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Segundo último levantamento da Equatorial Energia Pará, 30,79% de toda energia produzida no Estado é perdida em decorrência de furto. Além de ser considerado criminoso, o ato popularmente conhecido como “gato” é extremamente perigoso e gera enormes prejuízos para a sociedade, como oscilações nos níveis de tensão, falta de energia frequente e o fomento à sonegação de impostos. 

Atentos a este cenário preocupante, estudantes da Escola SESI Santarém criaram um projeto que propõe o uso de resina isolante para prevenir o furto de energia elétrica. O trabalho está sendo apresentado no Torneio SESI de Robótica First Lego League, maior competição de robótica educacional do Brasil. O evento, que este ano tem como tema energia renovável, ocorre no SESI Ananindeua nos dias 09 e 10 de fevereiro, e reúne 36 equipes de escolas SESI do Pará e de outros estados da região norte, escolas públicas, privadas e ONGs.

Sophia Lima Alcântara, uma das integrantes da equipe Muiraquitech, desenvolvedora do projeto, explica que a ideia surgiu primeiramente por uma motivação econômica. “Em nossas pesquisas, vimos que isso é uma problemática muito grande. As pessoas pagam por furtos de energia muito altos, então, vimos que teria que ser algo que isolasse a rede, que não deixasse que as pessoas furtassem, então fomos a fundo e pensamos em um material que poderia ser barato. A resina que a gente está usando é uma resina epóxi isolante, ela custa R$ 180,00 e deverá ser passada pela concessionária. A resina tem uma duração de 2 anos, mesmo com a intensidade da chuva comum em nossa região”, explica a estudante.

Ainda segundo Sophia, a proposta prevê uma considerável redução na tarifa de energia elétrica ao consumidor final. “Com esse projeto deve haver a diminuição da conta de energia em 10%, então, o consumidor pode pegar esse valor e aplicar em outro lugar, já é uma economia a mais para a sociedade”, destaca a estudante. O trabalho da equipe também visa evitar que as pessoas se arrisquem na tentativa de conseguir energia. “Quando tem resina, mesmo que a pessoa tente fazer o furto ela vai estar protegida contra acidentes”, complementa. 

Competição – O Torneio de Robótica FIRST LEGO League Challenge é realizado da seguinte maneira: seguindo regras feitas especificamente para cada temporada, os estudantes constroem robôs baseados na tecnologia LEGO Mindstorm, que devem ser programados para cumprir uma série de missões. Para participar, os times devem ter de dois a dez integrantes, que podem estar associados a uma escola, a um clube, a uma organização ou simplesmente ser formado por um grupo de amigos. Os jovens, liderados por dois técnicos adultos, precisam trabalhar em sintonia, tendo como base valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável.