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Seminário de habitação debate soluções sustentáveis para setor da construção


Foto: GECOM FIEPA
Foto: GECOM FIEPA

Dados do Ministério do Meio Ambiente e do Conselho Internacional da Construção (CIB) apontam que a construção civil é o setor que mais consome recursos naturais, e que mais contribui para impactos ambientais, como o uso excessivo de energia, e a geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos.  Em resposta à necessidade urgente de mudanças, a “Inovação em Construções Sustentáveis" foi tema de um dos painéis do segundo dia do 2º Seminário do Programa de Habitação Social na Região Norte. 


O encontro reuniu representantes do setor produtivo, gestores públicos, entidades e especialistas para discutir novas técnicas e tecnologias essenciais para o futuro do setor na Amazônia. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), e com apoio institucional do Ministério das Cidades, da Secretaria Nacional de Habitação (SNH) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 


Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e da Jornada COP+, destacou a importância da construção civil no cenário da sustentabilidade. Para ele, o setor possui um dos melhores projetos do Brasil, que precisa estar alinhado à cultura local e às necessidades da população. “Estamos aqui discutindo habitação de interesse social e construções sustentáveis. O primeiro hackathon da Jornada COP+ abordou justamente a sustentabilidade na construção civil, com foco na economia de baixo carbono e na redução das emissões de carbono. As instituições presentes mostram que é possível melhorar e otimizar a produção com políticas de estímulo, para termos construções cada vez mais sustentáveis, e que contribuam para a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental”, afirmou Carvalho.


Daniel Sigelmann, diretor de Planejamento e Política Habitacional do Ministério das Cidades, destacou a necessidade de produzir com mais eficiência e qualidade, reduzindo resíduos. Segundo ele, “a eficiência não está em fazermos pequenas mudanças, mas sim em promover transformações macro e sistêmicas. Nosso objetivo é fazer com que cada real investido em habitação resulte em mais moradias para a população brasileira. Precisamos aprender a medir esse impacto: entender quanto cada investimento multiplica em benefício social. E o efeito disso será gigantesco. Isso é eficiência, isso é produtividade”. Sigelmann também ressaltou que a Região Norte pode ser estratégica para acelerar a construção de moradias de qualidade, citando o uso da madeira como alternativa promissora, aproveitando a tradição local e a disponibilidade do recurso.


A implementação de planos de habitação com foco em sustentabilidade e adaptação ao contexto local foi um dos principais temas discutidos. Juliana Costa, representante do Instituto Amazônia +21, instituto que faz parte da realização da Jornada COP+, explicou que o instituto atua em parceria com as federações estaduais, incluindo a FIEPA, para promover negócios sustentáveis na Amazônia Legal. Ela apresentou o projeto Morar Amazônico, desenvolvido em parceria com a Caixa Econômica Federal, cuja primeira etapa foi implementada na Vila da Barca, em Belém (PA). “O projeto nasceu como uma prova de conceito, com diálogo direto com a comunidade, que tem uma forte identidade palafítica urbana. A ideia é ouvir a comunidade para criar soluções adaptadas às necessidades locais, integrando saberes tradicionais à arquitetura climática e priorizando o conforto térmico em uma região úmida e quente”, afirmou Juliana. O Morar Amazônico prevê a construção de oito habitações em madeira, dois equipamentos urbanos, e a requalificação da praça da comunidade, sempre com foco na sustentabilidade e no respeito ao meio ambiente.


Além do projeto arquitetônico, são realizados diagnósticos sociais aprofundados e estudos da cadeia de valor para garantir que a iniciativa seja replicável e traga impactos socioambientais positivos. “O projeto é transversal às frentes de inovação, negócios, conhecimento e carbono que o Instituto Amazônia +21 desenvolve, sempre com foco no desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal”, completou Juliana.


Esse foco em soluções inovadoras e sustentáveis na habitação regional encontra respaldo no trabalho da Caixa Econômica Federal. Marcelo Lourenço da Cunha, gerente executivo de negócios de impacto da Caixa, destacou o papel do Fundo Socioambiental, criado em 2010, que já financiou 228 projetos com orçamento superior a 474 milhões de reais, incluindo iniciativas na Amazônia. Ele ressaltou a importância do Morar Amazônico, parceria da Caixa com o Instituto Amazônia +21, que visa melhorar as condições habitacionais na região Norte, especialmente no Pará, utilizando materiais locais e técnicas sustentáveis. “O projeto Morar Amazônico tem um foco na construção de habitações sustentáveis e adaptadas às condições da região, como o uso de materiais locais e técnicas de construção que respeitam o meio ambiente”, explicou. Lourenço reforçou que a Caixa pretende transformar a realidade habitacional na Amazônia, sobretudo em áreas vulneráveis e de difícil acesso, promovendo soluções que respeitem as características culturais e ambientais locais.


Complementando essa perspectiva, Luciana Oliveira, diretora técnica do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), destacou a importância de um diagnóstico preciso e da articulação entre diferentes atores para enfrentar os desafios socioambientais no Pará. Ela enfatizou que já existem iniciativas locais, inclusive filantrópicas, que precisam ser integradas em um programa estruturado. “Estamos fazendo esse diagnóstico e, até o final do próximo ano, teremos passos decisivos para enfrentar o problema da habitação e da sustentabilidade na região”, afirmou, ressaltando o compromisso com a longevidade das soluções propostas, que devem respeitar as especificidades ambientais e sociais do Pará.



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