TRC alia tecnologia e sustentabilidade no cultivo de teca
- Mayra Leal
- 7 de ago.
- 3 min de leitura
Especializada na gestão de ativos florestais, a TRC (Teak Resources Co.) atua na produção em larga escala de teca, uma madeira nobre, resistente e de alto valor comercial. Além do cultivo sustentável, a empresa desenvolve programas internos de educação ambiental, promovendo a conscientização sobre o descarte adequado de resíduos, os cuidados durante períodos críticos de queimadas e a preservação das áreas de floresta nativa. A TRC também realiza o monitoramento contínuo da fauna e flora em suas propriedades, com o objetivo de conservar a biodiversidade e mitigar os impactos ambientais de suas operações.
Devido à escassez da teca em sua região de origem, no sul e sudeste da Ásia, e das crescentes restrições à colheita nesses territórios, o Brasil vem se consolidando como uma alternativa estratégica para a produção da espécie. O país se beneficia da combinação entre clima favorável e vastas áreas disponíveis para o cultivo, além da redução de novos plantios no cenário internacional.
Por isso, com mais de três décadas de atuação no setor florestal, a TRC se tornou referência na produção de madeira de teca certificada. Nos últimos 20 anos, a demanda por madeira tropical cresceu 17%, impulsionada, principalmente, pelo mercado asiático. Atualmente, o mercado global de toras da espécie movimenta mais de US$600 milhões por ano, com a teca representando cerca de 3% do mercado mundial de toras.
O trabalho alia sustentabilidade, inovação tecnológica e desenvolvimento socioeconômico, o que garante excelência operacional e competitividade. Segundo Rhaniele Dias, supervisora de Meio Ambiente e Certificações da TRC, a integração entre inovação e sustentabilidade é uma prioridade na empresa. “A TRC Agroflorestal aplica tecnologia de forma estratégica em toda a sua cadeia produtiva, com foco em produtividade, qualidade, rastreabilidade, responsabilidade ambiental e social”, afirma. A empresa possui o selo internacional FSC ® (Forest Stewardship Council ®), que certifica o manejo responsável das florestas, assegurando benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Para isso, desenvolve projetos em diversas frentes:
Melhoramento genético: a produção de mudas clonais de teca com alto desempenho garante árvores mais resistentes, produtivas e com madeira de qualidade superior. Isso reduz o tempo de ciclo, otimiza o uso de insumos e minimiza impactos ambientais.
Tecnologia aplicada ao manejo florestal: o uso, em campo, de aplicativos, tablets e sistemas integrados permite o monitoramento em tempo real das operações, reduzindo falhas, retrabalho e desperdícios, além de otimizar a aplicação de insumos e o planejamento da colheita.
Rastreabilidade digital integrada: soluções próprias conectam todas as etapas do ciclo produtivo — do inventário florestal à expedição — assegurando transparência, controle e conformidade com padrões internacionais, como os exigidos pela Regulamentação Europeia de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR).
Geotecnologias e sensoriamento remoto: o uso de imagens de satélite, drones e sensores auxilia no mapeamento e monitoramento de áreas sensíveis, além de apoiar o planejamento ambiental, permitindo decisões mais rápidas, seguras e sustentáveis.
Sistema produtivo Bacaeri – BoiTeca: modelo de Integração Pecuária-Floresta (IPF), que permite o plantio de teca em áreas de pecuária de corte, aumentando a produtividade do sistema, diversificando a renda e promovendo serviços ecossistêmicos sem comprometer a eficiência da atividade pecuária.
Rhaniele reforça que essas ações sustentáveis evidenciam o compromisso da TRC com uma produção florestal moderna. “É o compromisso da empresa com um modelo de baixo impacto, alinhado às exigências ambientais, sociais e regulatórias atuais”, ressalta. Um dos destaques é o projeto de recuperação de áreas degradadas, que aplica técnicas de condução da regeneração natural, com proposta futura de enriquecimento florestal por meio do plantio de espécies nativas. “Essas atividades visam restaurar a função ecológica das áreas impactadas e reforçar nosso compromisso com a conservação ambiental e a sustentabilidade de longo prazo”, completa Rhaniele.