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Setor madeireiro gera valor com práticas sustentáveis

  • Maria Luiza Martins
  • 2 days ago
  • 4 min read
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O Pará vive um momento decisivo em sua agenda ambiental e econômica. No acumulado entre agosto de 2024 e julho de 2025, o estado registrou a menor área de desmatamento da década, com redução de 21% em relação ao ano anterior, segundo dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse resultado reflete uma mudança de paradigma que une governo, setor produtivo e sociedade em torno de uma nova mentalidade: aliar desenvolvimento e conservação do meio ambiente.


Nesse cenário, empresas do setor madeireiro já aplicam soluções para gerar valor sem prejudicar a biodiversidade da Amazônia. A Teak Resources Company (TRC), por exemplo, projeta o Pará como player estratégico no mercado internacional. Com mais de 30 anos de atuação, a empresa é a maior produtora privada de madeira teca certificada do mundo e mostra como o manejo florestal legal e sustentável pode gerar desenvolvimento, abrir mercados e posicionar o estado como referência global em bioeconomia.


A nova serraria da empresa, na vila de Casa de Tábua, em Santa Maria das Barreiras (sudeste do Pará), possui elevado grau de processamento da madeira teca (nobre e de alta qualidade), agregando valor, gerando empregos e ampliando o acesso a mercados exigentes. Segundo Fausto Takizawa, diretor de Relações Institucionais da TRC, “esse modelo contribui para consolidar a percepção de que a madeira originada do Pará pode ser competitiva, sustentável e socialmente responsável”.


Projeto Boiteca desenvolve plantação e pecuária na mesma área.
Projeto Boiteca desenvolve plantação e pecuária na mesma área.

“A bioeconomia no manejo florestal paraense vai muito além da produção de madeira. Ela envolve o uso integral da floresta e de seus subprodutos, gerando inovação, empregos e novas oportunidades de negócio.”

- Fausto Hissashi Takizawa, diretor de Relações Institucionais da TRC.


A certificação FSC (Forest Stewardship Council) obtida pela empresa garante que a madeira não tem origem em desmatamento ilegal, funcionando como passaporte para mercados premium. Além de investir em rastreabilidade, cadeia de custódia e aproveitamento de resíduos para bioenergia, a madeireira também realiza o Projeto Boiteca, que integra pecuária e floresta, aumenta a rentabilidade e promove a inclusão produtiva.


Outra empresa que reforça o protagonismo do Pará no manejo florestal sustentável é a Benevides Madeiras, localizada na Região Metropolitana de Belém. Atuando em área de concessão na Floresta Nacional de Caxiuanã, a empresa alia responsabilidade ambiental à valorização das comunidades locais. Com certificações como FSC e ISO 9001, 45001 e 14001, a Benevides investe em rastreabilidade, transparência e práticas de baixo impacto, como o limite de corte de árvores por hectare e o replantio com espécies nativas.



Por meio do Projeto Aflora, desenvolvido em parceria com instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio), a empresa promove inclusão produtiva e infraestrutura em comunidades quilombolas, beneficiando mais de 578 famílias com ações que vão de capacitação à construção de estradas e acesso a serviços básicos. Segundo Ana Carolina Betzel, procuradora da Benevides Madeiras, “a certificação anual avalia a origem do produto, o respeito à legislação e o uso sustentável dos recursos, fortalecendo a posição da empresa no mercado nacional e internacional”.



Apoio estratégico


O avanço do setor madeireiro também é impulsionado pelo Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIEPA (Coema), que atua como elo entre empresas, governo e sociedade civil. A instituição promove a sustentabilidade como estratégia de competitividade por meio do fomento à economia circular e ao uso eficiente de recursos naturais, da capacitação empresarial em práticas ambientais e certificações, da integração com instituições de pesquisa para adoção de tecnologias verdes e da criação de plataformas de diálogo regulatório que preparam as empresas para as tendências e exigências do mercado sustentável.


O manejo florestal sustentável tem gerado oportunidades concretas, como a exportação para mercados exigentes - como Europa e América do Norte - e a valorização dos produtos florestais, com maior aceitação e reputação internacional. Esse cenário impulsiona o reposicionamento estratégico das empresas, com foco em práticas alinhadas à economia verde e às boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).


Deryck Martins, presidente do Coema/FIEPA, destaca que esse avanço é resultado direto da profissionalização do setor. “Desde 2014, as exportações vinham em queda, reflexo de uma atividade ainda muito desordenada. A partir de 2017, com a adequação das empresas e a busca por certificações e cuidados ambientais e sociais, esse movimento se estabilizou. Hoje, o Pará exporta cerca de 200 milhões de dólares por ano em produtos florestais, mantendo um patamar estável graças à organização e ao compromisso com a sustentabilidade”, afirma.


O Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIEPA atua para desmistificar a ideia de que sustentabilidade é um custo, promovendo cases de sucesso, estudos econômicos e eventos temáticos que mostram os ganhos reais das práticas sustentáveis. No entanto, os empresários enfrentam desafios como a burocracia no licenciamento ambiental, os altos custos iniciais para tecnologias sustentáveis, a escassez de mão de obra especializada no interior e a insegurança jurídica diante de mudanças regulatórias.


“A gestão ambiental deixou de ser apenas uma obrigação legal. Hoje, ela é uma estratégia de competitividade que posiciona as empresas paraenses nos mercados mais exigentes do mundo.”

- Deryck Martins, presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIEPA (Coema).


 
 

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