FIEPA participa de painel sobre soluções competitivas para a descarbonização na COP30

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, participou nesta terça-feira (18) do painel Indústrias do futuro: construindo soluções competitivas para a descarbonização, realizado na Blue Zone da COP30, no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A discussão integrou a programação da Hydro e reuniu especialistas para debater caminhos da transição energética e os desafios da indústria na construção de uma economia de baixo carbono.

Moderado por Anderson Baranov, CEO da Norsk Hydro Brazil, o encontro contou com as participações de Alex Carvalho, Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal, e Izabella Teixeira, bióloga e ex-ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Durante sua fala, Alex Carvalho reforçou o compromisso da indústria paraense em assumir um papel protagonista diante das demandas climáticas globais e das novas exigências de mercado. Ele destacou que a FIEPA tem intensificado ações para ampliar a cooperação entre setor produtivo, governos e instituições, com foco na aceleração da transição energética no Pará. “Nos colocamos em um desafio que, até pouco tempo atrás, era inimaginável dentro da agenda climática. Acredito mais em construir pontes do que muros. Precisamos ser mais propositivos e criadores de novas possibilidades, e foi assim que lançamos um manifesto que ressignifica o papel industrial na agenda de sustentabilidade”, afirmou.

Alex ressaltou ainda que a indústria no Estado avança para se consolidar como referência em modelos produtivos de baixo carbono, aliando inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento social.  “Estamos acompanhando modelos industriais avançados e transformando a Amazônia em uma indústria de baixo carbono. Nosso compromisso é desenvolver, empreender e gerar emprego para o nosso povo. Para isso, precisamos acessar novos investimentos que permitam expandir a descarbonização, inclusive apoiando pequenas e médias empresas. Estamos falando de consciência coletiva e de um futuro possível para todos”, completou.

O debate reforçou a necessidade de fortalecer políticas públicas, ampliar investimentos e promover soluções inovadoras que unam competitividade industrial e preservação ambiental. Na mesa, Izabella Teixeira ressaltou a importância de uma nova percepção global sobre a Amazônia e seu papel estratégico no enfrentamento da crise climática.“A mentalidade de quem está fora é que a Amazônia é longe, um lugar ermo. E a gente só protege o que conhece. Estamos saindo de uma perspectiva de dependência da natureza para uma provedora de soluções climáticas. A questão climática não é apenas sustentabilidade, é um ativo de desenvolvimento brasileiro”, afirmou.

Já Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal, destacou o potencial transformador da indústria e do agronegócio no desenvolvimento da região.  “Precisamos entender quais modelos realmente promovem a mobilidade social. Um agronegócio bem estruturado faz isso. Se unirmos esforços e fortalecermos a indústria, conseguiremos ampliar esse impacto e construir uma sociedade mais justa”, declarou.