Comitiva da indústria da Amazônia é recebida no Consulado do Brasil em Nova York
- Mayra Leal
- 25 de set.
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Como parte da programação da Semana do Clima de Nova York, a comitiva da indústria amazônica participou, nesta quinta-feira, 25, de uma reunião no Consulado-Geral do Brasil em Nova York, onde foi recebida pelo embaixador Aldanio Ganem. O encontro debateu a importância da COP30 para a Amazônia e o papel estratégico da região no cenário global.
O encontro reuniu representantes da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e da Jornada COP+, lideranças da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Amazônia +21, além de outras autoridades e representantes empresariais. A reunião estabeleceu diálogo sobre os desafios e as oportunidades para o acesso a investimentos sustentáveis na Amazônia, e a necessidade de construção de um modelo de desenvolvimento econômico ecológico socialmente justo para a região.
O presidente da FIEPA e da Jornada COP+, Alex Carvalho, destacou os principais desafios para integrar a Amazônia ao desenvolvimento nacional de forma sustentável, afirmando que é urgente mapear e diagnosticar as cadeias produtivas da região, especialmente a bioeconomia. "A Amazônia está se perdendo por conta das ilegalidades. Precisamos libertar a região do assistencialismo, para evitar a acomodação e proliferação de atividades ilegais. É hora de transformar a bioeconomia em bioindústria", afirmou Alex Carvalho.
Para o presidente, o negacionismo climático e a dificuldade na concessão de crédito e financiamento à Amazônia são grandes obstáculos ao desenvolvimento sustentável da região. “A Amazônia é vista como um território intocável. Somos a maior reserva ambiental do mundo e não queremos perder esse título, mas também queremos tornar possível a escalabilidade das cadeias produtivas, como as do açaí e da biomassa”, concluiu.
Carvalho destacou ainda os três programas desenvolvidos pela Jornada COP+, e que representam um legado do setor produtivo para a região: sociobioeconomia, economia circular e combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, como pilares essenciais para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Também participaram da reunião Marcelo Thomé, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e do Instituto Amazônia+21; Davi Bomtempo, secretário-executivo da SB COP e superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI; Marcella Novaes, vice-presidente da FIEPA e da Jornada COP+, além de outros líderes e entidades ligadas à indústria.