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Conselho de Infraestrutura da CNI avalia como retrocesso PL sobre eólicas offshore

Conselho de Infraestrutura da CNI avalia como retrocesso PL sobre eólicas offshore

Conselho de Infraestrutura da CNI avalia como retrocesso PL sobre eólicas offshore

Os integrantes do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticaram, nesta terça-feira (19), o Projeto de Lei 11.247/2018, que trata do aproveitamento do potencial energético das eólicas offshore.

Em sua primeira sessão como presidente do Coinfra, o empresário Flávio Roscoe alertou para as distorções incorporadas ao projeto, que tornarão ainda mais alto o custo da energia elétrica no país. Ele observou que o projeto, aprovado no fim de novembro pela Câmara dos Deputados, incluiu “jabutis” que encarecerão a conta de luz para o consumidor.

“O que temos do ponto de vista concreto é um PL que vai na direção oposta ao que o país precisa, impondo uma conta que não tem dimensão. É importante que o Senado enxergue que o projeto não pode ser aprovado com as emendas que só encarecem o custo da energia”, enfatizou Flávio Roscoe, presidente do Coinfra e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Convidado para falar sobre a situação atual e as perspectivas para o setor elétrico, o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, criticou as emendas incorporadas ao projeto de lei. Segundo ele, o PL aprovado pela Câmara vai na contramão do que o país necessita para ser competitivo. 

“O setor elétrico ao longo do tempo foi capturado por interesses alheios, que fizeram o Brasil ter uma política anti-industrial energética. Temos um conjunto de políticas públicas incluídas na conta de energia”, pontuou Pedrosa. “Diversas ideias novas conhecidas como jabutis dominam o modelo regulatório do setor elétrico”, acrescentou.

Para o economista e especialista em Infraestrutura, Cláudio Frischtak, o Congresso Nacional não é a melhor instância para definir questões técnicas e políticas públicas para o setor elétrico. “São intromissões numa área fundamental que requer planejamento. O Brasil é um país extremamente competitivo em termos de custo de energia, mas pouco competitivo em termos de preço de energia”, afirmou.


Aumento de R$ 25 bilhões ao ano

De acordo com estimativa da consultoria PSR, a aprovação do projeto pode impactar a conta de energia do consumidor em mais de R$ 25 bilhões ao ano. Isto representa um aumento no custo de energia de 11%, com reflexos diretos na inflação, no poder de compra da população e na competitividade industrial do país.

Na Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado na forma de substitutivo, com alterações relacionadas à contratação compulsória de energia elétrica proveniente de termoelétricas a gás natural, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), eólicas e de hidrogênio líquido a partir do etanol. Também foi incorporada ao texto a obrigatoriedade da prorrogação de contratos de geração de energia a carvão mineral até 2050.

Belo Monte 

Durante a reunião, também foram debatidos os principais desafios da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O diretor-presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro, comentou as dificuldades relacionadas às exigências de órgãos ambientais enfrentadas pela usina. Ele enumerou ganhos que a instalação da usina proporcionou à população local, gerando, segundo ele, o desenvolvimento regional.


Por: Diego Abreu
Fotos: Augusto Coelho/CNI
Da Agência de Notícias da Indústria

 



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