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Semana SESI de Teatro encerrou com legado de aprendizado

Semana SESI de Teatro encerrou com legado de aprendizado

Semana SESI de Teatro encerrou com legado de aprendizado

“O teatro é a arte do encontro”. Esta é uma afirmação de muitos profissionais, estudantes ou amantes do teatro. Foi neste sentido que a Semana SESI de Teatro foi realizada em Belém, entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro. A programação do último dia contou com a apresentação do espetáculo de marionetes O Jardim de Alice, o monólogo Um Homem sem Títulos e o espetáculo Eternamente Rainhas. Foram quatro dias de oficinas, palestras e apresentações teatrais locais e nacional.

Para a coordenadora do Teatro do Sesi, Ana Cláudia Moraes, a Semana foi de intenso aprendizado. “Ela é uma proposta cultural para teatro e para o SESI, que se estende aos produtores, aos artistas e ao público. É a semente de uma árvore que vai crescer. Esperamos na segunda edição contar com uma programação ainda maior, com mais eventos, mais palestras. O importante foi começar esse projeto, porque quem dá vida a este teatro é o artista e quem completa é o público com a sua presença”, avaliou.

Antenor José de Oliveira Neto (Firjan/RJ) esteve à frente da palestra “Os desafios da gestão cultural e a cultura como transformação social”, explicando sobre leis de incentivo, editais públicos e privados, novas formas de financiamento, como crowdfunding e endowments. “O papel do gestor cultural é ter uma visão ampla sobre a cultura. A qualidade de um projeto cultural depende desta visão, além da formação do gestor”, enfatizou Oliveira Neto.

Já a oficina “Improvisos Dramatúrgicos” foi ministrada pelo ator e dramaturgo Victor Nóvoa (SP), que colocou os alunos em contato com leituras e produção de textos, tendo como inspiração o afeto entre as pessoas. “Na verdade a oficina não foi de escrita, mas acima de tudo de escuta, eles se ouviram, buscaram compreender a história do outro e produziram textos incríveis”, avaliou Victor Nóvoa. Para o Técnico em Dança Marco Antônio Lopes, o aprendizado foi estimulante. “A dinâmica e metodologia que o Victor Nóvoa utilizou nos inspirou a escrita com o máximo de sentimentos, sem dúvidas foi um aprendizado que lembrarei em todas as minhas produções”, garante.

Os nove espetáculos teatrais, levaram ao palco o melhor da produção paraense e nacional. Os de cunho regional, como Ver de Ver-o-Peso, Honorata, A Lenda da Matinta Pereira e Curupira, retrataram a realidade amazônica sob o aspecto cultural, social, político e econômico, com muitas críticas e ironia. O Monólogo das Mãos, Um Homem sem Títulos, e o espetáculo Eternamente Rainhas, fizeram o público vibrar com suas canções e poesias. O espetáculo de marionetes O Jardim de Alice encantou pais e filhos com a sua nostalgia sobre a infância.

O espetáculo A Ira de Narciso, que já rendeu premiações ao ator Gilberto Gawronski, encantou o público belenense com seu roteiro instigante, complexo e a atuação perfeita. Para o ator, este reconhecimento se deve à atualidade do texto. “A vida segue exatamente o que o texto aponta, são questões contemporâneas. Estamos vivendo com esta comunicação via aplicativos, sob possibilidades de encontros afetivos e sexuais. Porém, assim como esta nova forma de se comunicar pode nos aproximar, ela nos afasta, prova disso são os índices altíssimos de depressão”, avalia Gilberto Gawronski.

Entre um espetáculo e outro, a Semana SESI de Teatro realizou o lançamento do primeiro livro do artista e pesquisador Aníbal Pacha, ‘Pequenas histórias para pequenos grandes mundos de uma meninagem arteira - exercícios e experimentações para o teatro de animação’, além da exposição ‘Ver o Peso da Experiência’, que sob a curadoria de Marton Maués, reuniu fotos do fotógrafo paraense Elói Corrêa, trazendo parte das quase quatro décadas do espetáculo paraense.



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