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Empreendedorismo para superar a pandemia

Empreendedorismo para superar a pandemia

Empreendedorismo para superar a pandemia

A pandemia do novo Coronavírus gerou dois movimentos opostos no setor econômico mundial: um impactou no fechamento de muitas empresas e outro despertou e impulsionou novas oportunidades de empreender. Esta segunda experiência foi vivenciada por empreendedores no município de Juruti, oeste do Pará, durante o pico da crise, quando nasceram novos negócios voltados, por exemplo, à produção de máscaras, fundamentais para garantir a proteção da população no auge da pandemia.

Ernesto Imbelloni e sua mãe, Walda, contam a experiência de reinventar o negócio deles, a Mallú Fábrica de Fardamento, criada em 1993, em Juruti. Essa reinvenção começou com um amplo movimento de solidariedade. Apesar de sentirem-se sem horizonte no início da pandemia por terem investido em materiais e ficarem sem perspectiva de renda, decidiram contribuir para aumentar a prevenção da população local e de outros municípios vizinhos contra o novo Coronavírus. Junto a outras oito costureiras parceiras, eles produziram 10 mil máscaras para consumo próprio e para doações a secretarias de saúde e hospitais de Juruti, Óbidos, Oriximiná, Curuá e Santarém.

Os empreendedores haviam se planejado, inicialmente, para produzir máscaras para uso próprio, mas, diante do agravamento da crise e da falta de máscaras, principalmente para pessoas em vulnerabilidade social, Walda decidiu contribuir para aumentar a proteção destas pessoas.

“Assim, aumentamos a produção para 10 mil, que doamos para as secretarias de saúde e hospitais. Esta iniciativa acabou inspirando outras empresas daqui, que doaram álcool em gel e luvas, entre outros itens. E também gerou uma visibilidade inesperada na imprensa. No início de abril, fomos procurados pela Alcoa, que encomendou 14 mil máscaras. Depois, ainda comercializamos outras 3 mil para vendas para consumidores na fábrica”, relata Ernesto Imbelloni.

Adaptabilidade - O empreendedor destaca a importância de reinventar seu negócio e a parceria com a mineradora, que, além de comprar as máscaras, contribuiu com troca de conhecimento para aprimorar o produto. “Quando olho para trás, vejo que a gente se manteve por causa deste movimento solidário, da capacidade de entender que os uniformes e fardas não estavam vendendo naquele período e as máscaras seriam nosso carro-chefe e de aumentar nossa produtividade, que, inicialmente, era de 100 máscaras por dia, conseguindo chegar a até quatro mil por dia. Desta forma, conseguimos manter e retomar nosso negócio. A parceria com a Alcoa também foi fundamental para aprimorarmos o produto, seguindo as normas de modelagem e tecidos permitidos pelas autoridades sanitárias e de saúde”, conclui.

Para Andréa Fortunato, compradora da Alcoa Juruti, foi gratificante acompanhar e contribuir com essas experiências de empreendedorismo, vivenciadas no contexto inesperado de calamidade pública por conta da crise do novo Coronavírus.

“A palavra é gratidão por estes parceiros locais. Realização e alegria por observarmos a evolução de cada um dentro de seus segmentos. A satisfação do dever cumprido por ter a oportunidade de ser uma ferramenta rumo à prosperidade da população local, fazendo com que a atividade de mineração na cidade e no estado deixem legados de histórias edificantes com testemunhos de pessoas que melhoraram as suas vidas”, comenta.

Fortunato destaca a liderança de gestoras femininas em todo este processo de adaptação vivenciado com a pandemia. “As mulheres têm força empreendedora grande em Juruti. Mais da metade da liderança do ramo de hotelaria, por exemplo, é de mulheres. Os hotéis se adequaram e seguiram muito bem o padrão recomendado, além de trazer melhorias em relação à tecnologia, com a inclusão de programas para a emissão de boletos e de nota fiscal eletrônica”, relata.

No serviço hoteleiro em Juruti, o foco tornou-se a individualização de quartos, promovendo a segurança e saúde dos hóspedes e gerando uma demanda suplementar para contratação de quartos na cidade. Por meio de parcerias para a qualificação da mão de obra local e com priorização nas contratações, as hospedagens são necessárias apenas para a parcela de colaboradores que precisam ser mobilizados de municípios vizinhos e que trabalham em regime de turnos. Cerca de 80% do efetivo da Alcoa nas operações de Juruti são de trabalhadores paraenses e destes, cerca de 800 são naturais de Juruti.



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