersores superdry e um sistema fechado de drenagem e recirculação de efluente e lixiviado para aumentar a eficácia do processo.”, explica.
Também é feito o monitoramento diário de temperatura e umidade das leiras, com controle em tempo real do processo por um laboratório central. “Realizamos análises físico-químicas e microbiológicas periódicas para avaliar a evolução da compostagem, incluindo a relação carbono-nitrogênio. Também utilizamos equipamento de última geração para fazer esse acompanhamento técnico à distância”, conta o gerente de Sustentabilidade.
As emissões de gases de efeito estufa são monitoradas por calculadora, que considera o volume de composto produzido e o teor de nitrogênio. A compostagem reduz o uso de fertilizantes químicos, contribuindo para a diminuição dessas emissões. Além disso, o processo preserva os corpos hídricos das comunidades e promove a inclusão social e a geração de empregos na região. “Sempre privilegiamos os recursos humanos locais, seja pela logística mais facilitada, seja pela geração de renda na região em que estamos inseridos. A capacitação entra como fator intrínseco ao processo de trabalho, com reciclagem periódica dos procedimentos estabelecidos”, conclui o gerente.
A compostagem tem diversos benefícios, entre eles: a redução do uso de fertilizantes minerais, como Nitrogênio, Fósforo e Potássio, contribuindo para a diminuição da dependência de insumos químicos; e a diminuição do consumo de fertilizantes nitrogenados minerais (ex. NH₄NO₃), cuja decomposição gera óxido nitroso (N₂O), um potente gás de efeito estufa.
Além disso, ela diminui os riscos ambientais associados ao efluente líquido do processo de extração, promovendo a bioevaporação e evitando a contaminação do solo e da água e reduz as emissões de metano (CH₄), resultantes da carga orgânica presente nos resíduos líquidos. O processo também melhora a eficiência nutricional dos cultivos, retendo mais água e nutrientes no solo e estimulando o desenvolvimento das plantas, que ficam mais produtivas e resistentes.













