top of page
Rectangle 39477.png

Agência de Notícias

Últimas novidades e informações do Sistema FIEPA

Encontro pré COP30 posiciona o etanol e outros combustíveis como solução global para o clima


ree

A experiência brasileira com o etanol, as estratégias  do setor para a COP30 e a participação do setor de biocombustíveis na transição energética foram destaque no evento “Etanol & COP30: Liderança Brasileira Energética Global”, realizado nesta sexta-feira, 3, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). Promovido pela Bioenergia Brasil, FIEPA, Jornada COP+ e Sindicanálcool Bioenergia, o encontro reuniu especialistas, lideranças do setor e autoridades para debater os benefícios globais do etanol e sua relevância na transição energética global. A programação também contou com assinatura de termo de cooperação entre a FIEPA e o Governo do Pará e lançamento de carta com compromissos do setor para a agenda climática.


O país é reconhecido como referência internacional na produção e no uso sustentável do biocombustível. Alex Carvalho, presidente da FIEPA e da Jornada COP+, destacou que a bioenergia e outros segmentos produtivos são fundamentais para o futuro da região. “Esse segmento de bioenergia, e tantos outros que nós temos são parte de uma solução e de uma contribuição importante para o desenvolvimento do nosso país. Temos a clara percepção de que precisamos afugentar dois extremos: o do negacionismo que quer dilapidar a nossa biodiversidade e o do ativismo ambiental exacerbado, incapaz de abrir concessões para que haja a capacidade de se realizar na prática o desenvolvimento sustentável”, afirmou.


Milton Campelo,  presidente do Sindicato dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Pará falou sobre o avanço do setor, enfatizando a estabilidade da oferta de biocombustíveis no mercado, em especial o etanol, que é considerado uma commodity global. “Precisamos colocar o Brasil na geopolítica mundial. Reunimos aqui diversas lideranças que vêm promovendo a evolução do setor, que é um dos objetivos da COP30”, afirmou.


O diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), Luciano Rodrigues,  destacou as transformações no setor e a união entre as instituições para fortalecimento da cadeia, que começa no campo. “As bioenergias, como a energia solar captada no campo, o etanol, a bioeletricidade, o açúcar, o biogás e o biometano, evoluem aos poucos para combustíveis sustentáveis de aviação e para o biobunker, mas ainda temos um caminho a percorrer”, afirmou. 


O presidente da Bioenergia Brasil, Mário Campos, ressaltou as inovações tecnológicas e a evolução do uso do etanol no país ao longo de um século de história. “O etanol completou 100 anos no Brasil e é uma política pública que tem escala de produção. Estamos celebrando 46 anos do lançamento do primeiro veículo a álcool e 22 anos do primeiro veículo flex no país. Essa evolução envolve máquinas agrícolas e caminhões”, contou. 


Ele também destacou avanços recentes do setor no Brasil e a oportunidade que o país tem para ser um grande exportador de etanol. “Foi lançado um protótipo de gás com o uso de etanol para caminhões, que poderá ser aplicado em motores estacionários para produção de energia, além de servir como insumo para combustível sustentável e até combustível marítimo. Temos hoje um parque produtivo que tem aumentado sua capacidade de produção. A COP30 é uma grande oportunidade, porque nosso produto está ligado à transição energética e à busca por alternativas ao combustível fóssil”, afirmou Campos.


O evento também contou com a presença de autoridades políticas. Representando o parlamento, o deputado federal Arnaldo Jardim, destacou a liderança do Brasil em produção de celulose e como o protagonismo brasileiro no setor de biocombustíveis é uma solução eficaz para as mudanças climáticas. O deputado também destacou a importância do documento “Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono”, elaborado pela Jornada COP+, movimento multissetorial realizado pela FIEPA e entregue na Semana do Clima de Nova York ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. “Essa  é a música que nós vamos entoar na COP30, demonstrar que o Brasil é vanguarda, líder da nova economia de baixo carbono”, ressaltou ao se referir ao relatório.


O governo do Pará foi representado pelo Secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Paulo Bengtson. O secretário destacou  a importância de novos olhares sobre a Amazônia, o potencial da região e a importância das indústrias para a geração de emprego e renda. “A Amazônia está no centro do debate mundial. Que bom que está ocorrendo esse debate para desmistificar ideias que se têm sobre a Amazônia”, pontuou.


Termo de cooperação

Durante a programação, o secretário assinou Termo de Cooperação Técnica com a FIEPA para a elaboração do Atlas da Energia Elétrica. Entrega da Jornada COP+, o  plano de trabalho quer fortalecer o setor energético paraense, a partir da cooperação institucional entre Governo do Pará e Federação das Indústrias. “Trabalhar com a ciência de dados, com o conhecimento é fundamental para as políticas públicas e construção dinâmica e coletiva de um desenvolvimento sustentável”, destacou Alex Carvalho durante a assinatura.


