Ciclus Amazônia avança na gestão de resíduos em Belém no ano da COP 30
- Mayra Leal
- 12 de ago.
- 4 min de leitura
Com atuação desde abril de 2024, a empresa já promoveu uma grande transformação
positiva na capital paraense, com a coleta de mais de 700 mil toneladas de resíduos.
Às vésperas da COP 30 - evento que colocará Belém no centro das atenções do
mundo e discutirá temas urgentes como sustentabilidade e crise climática -, a cidade vem
passando por grandes transformações no que diz respeito ao manejo e à gestão de resíduos
sólidos. A Ciclus Amazônia, empresa do grupo Ciclus Ambiental, pertencente ao Grupo
Simpar, estabeleceu, em poucos meses, uma operação marcada por resultados concretos e
projetos sustentáveis na capital paraense.
Com um contrato de concessão de 30 anos para a gestão integrada dos resíduos
sólidos urbanos de Belém, a empresa iniciou suas operações em abril de 2024 e, desde
então, vem otimizando e aprimorando o processo de coleta domiciliar e de entulhos
(resíduos inertes), por meio da modernização da frota, que hoje conta com rastreamento
em tempo real, e da redução de mais de 60% dos pontos de descarte irregular.
Durante a concessão, a cidade receberá investimento da ordem de R$ 900 milhões.
Na prestação dos serviços, 2.500 colaboradores têm atuado com o suporte de 290
equipamentos dedicados a todos os serviços, os quais foram disponibilizados desde o
primeiro dia do contrato. Neste curto período, mais de 700 mil toneladas de resíduos foram
retiradas das ruas e destinadas de forma ambientalmente adequada.
Resultados da concessão
(Abril de 2024 - Junho de 2025)
+360 mil toneladas de resíduos domiciliares coletados;
+330 mil toneladas de resíduos inertes coletados;
+315 toneladas de resíduos de serviços de saúde coletados;
+132 mil quilômetros de vias varridas;
+10,8 mil metros de vias capinadas;
+6 milhões metros quadrados roçados;
+1.200 papeleiras instaladas;
=144 pontos de descarte irregular eliminados;
= 96 pontos de descarte irregular controlados;
= 22 Locais de Entrega Voluntária (LEVs) implantados;
= 1 Ecoponto implantado.
Durante muitos anos, a conhecida “crise do lixo” escancarou problemas sociais como
a ausência de políticas de coleta regular, dificuldades logísticas, crescimento urbano
desordenado e falta de educação ambiental. Após décadas de impasses na gestão de
resíduos, os resultados positivos da Ciclus Amazônia representam um momento de virada
para a cidade. Atualmente, o trabalho da empresa abrange a coleta de resíduos
domiciliares, coleta seletiva em parceria com cooperativas de catadores, varrição manual e
mecanizada, capinação, raspagem e roçagem, além da limpeza de praias, feiras, pontos de
ônibus e ações de educação ambiental.
“Em pouco mais de um ano, conseguimos avançar significativamente na organização
da limpeza urbana de Belém, com resultados que vão além dos números. Estamos falando
de mais dignidade para quem vive aqui, de mais saúde pública e de uma relação mais
responsável da cidade com seus resíduos”, explica Bruno Muehlbauer, diretor-presidente de
Resíduos da Ciclus Amazônia. “Nosso objetivo é ter uma Belém mais limpa, com gestão
eficiente e sustentável dos resíduos, e estamos trabalhando diariamente para isso”,
acrescenta.
Educação ambiental e inclusão social
Com um olhar ampliado sobre sustentabilidade, a atuação da Ciclus também se
realiza por meio de programas educativos e ações de relacionamento com comunidades,
como catadores de recicláveis, população e os próprios colaboradores. O Núcleo de
Educação Ambiental percorre todos os bairros e distritos de Belém, com campanhas
frequentes, levando orientações sobre dias e horários de coleta, uso dos LEVs, reciclagem,
acondicionamento correto dos resíduos etc.
Outro projeto de destaque é a Escola Ciclus, que busca qualificar os colaboradores
dos serviços de limpeza urbana da capital paraense, incentivando-os ao aprendizado de
Matemática, Português e habilidades socioemocionais. Quando assumiu o contrato de
concessão, a empresa identificou que 40% dos trabalhadores precisavam avançar no nível
de escolaridade. Paralelamente, a coleta seletiva e a inclusão de catadores no processo de
gestão contribuem ao grande potencial de transformação do futuro da cidade. Com o apoio
das cooperativas, mais de 200 toneladas de resíduos recicláveis são reaproveitadas todos os
meses.
Perspectivas para o futuro
Com a proximidade da COP 30, a Ciclus Amazônia entende que é essencial posicionar
Belém como referência em sustentabilidade urbana e gestão inteligente de resíduos sólidos.
Inspirada em um dos maiores aterros bioenergéticos da América Latina — o Centro de
Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica, no Rio de Janeiro —, a empresa pretende
aplicar modelo semelhante no Pará, com foco na redução dos impactos ambientais. Neste
contexto, a empresa já solicitou autorização para implantar uma nova Central de
Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos no município do Acará. Com base no
modelo da Ciclus Rio, a nova CTR Belém representará um novo marco para sustentabilidade
na região metropolitana de Belém.
“Sabemos que Belém tem particularidades desafiadoras, como áreas de difícil acesso
e problemas antigos de descarte irregular. Mas com planejamento, tecnologia e
transparência, estamos conseguindo superar essas barreiras e trazer mudanças concretas”,
ressalta o diretor-presidente de Resíduos. “O que estamos construindo aqui hoje é um
legado que ficará para a cidade”, finaliza.
À medida que Belém se prepara para receber líderes mundiais e discutir soluções
globais para a crise climática, a experiência local da Ciclus Amazônia mostra que é possível
promover avanços reais na gestão de resíduos, mesmo diante de desafios históricos. Mais
do que um legado ambiental, essa mudança representa um novo capítulo para a cidade e
reforça o papel estratégico da Amazônia nas soluções ao futuro do planeta.















