Veja como foi o segundo dia do 2° Hackathon da Jornada COP+
- Mayra Leal
- há 19 horas
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Grupos formados, ideias fervilhando e criatividade a todo vapor. O segundo dia do 2º Hackathon da Jornada COP+, realizado no SENAI Getúlio Vargas, em Belém, foi marcado por dinâmicas inovadoras e mentorias especializadas, voltadas ao desenvolvimento de soluções para uma mineração sustentável e de baixo carbono. O evento, que teve início na quarta-feira, 10, segue até o próximo sábado, 13, reunindo participantes e especialistas em uma maratona de 33 horas de imersão.
A liderança feminina foi um dos pontos altos da segunda edição do evento, com mentoras experientes que carregam vasto conhecimento sobre o setor mineral. Thais Haber, assessora de Inovação no Instituto SENAI de Inovação, destacou que essa presença fortalece a promoção de igualdade em espaços que ainda são muito masculinos. “Sabemos que, nas áreas de computação, engenharia e mineração, a participação feminina ainda é pequena. Em alguns eventos, somos a única mulher na banca. Então, ter aqui as participantes e mentoras femininas foi muito positivo, é algo que nos alegra muito”, disse.
A bióloga e pesquisadora bolsista do Instituto Tecnológico Vale, Priscila Sanjuan, é uma das participantes do evento. Pela primeira vez em um hackathon, ela trouxe uma ideia de projeto alinhada ao trabalho que já realiza. O tema foi escolhido para ser desenvolvido durante a maratona e abraçado por um grupo de estudantes de diversas áreas. “Eu estou gostando muito, justamente por integrar tantas formas de pensar diferentes. Eu digo que nós, pesquisadores, temos um jeito muito específico de pensar. Então, juntar todas essas formas, pegar essa diversidade de pensamentos, é muito interessante", afirmou. A pesquisadora destaca a importância da liderança feminina no avanço de soluções criativas e inovadoras. "Hoje, a maior parte das pesquisadoras são mulheres no Brasil. Então, eu acho que a gente precisa se juntar mais com os meninos, trazendo esse conhecimento com a prática, para, de fato, gerar um desenvolvimento com novas tecnologias e inovação", ressaltou.

A estudante de Ciências da Computação do CESUPA, Brenda Nascimento, também está participando pela primeira vez de um Hackathon. Para ela, uma experiência transformadora. “Uma oportunidade incrível de conhecer com mais profundidade a temática da descarbonização, algo que eu ainda não tinha estudado tanto”, afirmou.

Para Brenda, a presença ativa de mulheres, tanto como mentoras quanto como participantes, é animadora. "Há muita luta a ser desbravada, mas acredito que não é só sobre representar por representar, é sobre ser vista e lembrada pelos resultados, e não ser apenas mais uma menina no meio. O objetivo não é competir, mas agregar, somar. A representatividade feminina, nesse contexto, vem para colocar as mulheres em cenários de criação e inovação", afirmou Brenda.
Além da presença de mentores especialistas em mineração e descarbonização, o 2° Hackathon também conta com a mentoria de José Finocchio Junior, professor, autor e consultor, criador da metodologia de gestão de projetos Project Model Canvas (PM Canvas). Em palestra nesta quarta-feira, 11, o especialista destacou a aplicação da metodologia no gerenciamento de projetos em tempos de inteligência artificial e a importância de aliar mineração e sustentabilidade. “Já atuei em operações de mineração aqui e acredito que o Brasil é, sim, um exemplo, mas pode se tornar ainda mais um modelo em práticas de mineração sustentável. É possível gerar muito mais valor sem, necessariamente, aumentar os custos. A contribuição na área de gestão ocorre por meio de ferramentas de inteligência artificial, oferecendo uma estrutura já pronta para que boas ideias surjam”, afirmou Finocchio.

O 2° Hackathon da Jornada COP+ continua até sábado, 13. Realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Amazônia+21, a Jornada COP+ é correalizada pela Hydro, com o patrocínio super master da Vale e da Albras, e patrocínio premium da Guamá Tratamento de Resíduos, da SINOBRAS e da Bayer. A iniciativa foi idealizada pela Temple Comunicação e tem o apoio da Ação Pró-Amazônia, Consórcio Interestadual Amazônia Legal, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), SESI e SENAI.