Painéis discutiram dados e estratégias

Discutindo a experiência brasileira com etanol, representantes do setor automotivo como João Irineu, vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis pela América do Sul - grupo formado pela fusão da  Fiat Chrysler Automobiles e do Grupo PSA, Peugeot e Citroën - ; e o diretor de assuntos regulatórios e governamentais da Toyota, Rafael Ceconelo, relataram a importância do etanol para cadeia do setor automotivo. O painel expôs a liderança brasileira, como referência mundial em frota de veículos em circulação que utilizam o etanol e como o setor pode ser uma oportunidade para a descarbonização. O debate evidenciou a necessidade de mostrar ao mundo o potencial  dos combustíveis renováveis como uma solução de baixo custo e que traz benefício para todos.


Alexandre Zebulun, diretor comercial da Evolua Etanol, apresentou dados que evidenciam o Brasil como referência no setor, como geração de divisas e produção de riquezas. De acordo com os dados apresentados, o etanol gera 40 bilhões de dólares de PIB, sendo responsável por 2% do PIB brasileiro. O especialista também destacou como o fortalecimento desse mercado contribui na redução da descarbonização e da importação da gasolina. O debate foi mediado pelo diretor de Relações Institucionais da Copersucar,  Henrique Mendes.


Em painel sobre as estratégias para a COP30, pesquisadores e especialistas discutiram o contexto geopolítico para o debate climático e qual deve ser o papel do setor de biocombustíveis do Brasil.  O debate foi mediado pelo deputado federal Arnaldo Jardim. 


A pesquisadora sênior da Agroicone, Luciane Chiodi, destacou a união do setor de etanol e o fortalecimento de diferentes fontes de produção do biocombustível. “É preciso mostrar que existem no país fontes complementares e a COP aqui no Brasil é um momento importante para reafirmar o papel do país na transição energética como líder”. Ela ainda abordou a possibilidade do uso de áreas de pastagem degradadas para essa produção. “Podemos expandir a oferta sem gerar desmatamento e sem comprometer os usos para outros setores, como exportação ou alimentação humana e animal. A indústria do etanol gera renda e emprego e, com isso, em vez de impactar negativamente, produzimos um impacto positivo”, refletiu.


Doutor em economia e consultor da FIEPA para a COP30, Mário Ramos Ribeiro, refletiu que para a conferência na Amazônia, o setor produtivo precisa se posicionar para a implementação de apoio financeiro aos países em desenvolvimento por parte dos países desenvolvidos; a capacidade desses países em implementar ações eficazes de mudança climática e a necessidade de financiamento climático. O debate também contou com o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia,  Marlon Arraes; e o diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues.


Reunindo representantes do setor privado, o último painel do encontro discutiu o papel das empresas na transição energética. O debate mediado pelo presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, Paulo Leal; contou com a contribuição de João Pedro Pacheco, head de Relações Institucionais, Regulatório e Jurídico Ambiental da Atvos; Andres Guevara de La Vega, presidente da BP Bioenergy; Bertholdino Junior, gerente corporativo de sustentabilidade da Usina Coruripe; e Rubiane Jacobowsky, coordenadora corporativa de sustentabilidade na FS Fueling Sustainability.


Jacobowsky destacou que os debates do setor precisam ultrapassar as fronteiras da própria indústria e estar alinhados às metas internacionais de clima. “Ao falar de bioenergia com captura de CO₂, tratamos de tecnologias essenciais para a descarbonização e para o cumprimento das diretrizes do Acordo de Paris, alcançando a meta de neutralidade de emissões até 2050 e limitando o aquecimento global bem abaixo de 2°C. Mas só a descarbonização não será suficiente. É necessário investir em tecnologias de captura e armazenamento de carbono”, ressaltou.


Carta  Belém

Ao final do evento, as entidades organizadoras do encontro apresentaram a Carta Belém, documento que reafirma o etanol como parte essencial da solução climática global e o compromisso do setor para uma transição energética justa. 




Notícias Relacionadas

Não há notícias relacionadas

Imagens

Não há imagens relacionadas

Vídeos

Não há vídeos relacionados

Áudios

Não há áudios relacionados

Webcast

Não há webcast relacionados

fiepa-com-assinatura-positiva.png

Siga nossas redes sociais

Contato

(91) 4009-4965

Observatório da Indústria do Pará

Guia Industrial do Pará

CNI

SESI/PA

SENAI/PA

IEL/PA

Copyright © 2024 FIEPA. Todos os direitos reservados

Desenvolvido por Fluxo

bottom of page